São Sebastião do Alto
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São Sebastião do Alto é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro. Localiza-se 21º57'26" de latitude sul e 42º08'05" de longitude oeste, a 575 metros de altitude. Conta com uma população de 8 906 habitantes (2008).[2]
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Município do Brasil | |||
Praça Prefeito Dr. Hermes Ferro, ao fundo, atual sede da Prefeitura, Câmara Municipal e da Comarca de São Sebastião do Alto-RJ | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | altense | ||
Localização | |||
Localização de São Sebastião do Alto no Rio de Janeiro | |||
Localização de São Sebastião do Alto no Brasil | |||
Mapa de São Sebastião do Alto | |||
Coordenadas | 21° 57' 25" S 42° 08' 06" O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Rio de Janeiro | ||
Municípios limítrofes | Cantagalo, Itaocara, Macuco, Santa Maria Madalena, São Fidélis e Trajano de Moraes | ||
Distância até a capital | 232 km | ||
História | |||
Fundação | 17 de abril de 1891 (132 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Alif Rodrigues da Silva (Solidariedade, 2021 – 2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 397,180 km² | ||
População total (Censo IBGE/2010[2]) | 8 906 hab. | ||
Densidade | 22,4 hab./km² | ||
Clima | Tropical de Altitude (Cwa) | ||
Altitude | 575 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[3]) | 0,646 — médio | ||
• Posição | RJ: 80º | ||
PIB (IBGE/2008[4]) | R$ 75 889,832 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[4]) | R$ 8 434,08 |
Estende-se por uma área de 397,214 km²[5], a cerca de três horas de viagem da cidade do Rio de Janeiro e a uma hora de Nova Friburgo.
Conhecido como A Mesopotâmia Fluminense, o município de São Sebastião do Alto tem a sede localizada próxima à "Serra do Deus Me Livre", que revela uma pequena cidade onde a tranquilidade é excessiva. Possui um clima agradável e uma população acolhedora.
Sua principal singularidade é a configuração geográfica harmônica. O céu acolhedor o protege entre montanhas, rios e vales. Uma altitude bem expressiva dá-nos a impressão de uma linda paisagem moldurada pela própria natureza.
A Criação
Segundo historiadores, desbravadores aqui vieram motivados pela febre do ouro, que na metade do século XVIII, arrastou bandos de aventureiros para as margens dos córregos auríferos e afluentes dos rios Macuco, Negro e Grande, dirigidos pelo legendário bandoleiro Manoel Henriques, conhecido pela alcunha de Mão de Luva.
Seus primeiros habitantes foram formados por tribos de Coroados e Goitacás, dominados pelos desbravadores por seu número e valentia.
Após a prisão de Mão de Luva e seu bando, o vice rei do Brasil, D. Luís de Vasconcelos e Souza, determinou, através do decreto de 18 de outubro de 1786, que as terras da região fossem concedidas a todos os interessados em garimpar, sob a condição de pagar o quinto de todo o ouro coletado à coroa portuguesa.[6]
A partir de então, inúmeros garimpeiros aventureiros começaram a vir para as terras do atual município de São Sebastião do Alto, sob a ilusão da abundância do precioso metal nos córregos da região.
No alto da serra, existia uma grande figueira, que ficava na trilha dos desbravadores. A velha árvore era o local de descanso à sombra e ponto de encontro para conversas de fim de tarde entre os exploradores.[7]
Desiludidos por não haver encontrado o metal, muitos dos garimpeiros foram embora, outros aqui permaneceram, se firmaram, e como colonizadores se ramificaram. Desenvolveram a agricultura do café e criaram o Arraial de São Sebastião do Alto[8], elevado a Curato[9] pelo Decreto Provincial Nº 600 de 20 de setembro de 1852, com Freguesia em Santa Rita no Município de Cantagalo.
Artigo 1º. Fica criado um curato, sob a invocação de S. Sebastião, no arraial da mesma denominação, na freguesia de Santa Rita, município de Cantagalo. Artigo 2º. O presidente da província fica autorizado a marcar os limites daquele curato, ouvindo para esse fim não só a câmara municipal, como as autoridades eclesiásticas competentes.[10] Palácio do governo da província, em 20 de setembro de 1852. Luiz Pedreira do Coutto Ferraz.
A deliberação, estabelecendo as primeiras divisas de São Sebastião do Alto, conforme o artigo 2º do Decreto Provincial Nº 600 de 20 de setembro de 1852:
Artigo único. A linha divisória do território do curato de S. Sebastião, do termo de Cantagalo, creado pelo decreto n. 600, de 20 de setembro do anno passado, partirá do morro do - Doudo - junto ao Rio Grande, e seguirá pelo mesmo rio até á barra do córrego - Macapá -, d'onde continuará pelo Rio Negro comprehendendo as fazendas de José Antônio de Faria á margem do Rio Grande, do fallecido padre Rainha, e de João Ferreira de Oliveira, á margem do Rio Negro; e depois por este rio acima até a barra do ribeirão do Macuco, pelo qual subirá até o ponto em que passam as divisas da freguesia do SS. Sacrameto, e por estas até tornar a encontrar o sobredito morro do - Doudo -.[11] Palácio do governo da província, em 28 de janeiro de 1853. Luiz Pedreira do Coutto Ferraz.
