Visões cristãs sobre a Antiga Aliança
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Visões cristãs sobre a Antiga Aliança é o modo como os cristãos de modo geral, nas várias confissões/denominações/ ministérios cristãos têm acolhido, aplicado e/ou interpretado a Aliança Mosaica ou Lei de Moisés — que eles geralmente chamam de a "Antiga Aliança" (ou Antigo Testamento (em contraste com a Nova Aliança ou Novo Testamento). Essas visões diferenciadas têm desempenhado um papel importante desde as origens do Cristianismo e, por isso mesmo, tem ocasionado sérias controvérsias e disputas de cunho religioso, desde então.
Pode-se considerar que, biblica e historicamente, tudo começou com a pronunciação, pelo Senhor Jesus Cristo, do "Sermão da Montanha", relatado em Mateus, capítulos 5 a 7,[1][2][3] bem como em Marcos 9:49-50,[4] Lucas 6:20-23,37,38,41,42,46-49; 11:9-13,33; 12:22-31; 13:24; 14:34-35,[5][6][7][8][9] no qual Ele faz uma apreciação comparada entre a Lei Antiga ("Ouvistes ou que foi dito aos antigos...") e a Nova Lei ("Eu, porém, vos digo...") que está, então, inaugurando. Essa apreciação comparada não contém, em si, demérito algum para a Antiga Lei Mosaica, mas anuncie, segundo as palavras de Jesus, uma Lei Nova, superior, amorosa, e mais rigorosa (pois visitava o interior de cada pessoa). De fato, segundo o relato bíblico de Mateus 7:28-29[10]: "Quando Jesus acabou de pronunciar essas palavras, as multidões estavam admiradas com o seu ensino. Porque Ele as ensinava como quem tem autoridade, e não como os mestres da lei". Contudo, por razões culturais e religiosas já bem enraizadas, bem como a conveniência do povo judeu, entre o povo e os escribas e sacerdotes de então, derivou-se a chamada "Controvérsia da circuncisão no início do Cristianismo", entre outras controvérsias e disputas.
O Judaísmo rabínico[11] afirma que Moisés apresentou as leis religiosas judaicas, exclusivamente para o povo Judeu e que, portanto, essas leis não se aplicam aos Gentios (inclusive Cristãos), a exceção das Sete Leis de Noé, que, segundo ele, aplicam-se a todas as pessoas.
A maioria dos cristãos crê que apenas as partes da lei que trata de preceitos morais (em contraste com as porcões da lei que estabelecem preceitos cerimoniais e rituais) são aplicáveis ainda, outros creem que nenhuma parte se aplica, enquanto teólogos de dupla aliança creem que a Antiga Aliança permanece válida apenas para os judeus, e a minoria dos cristãos crê que todas as partes ainda se aplicam aos crentes em Jesus Cristo, mesmo na vigência da Nova Aliança.