Semelhança (filosofia)
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Em filosofia, a semelhança ou similaridade é uma relação entre objetos que constitui o quanto esses objetos são parecidos. A semelhança vem em graus: por exemplo, as laranjas são mais parecidas com as maçãs que com a lua. É tradicionalmente vista como uma relação interna e analisada em termos de propriedades compartilhadas: duas coisas são semelhantes porque têm uma propriedade em comum.[1] Quanto mais propriedades compartilham, mais semelhantes são. Se assemelham exatamente se compartilham todas as suas propriedades. Assim, uma laranja é semelhante à lua porque ambas compartilham a propriedade de ser redonda, mas é ainda mais semelhante a uma maçã porque, além disso, ambas compartilham várias outras propriedades, como a propriedade de ser uma fruta. Em um nível formal, a semelhança é geralmente considerada uma relação que é reflexiva (tudo se assemelha a si mesmo), simétrica (se x é semelhante a y então y é semelhante a x) e não transitiva (x não precisa ser semelhante a z apesar de x ser semelhante a y e y ser semelhante a z).[2] A semelhança vem em duas formas: a semelhança respectiva, que é relativa a um aspecto ou característica, e a semelhança global, que expressa o grau de semelhança entre dois objetos considerando tudo. Não há consenso geral se a semelhança é uma característica objetiva da realidade, independente da mente, e, em caso afirmativo, se é uma característica fundamental ou redutível a outras características.[3][4] A semelhança é central para a cognição humana, pois fornece a base para a categorização de entidades em tipos e para vários outros processos cognitivos, como o raciocínio analógico.[3][5] A semelhança desempenha um papel central em várias teorias filosóficas, por exemplo, como solução para o problema dos universais através do nominalismo de semelhança ou na análise de contrafactuais em termos de semelhança entre mundos possíveis.[6][7]