Em 28 de setembro 1855, através do Decreto Provincial Nº 802, foi elevado à Freguesia[12]. Através da Lei Nº 1.208 de 24 de outubro de 1861, a Freguesia de São Sebastião do Alto é desmembrada do município de Cantagalo e anexada a Santa Maria Madalena[13], que se elevou à categoria de Vila, assegurando sua emancipação pela mesma lei.[14]
Artigo 1º. - Fica elevada à categoria de - Villa -, com a mesma denominação, a freguesia de Santa Maria Madalena, do termo de Cantagallo; e farão também parte do novo município as freguesias de São Sebastião do Alto e São Francisco de Paula, desmembradas do mesmo termo. Artigo 2º. - Esta Villa será instalada logo que os moradores do logar mobiliarem, à sua custa, uma casa para as sessões da Câmara Municipal, do jury e audiências das autoridades e terá dous tabelliães do judicial e notas.[15] Palácio do governo da província, em 24 de outubro de 1861. Luiz Alves Leite de Oliveira Belo
Em 17 de abril de 1891, através do Decreto Nº 194 do Governador Francisco Portela, foi elevado a categoria de Vila e criado o Município de São Sebastião do Alto.[16]
Art. 1º. – Fica creado o município de S. Sebastião do Alto, cuja sede será a freguesia do mesmo nome, que é elevada à categoria de villa. Parágrafo único. O novo município, que fará parte da comarca de Santa Maria Magdalena, terá os mesmos limites daquela freguesia. Art. 2º. – Ficam revogadas as disposições em contrário.[17] 17 de abril de 1891. Francisco Portela
A Extinção
Em 08 de maio de 1892, fundamentado na nova Constituição do Estado do Rio de Janeiro, de 9 de abril de 1892[18], o município de São Sebastião do Alto foi extinto pelo então Presidente do Estado Dr. José Tomás da Porciúncula, junto com mais treze municípios, pelo Decreto Nº 1, de 08 de maio de 1892, que estabelecia condições para a existência dos municípios[19], dentre elas, ter população superior a dez mil habitantes, tendo como referência o senso de 31 de agosto de 1890. [20]
Com a nova reorganização política do Estado, São Sebastião do Alto, foi anexado ao município de São Francisco de Paula, hoje, Trajano de Moraes, como terceiro distrito. Valão do Barro passou a ser denominado quarto distrito.[21]
A anexação de São Sebastião do Alto a São Francisco de Paula, permitiu, que somado o numero de habitantes dos dois municípios, garantir a autonomia do município de São Francisco de Paula, já que este também não tinha a numeração populacional exigida pelo criterioso Decreto, pela nova Constituição.[22]
O Reestabelecimento
Em 30 de agosto de 1892, com o entendimento que deveria ser realizado um novo recenseamento, admitindo que o anterior demonstrava imprecisão, um novo senso foi realizado e comprovado que a população de São Sebastião do Alto e a população de Valão do Barro somavam 10.823 habitantes, portanto, atendendo os critérios para manter sua emancipação.[23]
Com base nos resultados do senso, em 18 de outubro de 1892, uma campanha de reconquista do município sensibilizou o deputado João Alves de Matos Pitombo, que apresentou o Projeto de Lei Nº 139, que repararia a injustiça de extinção do município.[24]
Pedi a palavra para apresentar um projecto que é a reparação de uma injustiça, embora não proposital, e sim resultante de condições legaes. O Presidente do Estado quando, pelo o que determina a Constituição, fez a actual divisão municipal, eliminou alguns municípios que não podião permanecer, porque a sua população pelo recenseamento existente naquela ocasião não correspondia ao que a lei estabeleceu. Esta Assembléia em boa hora votou que o novo recenseamento fosse feito, e com as bases por ele colhidas, chegou-se à conclusão de que o município de S. Sebastião do Alto estava pelo lado da população nas condições de novamente ser creado. Além da população este município tem tido os requisitos exigidos pela lei votada por esta Assembléia, e, portanto, apresentando o projeto que passo a lêr, não faço mais do que reparar uma injustiça (Apoiados). Vem à mesa, é lido, julgado objeto de deliberação e remettido a comissão de Estatística, Divisão Civil e Judiciária, o seguinte Projecto 1892 – N. 139 A Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, resolve: Art. 1º. - Fica restabelecido o município de São Sebastião do Alto, com as divisas que tinha, por contar com população superior a 10.000 habitantes, como ficou provado pelo último recenseamento, e achar-se nas condições estatuídas na lei de organização municipal. Art. 2º. – Ficão revogadas as disposições em contrário. Salão de sessões, 18 de outubro de 1892. Mattos Pitombo.[25]
Após o projeto votado e aprovado em plenário no dia 30 de novembro de 1892, foi encaminhado para ser sancionado pelo Presidente do Estado do Rio de Janeiro como Lei Nº 33, de 7 de dezembro de 1892, que reestabeleceu os limites originais do Município de São Sebastião do Alto.[26]
