Usuário:DAR7/Testes/História do Brasil/Ciclo do Ouro
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O Ciclo do Ouro, também conhecido como corrida do ouro e ciclo da mineração, se refere à época da história brasileira em que a dinâmica econômica do Brasil colonial foi dominada pela exportação do ouro e extração.[1] O ciclo tinha vigorado fortemente nos primeiros sessenta anos do século XVIII, durante o início da queda da produção de ouro em consequência de que foram esgotadas progressivamente as minas das regiões que se exploraram nas capitanias de GO, MG e MT.[3]
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Ciclo do Ouro | |
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Praça Tiradentes, em Ouro Preto | |
Outros nomes | Ciclo da Mineração Corrida do Ouro |
Participantes | Bandeirantes, escravos e portugueses |
Localização | Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, no Brasil |
Data | século XVIII |
Resultado | . Revolução Industrial na Inglaterra[1] . transferência da capital da colônia para o Rio de Janeiro . ocupação portuguesa do interior do Brasil . substituição da língua tupi antiga pelo português como idioma principal do Brasil[2] . Guerra dos Emboabas . Inconfidência Mineira |
Apesar de não haver um Jack London para torná-la eterna em seis obras-primas literárias, tampouco uma indústria que nem a de Hollywood a transformar em uma lenda mundial, a verdade é que o Brasil não somente possuía a sua corrida do ouro. Esta tinha sido, pelo menos, tão perigosa, rápida e lucrativa como essa a qual, no ano de 1848, decidiu que a Califórnia fosse ocupada. Essa, após cem anos, tinha exportado para o Alasca todas as dificuldades da civilização. À medida que em suas correspondentes norte-americanas, a colônia foi revolucionada pela febre do ouro que cuidou do Brasil, no entardecer do século XVII, de quaisquer das formas aceitáveis. Foi provocado um grande e desorganizado êxodo demográfico o qual desocupou as cidades. Foi causado um relevante crescimento no valor dos cativos, das manadas e dos alimentos. Foram forçadas mudanças governamentais de importância. Foram levados milhões de nativos à morte e abertos novas rotas de entrada a incorporar áreas até, naquela época, desabitadas e desconhecidas. O ciclo do ouro tinha feito mais: auxiliou no enfraquecimento da era do açúcar, entregando cultivos às ervas daninhas. Apesar da atual nulidade virtual de sua repercussão mundial, o mundo foi revolucionado pela corrida do ouro do Brasil, em seu extremo. Quase todo o material, que se arrancou do subsolo das Minas Gerais, passou por Lisboa, somente por pouco tempo. Os recursos do Tratado de Methuen, firmado em 1703, fizeram o mineral do Brasil parar em Inglaterra — e ali ajudar no financiamento da Revolução Industrial do mesmo modo como, um século anteriormente, a prata e o ouro, que foram roubados dos incas e astecas, contribuíram para incentivar a mercantilista.[1]
É difícil contar os resultados do ciclo do ouro de Minas Gerais, porque, a partir do começo, o tráfico se mostrou mais permanente e poderoso que as regras para torná-lo impedido. Mesmo assim, entende-se certamente que, sem demora, o Brasil foi transformado no país que mais produzia ouro no mundo até então pelos descobrimentos de 1693–1694. As estatísticas variam bastante, mas é calculado que se extraíram mais de 840 toneladas do metal — sem ajuda das máquinas — de 1700 até 1799 (havia 270 toneladas de 1752 até 1787; para objetivos de comparação; na década de 1980, 350 toneladas foram produzidas em Serra Pelada). A massa humana que foi para as minas de 1700 até 1720 tinha sido mais de 150 mil almas, das quais cerca de cem mil costumavam ser escravos. No decorrer do século XVIII, mais de 430 mil pessoas de São Paulo, do Rio de Janeiro, da Bahia, de Portugal, dos povos indígenas e africanos de origem guineana e angolana andaram nas picadas pedregosas separando entre a costa do sudeste brasileiro e as serras da riqueza e da desgraça. “Todos os vícios tiveram morada na região das minas. Todas as paixões desencadearam-se ali; ali se cometeram todos os crimes”, havia escrito, um século depois, o viajante de França, Auguste de Saint-Hilaire, para quem tais pessoas que participaram da corrida do ouro costumavam ser o “câncer de Portugal e do Brasil”. Nas minas, costumava-se matar por qualquer coisa ou por nenhuma. Nas minas, foi travada a Guerra dos Emboabas. Em seguida, durante o reino do ouro, descobriram-se diamantes nas minas — e o ciclo foi reiniciado, com tanta alucinação e voracidade quanto antes. Nas minas, surgiu uma pessoa muito talentosa cuja arte tornou eterno — em estátuas, capitéis e altares — o apogeu dum tempo de exageros e expectativa. O trabalho do Aleijadinho constitui uma das pouquíssimas heranças dos dias dourados da então chamada América Portuguesa.[1]