Segunda Intifada
revolta palestina contra Israel de 2000–2005 / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A Segunda Intifada ou Intifada Al-Aqsa (em árabe, إنتفاضة فلسطينية ثاني) designa o conjunto de eventos que marcou a revolta civil dos palestinos contra a política administrativa e a ocupação Israelense na região da Palestina a partir de setembro de 2000. A Primeira Intifada ocorreu em 1987.
Segunda Intifada | |||
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Conflito árabe-israelense | |||
Militares israelenses combatendo militantes palestinos em Nablus. | |||
Data | 28 de setembro de 2000 – 8 de fevereiro de 2005 | ||
Local | Cisjordânia e Faixa de Gaza | ||
Desfecho | Revolta sufocada | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Baixas | |||
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O movimento ocorreu dentro de um contexto marcado pelo impasse no processo de paz entre árabes e israelenses, pela retirada israelense do sul do Líbano (interpretada por alguns como uma vitória do Hezbollah), pela disputa de influência entre as facções palestinas do Fatah e do Hamas e pelo desagrado de uma parte da população israelense em relação às concessões feitas pelos acordos de Camp David (julho de 2000) e da Conferência de Taba (2001) e por ataques terroristas, como o Atentado suicida do Dizengoff Center e o atentado terrorista da pizzaria Sbarro.[4][5]
Em 27 de setembro de 2000 um atentado palestino provoca a morte de um colono judeu no assentamento Israelense de Netzarim, na Faixa de Gaza.
Em 28 de setembro, Ariel Sharon, à época um parlamentar do partido Likud, de oposição ao governo de Ehud Barak, visita, protegido por um grande aparato de segurança, a Esplanada das Mesquitas/Monte do Templo, em Jerusalém. Mais de mil palestinos estão presentes, dentre os quais muitos jovens membros da chabiba, originária do Fatah. A visita é interpretada pelos palestinos como uma provocação.
Após a partida de Ariel Sharon, violentos confrontos opõem palestinos e israelenses junto ao Muro das Lamentações. Sete palestinos são mortos e centenas são feridos. Nos dias seguintes, a violência prossegue com ataques palestinos aos territórios ocupados por Israel, na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
O conflito, que durou do final de 2000 até o começo de 2005 deixou centenas de mortos em ambos os lados. Violentos combates em áreas urbanas, atentados e bombardeios e ataques em regiões muito povoadas deixaram um alto saldo de perdas de vidas civis. Os palestinos recorreram ao lançamento de foguetes e também, principalmente, a atentados suicidas. Já os israelenses usaram tanques, artilharia e aeronaves. A infraestrutura dos territórios ocupados ficou devastada. Entre combatentes e civis, estima-se que mais de 3 mil palestinos e quase mil israelenses teriam morrido, além de 64 estrangeiros.[6][7]
A conferência de paz de Sharm el-Sheikh, realizada a 5 de fevereiro de 2005, é considerada o dia oficial em que o conflito terminou.[8]