O povo do estado do Rio de Janeiro, por seus representantes, decretou e eu promulgo a seguinte lei: Art. 1º. Fica restabelecido o município de São Sebastião do Alto, com as divisas que tinha. Art. 2º. Ficam revogadas as disposições em contrário. Mando, portanto, a todas as autoridades a que o conhecimento e execução desta lei competir, que a executem e façam executar e observar fiel e inteiramente como nella se contém. Publique-se em todo o território do Estado. Palácio do governo do Estado do Rio de Janeiro, 7 de dezembro de 1892. Dr. José Thomaz da Porciuncula – Miguel Joaquim Ribeiro de Carvalho.[27]
Após o reestabelecimento do município, em dezembro de 1892, foi realizada a primeira eleição para a Câmara Municipal, que exercia a função legislativa e executiva à época. No dia 4 de fevereiro de 1893, tomaram posse os vereadores[28]:
- Leudegário Gonçalves de Lima Gaeto (presidente)
- Antônio Teixeira da Fonseca (vice)
- Antônio Gomes Rocha Sobrinho
- Boaventura da Costa Pinheiro
- Constantino Cerbino
- João José Patrício
- Luiz Carneiro Viana
- Manoel Gonçalves Ribeiro
- Ricardo Tavares de Souza Lima
O Risco de Supressão
Em 1943, mais uma vez, através da Comissão Especial de Estudos da Divisão Administrativa do Estado do Rio de Janeiro, o interventor Amaral Peixoto manifesta o interesse de extinguir o município de São Sebastião do Alto. O interesse de supressão estava ligado ao seu projeto de ascensão de um novo e próspero município, Cordeiro, que seria emancipado de Cantagalo, tendo Macuco e São Sebastião do Alto como distritos. Já Valão do Barro (junto com os territórios hoje de Ibipeba e Ipituna), seria desmembrado e anexado ao município de Itaocara[29].
A notícia surgiu por acaso, quando o altense Francisco de Carvalho Madeira, residente em Nova Friburgo, ouviu a notícia através da Rádio Record São Paulo. Imediatamente, reuniu os altenses residentes em Nova Friburgo e pediu que avisassem os moradores de São Sebastião do Alto sobre a triste notícia, a fim de estabelecer as providências necessárias.[30]
Durante a Exposição Agropecuária de Cordeiro, em 26 de maio de 1943, na presença do presidente Getúlio Vargas, Amaral Peixoto disse no final de seu discurso: “A população do distrito de Cordeiro pode se considerar emancipada de Cantagalo”[31]. Diante do risco real do cumprimento e supressão do município de São Sebastião do Alto, a população se organizou e em 25 de setembro de 1943 foi eleita uma Comissão Pró-Defesa, para comprovar que o município tinha características singulares, se comparado aos demais municípios, através de um memorial demonstrativo fundamentado em dados do IBGE, apontando que o município estava à frente em vários aspectos, em comparação a outros municípios não ameaçados de extinção[32].
A Comissão Pró-Defesa
Por aclamação, se elegeu a Comissão Pró-Defesa do Município de São Sebastião do Alto, a fim de estabelecer a ligação entre o povo e o governo, assim constituída:
- Dr. Hermes Pereira Ferro
- Dr. Jair Pontes Pereira
- Dr. Eurico Cerbino
- Coronel Eulógio Pereira de Queiroz
- Firmo Daflon
- Padre Manoel Dias da Costa
- Sebastião do Freitas Britto
- Nazareno Latini Sobrinho
- Professor Waldyr Vieitas
- Deodoro de Lima Carvalho
- Silvio da Rocha Queiroz
A Campanha Pró-Defesa
Na primeira fase da campanha, a comissão foi ao Palácio do Ingá, em Niterói, para apresentar os argumentos contra a extinção do município, entretanto, após diversas tentativas sem sucesso de uma audiência com o Interventor Amaral Peixoto, foi colocada em prática a segunda fase da campanha pró-defesa.[33]
A partir de 1º de novembro de 1943, foi realizado um verdadeiro bombardeio de telegramas, de diversas pessoas, endereçados ao interventor Amaral Peixoto no Palácio do Ingá, argumentando e solicitando a permanência de São Sebastião do Alto como município. O bombardeio telegráfico durou quinze dias, chegando a ser remetidos dez telegramas por dia, com o objetivo de pressionar o interventor a abandonar a ideia de supressão do município.[34]
No dia 15 de novembro de 1943, após quinze dias de envios de telegramas, foi informado que a Comissão de Reforma Territorial e Administrativa do Palácio do Ingá, que São Sebastião do Alto continuaria como município. O que foi confirmado pelo Decreto Lei Nº 1.055 de 31 de dezembro de 1943, publicada no Diário Oficial em 1 de janeiro de 1944, que criou o município de Cordeiro[35] apenas com Macuco como distrito.[34]
Na ocasião, foi composto de modo popular a melodia "Hino Altense", que foi entoado em entusiasmados desfiles pelas ruas da cidade durante e após a vitoriosa campanha sustentada pela Comissão Pró-Defesa.[36] Os atos cívicos foram liderados pelos professores e alunos do grupo escolar e sempre acompanhados pela banda de música Santa Irene.
