Serge Latouche
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Serge Latouche (Vannes, 12 de janeiro de 1940) é um economista e filósofo francês.
Serge Latouche | |
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Serge Latouche en 2012 | |
Nascimento | 12 de janeiro de 1940 Vannes |
Cidadania | França |
Alma mater |
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Ocupação | economista, professor universitário, ensaísta |
Empregador(a) | Universidade Paris-Sul, Instituto de Estudos de Desenvolvimento Econômico e Social, Université de Lille |
Movimento estético | decrescimento |
Muito influenciado pelos trabalhos de François Partant, Latouche é membro fundador e ex-presidente da associação La ligne d'horizon, cujo objetivo é prosseguir as reflexões de Partant, contidas em seus livros e artigos.
Também conhecido por seus trabalhos de Antropologia econômica, Latouche desenvolveu uma teoria crítica da ortodoxia econômica. Denunciou o economicismo e o utilitarismo nas Ciências Sociais e criticou, tanto através de uma argumentação teórica consistente como da abordagem empírica, constituída de numerosos exemplos, o conceito de desenvolvimento e as noções de eficácia e racionalidade econômica.
Adversário do consumismo e da racionalidade instrumental, contrário à ocidentalização do planeta, Latouche é um dos mais conhecidos partidários do decrescimento sustentável.
No documentário "Obsolescencia Programada" refere que: "Vivemos numa sociedade em crescimento cuja lógica não é de crescer para satisfazer as necessidades, sim crescer por crescer. Crescer infinitamente com uma produção sem limites, E, para o justificar, o consumo deve crescer sem limites.
Quem acredite num crescimento ilimitado é compatível com um planeta limitado ou é louco ou é ecomomista. O drama é que hoje somos todos economistas".
Segundo Latouche, é preciso descolonizar nosso imaginário. Em especial, desistir do imaginário econômico (...) Redescobrir que a verdadeira riqueza consiste no pleno desenvolvimento das relações sociais de convívio em um mundo são, e que esse objetivo pode ser alcançado com serenidade, na frugalidade, na sobriedade, até mesmo em uma certa austeridade no consumo material, ou seja, aquilo que alguns preconizaram sob o slogan gandhiano ou tolstoísta de "simplicidade voluntária". [ligação inativa]
Se você está em Roma e deve ir de trem para Turim, mas, por engano, embarca em direção a Nápoles, não basta diminuir a velocidade da locomotiva, frear ou mesmo parar. É preciso descer e pegar outro trem, na direção oposta. Para salvar o planeta e assegurar um futuro aceitável para os nossos filhos, não basta moderar as tendências atuais. É preciso sair completamente do desenvolvimento e do economicismo, assim como é preciso sair da agricultura produtivista, que é parte integrante disso, para acabar com as vacas loucas e as aberrações transgênicas.