Dinastia Vakataka
dinastia real indiana da Antuguidade Tardia / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A dinastia Vākāṭaka (em marata: वाकाटक) foi um clã real indiano surgido no Decão em meados do século III d.C. Supõe-se que os seus territórios se estenderam desde os limites meridionais de Malwa e de Guzarate, a norte, até ao rio Tungabadra a sul, bem como do mar Arábico a oeste até aos limites de Chhattisgarh a leste. Os Vakatakas foram os sucessores mais importantes dos Satavahanas no planalto do Decão e contemporâneos dos Guptas do norte da Índia.
Dinastia Vakataka वाकाटक • Vākāṭaka | |||||||||
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Mapa histórico da Índia c. 375 | |||||||||
Localização da capital dos Vakatakas na Índia atual | |||||||||
Coordenadas | 20° 6' N 77° 9' E | ||||||||
Continente | Ásia | ||||||||
Região | Decão | ||||||||
Capital | Vatsagulma | ||||||||
País atual | Índia | ||||||||
Língua oficial | sânscrito e prácrito maarastri | ||||||||
Religião | budismo e hinduísmo | ||||||||
Forma de governo | monarquia | ||||||||
Marajá | |||||||||
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Período histórico | Antiguidade Tardia • Idade Média | ||||||||
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Os Vākāṭakas, como muitas dinastias coevas do Decão, reclamavam origem budista. Pouco se sabe acerca do fundador, Vindhyaśakti (r. c. 250–270). A expansão territorial começou no reinado do seu filho, Pravarasena I. Geralmente aceita-se que a dinastia se dividiu em quatro ramos depois de Pravarasena I. Dois desses ramos são conhecidos (Pravarpura-Nandivardana e Vatsagulma) e os outros dois deconhecidos. Os primeiros são os ramos Pravarpura-Nandivardana. O imperador Gupta Chandragupta II casou a sua filha com um membro da família real Vakataka e com o apoio dos Vakatakas conquistou o Guzarate aos sátrapas sacas no século IV d.C. O poder dos Vakatakas foi substituído pelo dos Chaluquia de Badami no Decão c. ano 500.[1]
Os Vakatakas ficaram conhecidos como patrocinadores das artes, arquitetura e literatura. Vários obras públicas e monumentos por eles construídas conservaram-se até à atualidade. As iharas e chaityas escavadas na rocha das grutas de Ajanta, classificadas pela UNESCO como Património Mundial, foram construídas com o patrocínio do imperador Vakataka Harixena.