"Entre Estados não existem fronteiras! O Brasil, um todo integral! Mas a terra, onde todos nascemos, Miniatura da Pátria imortal É nosso sistema nervoso, Gerador de amor nacional.
(Refrão) Conterrâneos, cerremos fileiras Na defesa da terra natal! Confiemos no tino e justiça Do nosso Interventor Federal.
Conterrâneos, devemos tributos Aos altenses doutra geração Eles nos legaram o município Que ameaça morrer em nossa mão! Trabalhemos com afinco e denodo Na campanha para sua salvação."[37]
A Comissão de Agradecimentos
Uma comissão de agradecimentos foi recebida por Amaral Peixoto no Palácio do Ingá, em Niterói, para mostrar gratidão à decisão de manter a autonomia do município de São Sebastião do Alto.[38]
- Dr. Hermes Pereira Ferro
- Walter Vieitas
- Artur Nery de Sá
- Manoel de Araújo Filho
- João Teixeira Vogas
- Deodoro Lima de Carvalho
- Nazareno Latini Sobrinho
- Américo Teixeira Vogas
- Antônio Moreira da Silva
- Eulógio Pereira de Queiroz
- Delcio Vahia de Abreu
- Boaventura Borges do Amaral
- Firmo Daflon Filho
- Domingos Constantino Latini
- Francisco Manoel dos Santos
- Silvio da Rocha Queiroz
- Manoel de Oliveira Conceição
- Franklin José Pereira
- Cid de Azevedo Tavares
- José Latini
- Norival Siqueira
Brasão
Idealizado pela professora Beatriz Fajardo de Oliveira Viana, a pedido do então prefeito Hermes Pereira Ferro, o Brasão foi inspirado na beleza natural de São Sebastião do Alto e pelas osatividades econômicas da época, como montanhas, a pecuária e a agricultura. A coroa mural e as cores da Bandeira Nacional foram aplicadas no emblema distintivo do município.[39]
- A coroa mural de cinco torres, em metal prata, simboliza a elevação à cidade.
- A paisagem traduz um céu acolhedor que a protegem entre montanhas, rios e vales, com singularidade e a configuração geográfica harmônica.
- O gado leiteiro simboliza a pecuária.
- A haste do lado esquerdo representa a força do plantio de cana-de-açúcar da agricultura na época.
- A haste do lado direito representa a força do plantio de milho da agricultura na época.
- O listel tem do lado esquerdo a inscrição da data de elevação a município em 1891. Na parte central o topônimo do município. E do lado direito a inscrição da data do primeiro centenário em 1991.
Bandeira
A Bandeira do município de São Sebastião do Alto - RJ, instituída com as seguintes características: esquartelada nas cores (branco e azul) em um retângulo, mantendo a proporção 07:10, ou 14 x 20 módulos, como a bandeira nacional, com o brasão do município ao centro ocupando 5/7 de altura.
Hino Oficial
Em 27 de março de 1998, o município, em concurso aberto, elege o seu hino oficial[40], tendo como vencedor o de autoria do compositor Marcelo Romeiro Juliano. Em magnífico arranjo do também músico Arthur Salomão, o hino fez vibrar a grande e numerosa plateia, ao som da voz de Raquel Carvalhães.[41] Aprovado pela Lei Municipal nº. 298, de 08 de dezembro de 1998, sancionada pelo prefeito Antônio José Segalote Pontes.
Foram os desbravadores.
Que o garimpo trouxe aqui.
À margem dos rios, índios, sofrimento,
Ilusão do ouro descobrir.
E os colonizadores
No afã de construir
Gerações de ferro,
Desenvolvimento,
Emancipação, subir.
São Sebastião do Alto
Das montanhas posso ver
Perto do céu
Teu ar é mais propenso
No trabalho e no lazer.
São Sebastião do Alto
Juro nunca te esquecer
Perto do céu
Teu verde é mais intenso
A razão do meu viver.
Hoje, estabilidade,
Cultura e educação.
Metas, realidade
Na família união.
Povo sagrado Altense
A conduz com tradição
Mesopotâmia Fluminense
Que bate em nosso coração.
Letra e Música: Marcelo Romeiro Juliano[42]
Por suas características geográficas únicas, o município de São Sebastião do Alto é uma acidentada e longa mesopotâmia (terra entre rios). Formada pelas serras de São Sebastião e do Deus me Livre, entre os rios Grande (80km) e Negro (70km) até sua confluência no rio Dois Rios, apresenta em suas terras uma fertilidade uniforme, configurando uma singular mesopotâmia no território fluminense.
