
Primeira República Brasileira
período da história do Brasil de 1889 a 1930 / De Wikipedia, a enciclopédia livre
A Primeira República Brasileira, também conhecida como República Velha ou República das Oligarquias, é o período da história do Brasil que se estendeu da proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, até à Revolução de 1930 que depôs seu 13.º e último presidente efetivo, Washington Luís. Nesse período, o Brasil foi passou a ser chamado de Estados Unidos do Brasil, conforme a constituição de 1891, também promulgada nesse período.[2]
Estados Unidos do Brasil Brasil | |||||
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Lema nacional Ordem e Progresso | |||||
Hino nacional Hino Nacional Brasileiro
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Continente | América | ||||
Região | América do Sul | ||||
Capital | Rio de Janeiro | ||||
Língua oficial | Português | ||||
Religião | Estado laico | ||||
Governo | República constitucional presidencialista | ||||
Presidente | |||||
• 1889–1891 | Deodoro da Fonseca | ||||
• 1926–1930 | Washington Luís | ||||
Período histórico | Belle Époque Primeira Guerra Mundial Entreguerras Simbolismo Pré-Modernismo Modernismo | ||||
• 15 de novembro de 1889 | Proclamação da República do Brasil | ||||
• 24 de outubro de 1930 | Revolução de 1930 | ||||
População | |||||
• 1890 est. | 14 333 915[1] | ||||
Moeda | Real |
A Primeira República é dividida pelos historiadores em dois períodos. O primeiro período, chamado de "República da Espada", foi dominado pelos setores mobilizados do Exército apoiados pelos republicanos, e vai da Proclamação da República do Brasil, em 15 de Novembro de 1889, até à posse do primeiro presidente civil, Prudente de Moraes. A República da Espada teve viés mais centralizador do poder, em especial por temores da volta da Monarquia, bem como para evitar uma possível divisão do Brasil.[3]
O segundo período ficou conhecido como "República Oligárquica", e se estendeu de 1894 até à Revolução de 1930. Caracterizou-se por dar maior poder para as elites regionais, em especial do sudeste do país.[4] As oligarquias dominantes eram as forças políticas republicanas de São Paulo e Minas Gerais, que se revezavam na presidência. Essa hegemonia denomina-se política do café com leite, devido à influência do setor agrário paulista — com grande produção de café — e do setor agrário mineiro — produtor de leite —, que impediam a ocupação do principal cargo do Poder Executivo por representantes dos interesses de outros estados economicamente importantes à época, como Rio Grande do Sul e Pernambuco.