Extensão vocal se refere à faixa de altura sonora que um cantor ou cantora consegue produzir, num determinado registro vocal ou, se considerado de maneira global, em todos os seus registros somados. A extensão vocal de um indivíduo é geralmente expresso por um intervalo musical ( por exemplo, três oitavas), ou pelas notas musicais extremas (por exemplo, do Si2 ao Mi5).[1] A extensão tem, portanto, uma abrangência maior que a tessitura. Enquanto que a extensão representa todas as notas fisicamente realizáveis, a tessitura refere-se às notas mais apropriadamente realizadas no que tange à qualidade da emissão.[2] Sendo assim, um cantor poderá articular notas fora de sua tessitura mas jamais realizará notas fora de sua extensão vocal.[3]
Voz falada
A frequência natural da voz humana é determinada pelo comprimento das pregas vocais. Assim mulheres que têm as pregas vocais mais curtas possuem voz mais aguda que os homens com pregas vocais mais longas. É por esse mesmo motivo que as vozes das crianças são mais agudas do que as dos adultos. A mudança de voz costuma ocorrer na puberdade que é provocada pela modificação das pregas vocais que de mais finas mudam para uma espessura mais grossa. Este fato é especialmente relevante nos indivíduos do sexo masculino. O comprimento e a espessura das cordas vocais determinam, tanto para o sexo masculino, como para o feminino, a extensão vocal e o registro de alcance das notas produzidas vocalmente.
A laringe e as pregas vocais não são os únicos órgãos responsáveis pela fonação. Os lábios, a língua, os dentes, o véu palatino e a boca concorrem também para a formação dos sons.
Extensão das principais vozes
Tenor ligeiro
Voz pouco forte; alcança notas agudas. Ex: Almaviva, no Barbeiro de Sevilha.
Tenor lírico
Tenor dramático
Voz forte; timbre metálico. Ex: Turiddu, na Cavalleria Rusticana
Barítono lírico
Voz intermediária entre agudo e grave,. Ex: Escamilo na Carmen
Barítono dramático
Voz mais forte e timbre metálico. Ex: Rigoletto na ópera do mesmo nome.
Baixo cantante
Voz grave, timbre suave. Ex: Salvator Rosa na ópera do mesmo nome.
Baixo profundo
Voz bem grave e mais forte que a anterior. Ex: Zarastro na Flauta Mágica.
Soprano dramático
Voz forte; timbre doce. Ex: Butterfly na Madame Butterfly.
Mezzo-soprano
Voz intermediária entre agudo e grave. Ex: Carmen na ópera de mesmo nome.
Contralto
Voz feminina mais grave, timbre escuro. Ex: Azucena em Il Trovatore[4]
Ver também
Referências
- Sundberg, Johan (2015). Ciência da Voz: Ciência da Voz. Fatos Sobre a Voz na Fala e no Canto. São Paulo: EDUSP. ISBN 978-8531415104
- «Ellmerich, Luis. História da Música e da Dança. p 149-50. São Paulo, Boa Leitura Editora, 1962.». Consultado em 26 de julho de 2010. Arquivado do original em 19 de janeiro de 2012
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