Oficialmente, o termo Mesopotâmia Fluminense surgiu na aclamação da Comissão Pró-Defesa, para demonstrar a singularidade do território de São Sebastião do Alto durante campanha contra os desejos de supressão do município, pelo então interventor do Estado Amaral Peixoto, em 1943.
O município de São Sebastião do Alto tem sua origem nas sombras de uma figueira, estrondosa árvore de grande porte que abrigava várias espécies de pássaros nativos e outros animais silvestres.
A centenária figueira estava as margens de uma trilha utilizada pelos desbravadores, que subiam pela Serra do Deus Me Livre e paravam para o descanso debaixo de suas sombras antes de seguir caminho. Logo, o local se tornou ponto de encontro para a boa e velha conversa de fim de tarde. Naturalmente, os primeiros casebres apareceram e um pequeno comércio foi implantado, dando origem ao arraial de São Sebastião.
A figueira símbolo da cidade, estava situada em frente ao fórum e prefeitura de São Sebastião do Alto e resistiu em certa ocasião ao seu corte, impedido por um grande movimento popular, liderados principalmente pela classe estudantil, e ela assim permaneceu por mais alguns longos anos.[7] Na ocasião, o professor Waldir Vieitas escreveu a seguinte crônica:
Eu sou a árvore, amiga, conterrânea e parente de todos os altenses; sou a mais velha desta terra entre os seres vegetal, animal e humano.
Hoje sou ameaçada, depois de tantos anos passados, depois que tantos filhos amigos por aqui passaram, depois de agasalhar com carinho os visitantes e conterrâneos com a sombra da minha ramada verdejante, depois de proteger os roceiros que vinham fazer compra e bebiam um pouco da gostosa cachaça do Sr. Vicente Stanizio e Sr. Henrique Pécly, depois de servir de cocheira e estaca para os animais dos viajantes, depois de servir de coreto, agasalhando Júlio Vieitas com sua batuta, manobrando a banda de música, depois de fornecer galhos para Ernani Correio pendurar seu bumbo, depois de esconder em meus galhos os garotos peraltas corridos da fiscalização de Mário Viana.
Para que deixassem de amarrar os cavalos em mim, houve uma conversa entre Gervásio de Freitas Brito, Constantino Cerbino, Franklim Pereira, Vicente Stanízio, Coronel Francisco Salustiano Pinto, Coronel Eulógio Pereira de Queiroz e outros.
Por que hoje sou condenada? Para a limpeza da cidade? Creio que não sou tão imunda, troco de roupa duas vezes por ano, tomo banho de acordo com a natureza, forneço frutas para os pássaros que gorjeiam sobre meus galhos. Será que estou fora de alinhamento, também não, estou em um cantinho reservado que nunca sofri uma batida de veículos. Já recebi vários tiros de garrucha que erravam o alvo e a bala encravava em mim. Uma ocasião, não fosse a minha proteção, a bala teria atingido um casal totalmente inocente.
Há uns dias passados, quando já caía a madrugada, silenciosa e fria resolvi provocar o velho professor Fajardo (monumento existente na praça) em uma conversação sobre minha pena, senti que o velho achou um pouco estranho a minha voz, eu tive a impressão que ele teve vontade de correr, não tendo pernas, resolveu responder-me e ouvir os meus lamentos, na qualidade de velho professor, não se negou em orientar-me. Fui orientada, mas em todas as portas que ele mandou que eu batesse já se achavam fechadas, são justamente os nomes dos vultos que já foram citados.
Não tenho apelo e nem recursos com os homens de ontem, confio mesmo nos meninos de hoje, com auxílio do fiscal da prefeitura Eurico Botelho, para compreenderem que o vegetal também vive e goza de beleza da natureza, que vós também vieram ao mundo por ela. Não deixem ninguém fazer covardia comigo, deixa-me viver.
Ela a condenada.[43]
Autor: Waldir VieitasNo ano de 1998, uma manhã ensolarada, bem cedinho, aos roncos das motosserras, para a infeliz surpresa da grande maioria dos altenses, a centenária figueira, viva, símbolo histórico do município, foi derrubada para dar início as obras de construção da Praça Dr. Hermes Ferro.
Já no início do ano de 2023, após 25 anos do aniquilamento da figueira centenária, por iniciativa conjunta da Secretaria Municipal de Cultura e Museu Casa de Cultura Hermes Ferro, foi proposto o reconhecimento da árvore figueira, cientificamente catalogada como Boddhi Ficus Religiosa, como símbolo histórico do município, devido a sua importância histórica, que resistiu por séculos no centro de São Sebastião do Alto como palco de acontecimentos e do cotidiano altense, de múltiplas gerações.
No dia 15 de março de 2023, foi decretado pelo chefe do executivo municipal que a figueira Boddhi Ficus Religiosa seja imediatamente reconhecida como símbolo histórico do Município de São Sebastião do Alto, através do decreto municipal número 2301.
