Seis artes (China)
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As Seis Artes (em chinês: 六藝, liù yì, também: 孔子 六藝, kǒngzǐ liùyì) são o conjunto de disciplinas que formaram a base da educação na cultura da Antiga China. Durante a dinastia Zhou (1122-256 a.C.), com o intuito de promover um desenvolvimento integral,[1] os estudantes deviam dominar o liù yì, que consistia em:[2]
- Ritos (ou cortesia) (禮, lǐ)
- Música (樂, yuè)
- Tiro com arco (射, shè)
- Condução de carros de guerra (ou equitação) (御, yù)
- Caligrafia (書, shū)
- Matemática (數, shù)
Pensava-se que os homens que se destacavam nestas seis artes tinham alcançado o estado de perfeição, considerando-se cavalheiros perfeitos.[3]
As Seis Artes foram praticadas por eruditos, e já existiam antes de Confúcio, mas converteram-se em parte da filosofia confucionista. Como tal, o filósofo Xu Gan (170-217) discute-as nos seus Discursos Balanceados. As Seis Artes foram praticadas pelos 72 discípulos de Confúcio.[4]
O conceito das Seis Artes desenvolvido durante o período pré-imperial incorporou componentes militares e civis. O lado civil foi associado mais tarde às Quatro Artes (guqin, go, caligrafia e pintura). No entanto, este último era mais um sinal de ócio no período imperial tardio. Evidentemente, sobrepõe-se com as Seis Artes, já que o guqin personificou a música, o go (um jogo de mesa assim conhecido pelo seu nome japonês) estava relacionado com a estratégia militar, e a caligrafia ocupar-se-ia da estética da escrita e do cultivo do próprio carácter.[5] O estudo dos ritos e da música teria como objeto desenvolver o sentido de dignidade e de harmonia. Os ritos consideravam aqueles praticados durante as cerimónias de sacrifício, os funerais e os exercícios militares.[1]