Søren Kierkegaard
filósofo existencialista cristão / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Søren Aabye Kierkegaard ( /ˈsɒrən ˈkɪərkəɡɑːrd/ pronúncia SORR-ən KEER-kə-gard; Copenhague, 5 de maio de 1813 – Copenhague, 11 de novembro de 1855) foi um filósofo, teólogo, poeta e crítico social dinamarquês, amplamente considerado o primeiro filósofo existencialista.[1] Em meados do século XX, seu pensamento passou a exercer uma influência substancial sobre a filosofia,[2] teologia[3] psicologia, antropologia, sociologia[4] e toda a cultura ocidental.[2]
Søren Kierkegaard | |
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Nascimento | Søren Aabye Kierkegaard 5 de maio de 1813 Copenhague, Dinamarca |
Morte | 11 de novembro de 1855 (42 anos) Copenhague, Dinamarca |
Residência | Copenhaga, Berlim |
Sepultamento | Cemitério Assistens |
Nacionalidade | Dinamarquês |
Cidadania | Reino da Dinamarca |
Progenitores |
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Irmão(ã)(s) | Peter Kierkegaard |
Alma mater | Universidade de Copenhague (PhD 1841) |
Ocupação | filósofo, poeta, teólogo e crítico social |
Obras destacadas | Migalhas Filosóficas e Post Scriptum Final não Científico às Migalhas (1844 e 1846, respectivamente). |
Escola/tradição | Existencialismo (fundador) |
Principais interesses | Estética Cristianismo Filosofia cristã Epistemologia Ética Psicologia Poesia |
Movimento estético | existencialismo |
Religião | luteranismo |
Ideologia política | existencialismo cristão |
Causa da morte | tuberculose, paralisia |
Assinatura | |
Durante sua carreira ele escreveu textos críticos sobre religião organizada, cristianismo, moralidade, ética, psicologia, e filosofia da religião, mostrando um gosto particular por figuras de linguagem como a metáfora, a ironia e a alegoria. Grande parte do seu trabalho filosófico aborda as questões de como alguém vive sendo um "único indivíduo", priorizando a realidade humana concreta sobre o pensamento abstrato e destacando a importância da escolha e do comprometimento pessoal.[5] Ele se posicionou contra os intelectuais do idealismo alemão e contra filósofos de seu tempo como Swedenborg,[6] Hegel,[7] Goethe, Fichte, Schelling, August Schlegel e Hans Christian Andersen.[8]
O trabalho teológico de Kierkegaard centra-se na ética cristã, na instituição da igreja, nas diferenças entre provas puramente objetivas do cristianismo, na distinção qualitativa infinita entre o homem, Deus (a finitude e temporalidade do homem em contraste com a infinitude e eternidade de Deus), e a relação subjetiva do indivíduo com o Deus-homem Jesus Cristo,[9] que veio por meio da fé.[10][11] Grande parte de seu trabalho trata do amor cristão. Ele foi extremamente crítico com a prática do cristianismo como uma religião de Estado, sobretudo com a posição da Igreja da Dinamarca. O seu trabalho psicológico explorou as emoções e os sentimentos dos indivíduos diante das escolhas da vida.[12]
O trabalho inicial de Kierkegaard foi escrito sob diversos pseudônimos que ele usava para apresentar pontos de vista distintos e interagir uns com os outros em um diálogo complexo.[13] Ele explorou problemas particularmente complexos a partir de diferentes pontos de vista, cada um sob um pseudônimo diferente. Ele escreveu muitos de seus Discursos de Edificação sob seu próprio nome e os dedicou ao "indivíduo único" que pode querer descobrir o significado de suas obras. Notavelmente, ele escreveu: "A ciência[14] e o método escolar querem ensinar que o objetivo é o caminho. O cristianismo ensina que o caminho é tornar-se subjetivo, tornar-se um sujeito".[15] Embora os cientistas possam aprender sobre o mundo pela observação, Kierkegaard negou enfaticamente que essa observação poderia revelar o funcionamento interno do mundo do espírito.[16]