No mesmo decreto municipal, ficou autorizado ao representante legal do Museu Casa de Cultura Hermes Ferro o plantio de uma nova figueira, da mesma espécie e no mesmo local da centenária árvore símbolo de nosso povo altense.[44]
O livro “A Mesopotâmia Fluminense” foi escrito especialmente pela ocasião das comemorações do primeiro centenário de criação do município de São Sebastião do Alto, comemorado em 17 de abril de 1991, com objetivo de resgate de sua rica história e de seus personagens. O lançamento da obra ocorreu um ano após as comemorações do primeiro centenário, devido a necessidade de mais pesquisas, para que a história reconstituída fosse enriquecida em detalhe e profundidade.[45]
- Obra: A Mesopotâmia Fluminense. História de São Sebastião do Alto 1786 – 1991.
- Autor: Ramos, Lécio Augusto.
- Editor: Prefeitura Municipal de São Sebastião do Alto, RJ.
- Impressão: Zoomgraf-K Ltda, Avenida Jansen de Mello, 403, centro, Niteroi-RJ.
- Publicação: 17 de abril de 1992.
- Descrição física: 358 páginas, 23cmX16cm.
- Assunto: São Sebastião do Alto, RJ. História.
- Biografia: Nascido em Brasília em 1963, Lécio Augusto Ramos graduou-se em Comunicação Social em 1985, pela Universidade Federal Fluminense. Dedica-se as pesquisas históricas e genealógicas. Autor de “Edgar Brasil, um ensaio biográfico”, em colaboração com Hernani Heffner, trabalho que despertou-lhe o interesse pela história de São Sebastião do Alto, já que Edgar – um dos maiores fotógrafos do país – era filho de Cornélio de Souza Lima (1849-1941), importante personalidade da história do município.[46] Mestre em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Foi professor substituto do Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense. Foi professor auxiliar da Universidade Estácio de Sá. Servidor público concursado da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). Experiente na área de Comunicação, com ênfase em História da Comunicação e do Jornalismo, Teoria da Comunicação, História do Cinema, Teoria do Cinema e Análise Fílmica. Desenvolveu pesquisas sobre mutações de identidade no cinema, representações da medicina no cinema, cinema digital, história do cinema brasileiro, história e evolução das salas de cinema, teoria e linguagem do cinema, análise da narrativa fílmica, imigração europeia no estado do Rio de Janeiro.[47]
- Outras obras:
- Fernão Ramos ; MIRANDA, L. F. ; RAMOS, Lécio Augusto . Enciclopédia do Cinema Brasileiro. São Paulo: SENAC, 2000 (Autoria de verbetes e pesquisa geral e filmográfica)
- RAMOS, Lécio Augusto . Corpo e identidade - medicina e imaginação no thriller hollywoodiano contemporâneo. CONTRACAMPO (UFF) , Niterói, v. 7, p. 79-106, 2002.
- FREIRE, Mariana Baltar ; RAMOS, Lécio Augusto ; PLAZA, Pedro ; MORAIS, F. . O cinema e os filmes ou doze temas em torno da imagem. CONTRACAMPO (UFF) , v. 8, p. 125-151, 2003.
As famílias altenses tradicionais consistem principalmente naquelas estabelecidas no município desde o princípio de sua história e aquelas que adotaram um protagonismo no processo de sua colonização, das quais, seus descendentes ainda estejam radicados no município.
Portuguesas e Brasileiras
Alípio, Alves Moreira, Alves Ribeiro, Amorim, Andrade, Araújo Lima, Azevedo Tavares, Barbosa da Cruz, Campos, Carvalho Bastos, Conceição, Corrêa da Rocha, Corrêa Dias, Corrêa Neves, Costa Pinheiro, Damasceno, Espíndola, Esteves, Fajardo, Faria Salgado, Fernandes Carneiro Viana, Ferreira da Rocha, Ferreira Mariano, Fontes, Gomes de Araújo, Gonçalves de Moraes, Gonçalves Jardim, Gonçalves Lima, Guerreiro Bogado, Lessa, Lima e Silva, Lopes Barbosa, Lopes Martins, Machado, Machado Botelho, Madeira, Mendes, Menezes, Moraes, Moreira da Silva, Nepomuceno, Oliveira, Pereira, Pinto, Pontes, Ribeiro, Ribeiro Passos, Rodrigues de Souza, Santos Gomes, Silva Freire, Souza Ismério, Souza Lima, Souza Lopes, Tavares de Oliveira, Teixeira Cipriano, Teixeira de Carvalho, Teixeira Vogas, Verdadeiro de Souza, Vieira de Cristo, Vieitas, Xavier de Souza.[48]
Italianas Pioneiras
Bellieni, Cerbino, Lauro, Marconi, Mezzavilla, Stanizio.[49]
Italianas Colonos Agrícolas
Badini, Bochimpani, Bollorini, Bonan, Campagnucci, Castricini, Cimini, Fratani, Latini, Montechiari, Pietrani, Segalotti, Topini.[50]
Suiças
Boechat, Dafflon, Geveaux, Herdy (Herde), Lantimant(Lanthemann), Lemgruber (Leimgruber), Pecly, Rimes (Rime), Wellinger.[51]
Francesas
Brassier, Duprat, Robin, Roure.[52]
Alemãs
Alt.[53]
Holandesas
Van Erven.[53]
Cornélio de Souza Lima, intelectual e influente fazendeiro do município de São Sebastião do Alto, introduziu os primeiros colonos italianos no território altense. [54]
Proprietário de uma das maiores fazendas de café no interior, percebeu que deveria se antecipar à época e fazer a transição da monocultura do café por outras formas de plantio, como a baunilha e cana de açúcar, e com isso, promover a renovação da mão de obra em suas lavouras.[55]
Através da empresa agenciadora Angelo Fionita & Cia, acertou para que localizassem interessados na Itália e realizasse o translado de um grupo de imigrantes italianos para uma parceria agrícola na fazenda São Marcos, em São Sebastião do Alto.
