Rodolfo Zalla
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Rodolfo Zalla (Buenos Aires, Argentina, 20 de julho de 1931- São Paulo, 19 de junho de 2016)[1][2] foi um desenhista de histórias em quadrinhos argentino radicado no Brasil.
Biografia
Zalla iniciou a carreira ainda na Argentina em 1953, quando produziu uma história para uma editora católica.[3] Mudou-se para o Brasil junto com José Delbo, em 1963, onde produziu a tira Jacaré Mendonça para o jornal Última Hora, pela Editora Taika, sendo um dos artistas responsáveis pela arte de Targo (uma cópia de Tarzan), O Vingador e O Escopião (criado como um plágio do Fantasma de Lee Falk, Zalla foi um dos responsáveis pelas mudanças no personagem, a fim de evitar um processo movido pela King Features Syndicate).[3] Delbo colaborou com a Taika, mas dois anos depois, mudou-se para os Estados Unidos e passou a trabalhar no mercado americano.[4] Após trabalhar em várias editoras, funda o "Estúdio D-Arte", junto com Eugênio Colonnese (artista que Zalla conhecera ainda na Argentina).[5] O estúdio funcionou entre 1966 e 1969.
Entre 1967 e 1968, ao lado de Colonnese, produziu histórias de guerra para publicar na versão brasileira da revista Blazing Combat da Warren Publishing, contudo, o projeto foi cancelado.[6][3][7] Em 2011 foi publicado "War - Histórias de Guerra" pela Kalaco Editorial trazendo as histórias produzidas por Zalla.[7] Em 2001, quatro de suas histórias foram publicadas no álbum "O Espírito da Guerra".[6] O título haviam sido usado em 2003 em um álbum desenhando por Colonnese com histórias roteirizadas por Gian Danton, baseadas em histórias escritas originalmente por Luiz Meri,[8] um outro que publicou histórias escritas por Garth Ennis para o selo Vertigo da DC Comics,[9] As histórias originais da revista também seriam publicadas no país em 2011 na edição encadernada Combate Inglório pela Gal Editora.[10]
Em 1981 D-Arte vira uma editora e lança duas revistas de terror bem-sucedidas Calafrio e Mestres do Terror.[11] Na Editora Abril, Zalla foi responsável por desenhar durante seis anos histórias do Zorro baseadas na série de TV da Disney Zalla e Colonnese foram responsáveis pela utilização de quadrinhos em livros didáticos brasileiros[12] No gênero terror criou a personagem Nádia, a filha de Drácula[13] e no faroeste, o cowboy Johnny Pecos.[14] Em 1992 a editora D-Arte publica o livro A arte de Rodolfo Zalla, organizado por Wagner Augusto.[15] Em 2005, a Opera Graphica publica "O Desenho Magnífico de Rodolfo Zalla", um livro em que Zalla ensina técnicas de desenho,[16] no mesmo ano, faz a capa de Sertão Vermelho - Lampião em Quadrinhos 2, escrito por Haroldo Magno com desenhos de Edvan Bezerra, Júlio Shimamoto, Eugênio Colonnese e Vítor Barreto.[17]
Em 2010, Zalla desenhou um álbum sobre o médium Chico Xavier, escrito por Franco de Rosa e publicado pela Ediouro[18] e outro sobre o ex-presidente Lula, escrito por Toni Rodrigues e publicado pela Editora Sarandi.[19] A história seria desenhada pelo amigo Eugênio Colonnese, morto em agosto de 2008.[20]
Em julho de 2011, foi anunciado que a Editorial Kalaco e a Zarabatana Books publicariam um álbum de histórias produzidas por Zalla protagonizadas pelo Drácula,[21] Em agosto do mesmo ano, Zalla também anunciou a volta da revista Calafrio pela editora CLUQ (Clube de Quadrinhos) de Wagner Augusto,[22] em 2010, a Editora Escala havia publicado um álbum com histórias do vampiro produzidas por Colonnese para a Editora Taika na década de 1960.[23]
Zalla morreu em 19 de junho de 2016, aos 85 anos, em São Paulo.
Homenagens
Em 2011, o jornalista Gonçalo Junior, autor dos livros A Guerra dos Gibis - a formação do mercado editorial brasileiro e a censura aos quadrinhos, 1933-1964 (Companhia das Letras) e Maria Erótica e o clamor do sexo (Peixe Grande), anunciou que havia escrito um livro sobre o quadrinista argentino.[21] Em fevereiro de 2012, durante a realização do 28º Prêmio Angelo Agostini, o cartunista Márcio Baraldi, fez o pré-lançamento do documentário em DVD Ao mestre com carinho: Rodolfo Zalla.[24]
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