Massacre de Tulsa
massacre ocorrido em 31 de maio e 1 de junho de 1921 em Tulsa, Oklahoma, Estados Unidos / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
O tumulto racial de Tulsa (mais corretamente chamado de Massacre de Tulsa, Massacre de Greenwood ou Massacre de Black Wall Street)[3] ocorreu em 31 de maio e 1.º de junho de 1921, quando multidões de moradores brancos atacaram negros e suas residências e comércios no distrito de Greenwood, em Tulsa, Oklahoma.[4] Foi chamado de "o pior incidente de violência racial da história norte americana".[5] O ataque, realizado em solo e a partir de aviões particulares, destruiu mais de 35 quarteirões do distrito — na época a comunidade negra mais rica dos Estados Unidos, conhecida como "Black Wall Street". Mais de 800 pessoas foram internadas em hospitais e mais de 6000 residentes negros foram presos e detidos, muitos por vários dias.[6] O Departamento de Estatísticas de Oklahoma registrou oficialmente 36 mortos, mas a Cruz Vermelha Americana se recusou a fornecer uma estimativa. O exame de eventos da comissão estadual de 2001 estimou que entre 100 e 300 foram mortos durante os distúrbios.
Massacre de Tulsa | |
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Data | 31 de maio – 1 de junho de 1921 |
Local | Tulsa, Oklahoma, Estados Unidos |
Alvos | Afro-americanos, suas casas e seus comércios. |
Armas | Armas, explosivos e artefatos incendiários, alguns jogados de aviões |
Responsáveis | Multidão de brancos locais. |
Motivo | Tensões raciais |
Fatalidades | Mortes (disputado): 36 total; 26 negros e 10 brancos (números de 1921) 150–200 negros e 50 brancos (números de 1921, estimado por W.F. White)[1] 39 mortes confirmadas, 75–100 a 150–300 estimadas (comissão de 2001)[2] |
O massacre começou no fim de semana do Memorial Day, depois que Dick Rowland, 19 anos, um sapateiro negro, foi acusado de agredir Sarah Page, a operadora branca de 17 anos do elevador do edifício Drexel. A multidão de brancos irritados do lado de fora do tribunal onde Rowland estava sendo preso e a disseminação de rumores de que ele havia sido linchado assustaram a população negra local, alguns dos quais chegaram ao tribunal armados. Tiros foram disparados e doze pessoas foram mortas: dez brancos e dois negros.[7] Quando a notícia dessas mortes se espalhou pela cidade, a violência da multidão explodiu: milhares de brancos invadiram o bairro negro naquela noite e no dia seguinte, matando homens, mulheres e crianças,[8] queimando e saqueando lojas e casas: cerca de 10 000 pessoas negras ficaram desabrigadas e os danos materiais totalizaram mais de 1,5 milhão de dólares em imóveis e 750 000 dólares em bens pessoais (32 milhões em valores de 2019).
O massacre foi amplamente omitido nas histórias locais, estaduais e nacionais: "O tumulto racial de Tulsa de 1921 raramente era mencionado em livros de história, salas de aula ou mesmo em conversas particulares. Negros e brancos cresceram até a meia-idade sem saber o que havia acontecido".[9] Em 1996, setenta e cinco anos após o tumulto, um grupo bipartidário na legislatura estadual autorizou a formação de uma comissão para estudar o caso.[10] Os membros foram nomeados para investigar eventos, entrevistar sobreviventes, ouvir testemunhos do público e preparar um relatório de eventos. Houve um esforço de educação pública sobre o massacre durante o processo. O relatório final da comissão, publicado em 2001, dizia que o governo da cidade conspirou com a multidão de brancos contra os cidadãos negros e recomendou um programa de reparações aos sobreviventes e seus descendentes.[4] O estado aprovou uma legislação para estabelecer algumas bolsas de estudos para descendentes de sobreviventes, incentivando o desenvolvimento econômico de Greenwood e de um memorial em Tulsa em homenagem às vítimas do motim.