Em meados de dezembro de 1884, chegaram os primeiros imigrantes italianos em terras altenses, onde firmaram um contrato de trabalho e parceria agrícola no dia 22 de dezembro no cartório de juízo de paz da então freguesia de São Sebastião do Alto. O modelo adotado era receber do proprietário da lavoura alojamento, suprimentos necessários para o trabalho e até metade de toda produção da colheita, em troca de sua mão de obra na lavoura.[56]
Os primeiros colonos italianos foram:
- Da Província de Macerata
- Benedetto Polloni, Carlo Raffaele Topini, Domenico Broglia, Enrico Montechiari, Eugenio de Angelis, Giuseppe Giampaoli, Luigi Latini, Luigi Storani, Luigi Tambesi, Natale Baldoni, Nicola Forconi, Pacifico Tacconi, Pasquale Cimine e Vincenzo Pianesi.
- Da Província de Ancora
- Luigi Bartola e Paolo Moriconi.
- Da Província de Fermo
- Giuseppe Lelli.
A partir desse primeiro contrato de trabalho e parceria, muitos outros imigrantes italianos se interessaram a vir para a fazenda São Marcos e suprir essa crescente carência da mão de obra na lavoura. Logo, as terras onde se encontravam os alojamentos, se tornaram uma característica vila de italianos, formando até uma banda de música com o nome Recreio de São Marcos, que se apresentava em eventos festivos na fazenda e nas festas religiosas em São Sebastião do Alto.[57]
Dentre muitas famílias de italianos que vieram posteriormente para a fazenda São Marcos, também foram registrados:
Nicola e Pietro Temperini, Angelo Fratani, Carlo Badini, Luigi Sagretti, Pasquale Talarico, Constantino Castricini, Giovanni Pietrani, Ettore Bonan, Luigi Bollorini, Enrico Campagnucci, Secondo Bochimpani, Luigi Mangaritini e Floriano Segalotti.[58]
Com a notícia se espalhando sobre o sucesso do projeto de parceria com os imigrantes italianos e o crescente incentivo do governo brasileiro na imigração de europeus, outros fazendeiros aderiram ao pioneiro modelo de trabalho em terras altenses e centenas de colonos italianos começaram a integrar de forma bem expressiva a sociedade.[59]
A expressiva presença de imigrantes europeus não portugueses, principalmente os italianos, influenciou uma parcela bem significativa da composição étnica do município de São Sebastião do Alto.[60]
No centro de São Sebastião do Alto está localizada a Praça das Bandeiras[61], onde estão hasteadas as bandeiras Brasileira, Alemã, Francesa, Holandesa, Italiana, Portuguesa e Suíça, em homenagem a todas as famílias tradicionais altenses.
Rio Negro: nasce no município de Duas Barras, no local conhecido como Alto dos Micheis. Situa-se na parte oeste do município de São Sebastião do Alto com 70km de extensão. É limite natural do município de São Sebastião do Alto com os municípios de Cantagalo, Itaocara e São Fidelis.[63]
- Afluentes da margem direita do Rio Negro: Córrego de São Joaquim, Córrego dos Indios e Córrego Valão do Barro.
- Afluente da margem direita do Córrego São Joaquim: Córrego Santa Olga.
- Afluentes da margem direita do Córrego dos Indios: Córrego das Águas Ferreas e Córrego do Santo.
Rio Grande: afluente da margem direita do Rio Paraíba do Sul, nasce na serra do Paquequer em Nova Friburgo. Situa-se na parte leste do município de São Sebastião do Alto com 80km de extensão. É limite natural do município de São Sebastião do Alto com os municípios de Trajano de Moraes, Santa Maria Madalena e São Fidelis.[64]
- Afluentes da margem esquerda do Rio Grande: Córrego da Babilônia, Córrego da Barra, Córrego Humaitá e Córrego do Sobrado.
Rio Macuco: Nasce na serra do Pacau com o nome de Macuquinho, no município de Duas Barras, e deságua na margem direita do Rio Negro em São Sebastião do Alto.
