Rio Piracicaba (rio de Minas Gerais)
rio no estado de Minas Gerais / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
O rio Piracicaba é um curso de água do estado de Minas Gerais, Região Sudeste do Brasil, pertencente à bacia do rio Doce. Nasce a 1 680 metros de altitude, em uma das vértices da serra do Caraça, no distrito ouro-pretano de São Bartolomeu, percorrendo 241 km até a foz no rio Doce, entre os municípios de Ipatinga e Timóteo. Tem como principais afluentes os rios da Prata, de Peixe, Maquiné e Santa Bárbara e o ribeirão do Turvo. Sua bacia hidrográfica abrange 5 465,38 km² de área de drenagem e um total de 21 municípios.
Rio Piracicaba | |
---|---|
Rio Piracicaba entre Timóteo e Coronel Fabriciano | |
Mapa da bacia do rio Piracicaba com o curso principal em destaque | |
Comprimento | 241 km |
Nascente | Serra do Caraça, em Ouro Preto |
Altitude da nascente | 1680 m |
Caudal médio | 97.90 m³/s |
Foz | Rio Doce, entre Timóteo e Ipatinga |
Altitude da foz | 210 m |
Área da bacia | 5 465,38 km² |
Afluentes principais |
Rios da Prata, de Peixe, Maquiné e Santa Bárbara e ribeirão do Turvo |
País(es) | Brasil |
O povoamento em suas margens foi iniciado no final do século XVII, sob o contexto da exploração do ouro em Minas Gerais, que levou à fundação de arraiais em Ouro Preto e Mariana. Embora a mineração tenha sido desenvolvida no Quadrilátero Ferrífero nos séculos seguintes, a urbanização na área da bacia se consolidou somente no século XX, após a locação da EFVM. A via férrea, próxima ao rio, fez surgir núcleos urbanos. Ao mesmo tempo, a disponibilidade de matas para extração de madeira e a presença do rio para captação de água incentivaram a instalação de empresas siderúrgicas em João Monlevade e no atual Vale do Aço, impulsionando o crescimento demográfico e econômico.
Dessa forma, o rio Piracicaba corta uma região com notável presença da atividade industrial, sobretudo da mineração e da siderurgia, abastecendo algumas das plantas industriais locais e usinas hidrelétricas. Por outro lado, o leito sofre gravemente com o assoreamento, desmatamento, proliferação da monocultura de eucalipto, baixa cobertura por matas ciliares e recebimento de efluentes urbanos sem tratamento, configurando-se como um dos afluentes mais degradados do rio Doce.