Religiões mundiais
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Religiões mundiais é uma categoria usada na ciência da religião para demarcar os cinco — e em certos casos seis — maiores e mais internacionalmente difundidos movimentos religiosos. Cristianismo, islão, judaísmo, hinduísmo e budismo são sempre incluídos na lista, sendo conhecidos como os «Grandes Cinco» ou os «Cinco Grandes» (do inglês, «Big Five»). Alguns estudiosos também incluem na categoria uma outra religião, como sikhismo, zoroastrismo ou Fé Bahá'í.
O paradigma das religiões mundiais foi desenvolvido no Reino Unido nos anos 1960, onde atuou como pioneiro por estudiosos fenomenológicos como Ninian Smart. Foi projetado para ampliar a ciência da religião para longe de seu foco pesado no cristianismo ao levar em conta outras grandes tradições religiosas ao redor do mundo. O paradigma é frequentemente usado por palestrantes que instruem estudantes de graduação na ciência da religião e também é a estrutura usada por professores no Reino Unido e em outros países. A ênfase no paradigma em ver estes movimentos religiosos como entidades distintas e mutualmente exclusivas também causou um grande impacto na categorização da religião — por exemplo em censos — em países ocidentais e em qualquer outra parte.
Desde o fim do século 20, o paradigma sofreu críticas por cientistas da religião como Jonathan Z. Smith, alguns dos quais discutiram seu abandono. Críticos argumentaram que o paradigma das religiões mundiais é inapropriado porque toma a variante protestante do cristianismo como modelo para o que constitui religião; que está ligado a discursos e modernidade incluindo relações de poder modernas; que encoraja uma compreensão acrítica da religião e que faz um julgamento de valor sobre quais religiões devem ser consideradas «principais» ou «importantes». Outros argumentaram que permanece útil na sala de aula, contanto que estudantes tenham a noção de que é uma categoria socialmente construída.