- Afluentes da margem direira do Rio Macuco: Córrego do Oliveira e Córrego do Várzea.
O Rio Macuco, junto com os córregos do Sobrado, do Santo, da Várzea e do Oliveira, são os limites naturais do município de São Sebastião do Alto com o município de Macuco[63]. O limite por terra restringe-se por uma faixa entre 5 a 6 quilômetros na região conhecida como Morro do Sobrado[63]. Devido a singularidade hidrográfica, o município é conhecido como A Mesopotâmia Fluminense.[65]
O subsolo rochoso do município de São Sebastião do Alto é composto principalmente por granito e gnaisse. Também são encontrados berilo, manganês, minério de ferro, talco, giz, caulim e mica. A parte ocidental do município possui jazidas calcárias da região do Rio Negro, situadas em uma cordilheira que se estende por até 25km, entre o Rio Negro e a RJ-116.[66]
Na década de 1980 foram realizados estudos para implementação de uma indústria cimenteira no município, inclusive com conversas com um grupo peruano para exploração. Entretanto, o Governo Federal não autorizou a implantação da fábrica. [67]
- Grutas
- Do Frederico (localizada próxima ao Córrego dos índios)
- De Santa Irene
- Da Muribeca
- Do Morro do Céu
- Das Cabeceiras
- Toca dos Caboclos
Na década de 1960, foram realizadas algumas prospecções no município de São Sebastião do Alto pelo Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas (PRONAPA). Na gruta Toca dos Caboclos foram encontrados e coletados cacos, ossos e contas de colar feitas de ossos leves. O sítio arqueológico recebeu a classificação RJ-6P8.[68][69]
A altitude média do município de São Sebastião do Alto é 250 metros, entretanto, a Sede municipal está localizada a cerca de 575 metros de altitude, situando-se no alto da Serra de São Sebastião, na junção com as Serras do Macaco e do Deu me Livre.[66]
Ocupando uma posição centro-sul em relação ao território municipal, a sede do município possui um clima bem agradável.
1º Distrito São Sebastião do Alto
O Distrito Sede do município foi instituído pelo Decreto Estadual Nº 194 de 17 de abril de 1891, que criou o Município com sua Sede de mesmo nome e elevada à categoria de Vila pelo Governador Francisco Portela[70]. A instituição da zona urbana do distrito Sede foi criada pela Lei Municipal Nº 12 de 05 de dezembro de 1980, sancionada pelo Prefeito João da Rocha Ferreira Junior. Alterada pela Lei Municipal Nº 666 de 16 de maio de 2014, sancionada pelo prefeito Mauro Henrique Silva Queiroz Chagas.
- Bairros
- Centro
- Santa Irene
- Bela Vista
- Santa Rosa
- Fica localizado à 221km da capital do Estado do Rio de Janeiro.
2º Distrito Valão do Barro
Foi elevado à Vila em 07 de junho de 1891.[71] A instituição da zona urbana do distrito foi criada pela Lei Municipal Nº 12 de 05 de dezembro de 1980, sancionada pelo Prefeito João da Rocha Ferreira Junior. Alterada pela Lei Municipal Nº 466 de 25 de outubro de 2004, sancionada pelo prefeito Antônio José Segalote Pontes.
- Fica localizado à 22km da Sede do Município.
3º Distrito Ipituna
Criado pela Lei Municipal Nº 79 de 05 de agosto de 1988, sancionada pelo prefeito Hermes Pereira Ferro.[72]
- Fica localizado à 34km da Sede do Município.
4º Distrito Ibipeba
Ciado pela Lei Municipal Nº 502 de 06 de dezembro de 2006, alterada pela Lei Municipal Nº 572 de 24 de março de 2010, sancionadas pelo prefeito Geraldo Pietrani. Foi alterada pela Lei Municipal Nº 747 de 11 de julho de 2017, sancionada pelo prefeito Carlos Otávio da Silva Rodrigues.
- Fica localizado à 30km da Sede do Município.
De acordo com seu local de nascimento e residência, os indivíduos são designados com um adjetivo gentílico.
Todos os cidadãos nascidos e residentes no município de São Sebastião do Alto (São Sebastião do Alto, Valão do Barro, Ipituna e Ibipeba) recebem o nome designativo gentílico ALTENSE.
Feriados Municipais[73]
- 20 de janeiro - São Sebastião, padroeiro do município de São Sebastião do Alto[74]
- 25 de março - Santa Irene, padroeira de São Sebastião do Alto[75]
- 17 de abril - Aniversário de Emancipação Político Administrativa do município de São Sebastião do Alto[76]
- 24 de abril - São Fidelis, padroeiro de Ibipeba[77]
- 15 de agosto - Nossa Senhora do Livramento, padroeira de Valão do Barro[78]
- 28 de outubro - Dia do Servidor Público Municipal[79]
- 13 de dezembro - Santa Luzia, padroeira de Ipituna[80] [81]