Mpox
doença viral causada pelo ''monkeypox virus'' / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Mpox (anteriormente denominada monkeypox ou varíola dos macacos) é uma doença infecciosa causada pelo mpox vírus que afeta seres humanos e outros animais.[3][6] Os sintomas iniciais são febre, dores de cabeça, dores musculares, aumento de volume dos gânglios linfáticos e fadiga.[2] Posteriormente formam-se erupções cutâneas, que começam por ser vermelhas e planas e mais tarde se convertem em bolhas com pus e crostas.[2] O intervalo de tempo entre a exposição ao vírus e o início dos sintomas é de cerca de 10 dias.[2] A duração dos sintomas é geralmente de duas a quatro semanas.[2]
Mpox | |
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Erupções cutâneas causadas pela varíola dos macacos | |
Sinónimos | Monkeypox, varíola símia e varíola dos macacos[1] |
Especialidade | Infectologia |
Sintomas | Febre, dores de cabeça, dores musculares, erupções cutâneas, inchaço dos gânglios linfáticos[2] |
Início habitual | 5–21 dias após exposição ao vírus[2] |
Duração | 2 a 4 semanas[2] |
Causas | mpox vírus[3] |
Método de diagnóstico | Deteção de ADN viral[4] |
Condições semelhantes | varíola, varicela[5] |
Prevenção | Vacina contra a varíola[4] |
Medicação | Cidofovir[5] |
Prognóstico | Risco de morte até 10%[2] |
Frequência | Rara[3] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | B04.b |
CID-9 | 059.01 |
CID-11 | 160886685 |
eMedicine | 1134714 |
MeSH | D045908 |
Leia o aviso médico |
O vírus da mpox é um do género ortopoxvírus.[7] A doença pode ser transmitida durante o manuseio de carne de animais selvagens, por uma mordedura de animal, por fluidos corporais, por objetos contaminados ou pelo contacto próximo com uma pessoa infetada.[8] Apesar do nomenclatura inicial, parece ser mais comum em roedores do que em primatas.[9] Pensa-se que o vírus normalmente circule entre determinados roedores em África.[8] O diagnóstico pode ser confirmado pela presença de ADN do vírus numa das lesões.[4] A doença apresenta sintomas semelhantes aos da varíola.[5]
Pensa-se que a vacina contra a varíola possa prevenir a infeção.[4] Em 2019, foi aprovada nos Estados Unidos uma vacina específica para a varíola dos macacos.[10] Não é conhecida cura para a doença.[11] Em alguns casos pode ser benéfica a administração de cidofovir ou brincidofovir.[5][11] O vírus tem dois clados genéticos distintos: o Clado I, associado a uma taxa de letalidade de até 11%. Já o Clado II, é responsável por sintomas mais ligeiros e a uma taxa de letalidade inferior a 1%.[7][2][12]
A maior parte dos casos da doença ocorre na África central e ocidental.[13] Foi identificada pela primeira vez em 1958 entre macacos de laboratório.[14] Os primeiros casos registados em seres humanos ocorreram em 1970 na República Democrática do Congo.[14] Em 2003, ocorreu um surto nos Estados Unidos, com origem numa loja de animais onde eram vendidos roedores importados do Gana.[4] Em 2022, ocorreu um surto com início no Reino Unido, onde foram detectados os primeiros casos de transmissão comunitária da doença fora de África.[15]