WikiLeaks
organização de publicação de vazamento de notícias / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
WikiLeaks é uma organização transnacional sem fins lucrativos, sediada na Suécia,[1] que publica, em sua página, postagens de fontes anônimas, documentos, fotos e informações confidenciais, vazadas de governos ou empresas, sobre assuntos sensíveis. A página foi construída com base em vários pacotes de programas (software), incluindo MediaWiki, Freenet, Tor e PGP.[2] A WikiLeaks abandonou o formato wiki em maio de 2010 a favor de um processo de seleção de documentos coordenado por revisores anónimos. Documentos que não cumprem os critérios editoriais são rejeitados.[3]
WikiLeaks | |
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Gênero | MediaWiki |
Cadastro | público |
Idioma(s) | árabe, alemão, coreano, espanhol, francês, inglês, japonês, norueguês, português, russo, turco, ucraniano |
Lançamento | dezembro de 2006 |
Endereço eletrônico | WikiLeaks.org |
A página, administrada por The Sunshine Press,[4] foi lançada em dezembro de 2006 e, em meados de novembro de 2007, já continha 1,2 milhão de documentos.[5] Seu principal editor e porta-voz é o australiano Julian Assange, jornalista e ciberativista.[6]
Ao longo de 2010, WikiLeaks publicou grandes quantidades de documentos confidenciais do governo dos Estados Unidos, com forte repercussão mundial. Em abril, divulgou um vídeo de 2007, que mostra o ataque de um helicóptero Apache estado-unidense, matando pelo menos 12 pessoas - dentre as quais dois jornalistas da agência de notícias Reuters - em Bagdá, no contexto da ocupação do Iraque. O vídeo do ataque aéreo em Bagdá (Collateral Murder) é uma das mais notáveis publicações da página.[7][8] Outro documento polêmico mostrado pela página (site) é a cópia de um manual de instruções para tratamento de prisioneiros na prisão militar estado-unidense de Guantánamo, em Cuba.[9] Em julho do mesmo ano, WikiLeaks promoveu a divulgação de uma grande quantidade de documentos secretos do exército dos Estados Unidos, reportando a morte de milhares de civis na guerra do Afeganistão em decorrência da ação de militares norte-americanos. Finalmente, em novembro, publicou uma série de telegramas secretos enviados pelas embaixadas dos Estados Unidos ao governo do país.
Como aliados, atraiu os meios tradicionais El País, Le Monde, Der Spiegel, The Guardian e The New York Times, com o intuito de divulgar conteúdo secreto da diplomacia americana. Recebeu manifestações de apoio de chefes de Estado como Luiz Inácio Lula da Silva e Vladimir Putin, que defenderam sua liberdade.[10] Em 2 de fevereiro de 2011, o WikiLeaks foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz,[11][12] pelo parlamentar norueguês Snorre Valen. O autor da proposta disse que o WikiLeaks é "uma das contribuições mais importantes para a liberdade de expressão e transparência" no século XXI. "Ao divulgar informações sobre corrupção, violações dos direitos humanos e crimes de guerra, o WikiLeaks é um candidato natural ao Prêmio Nobel da Paz", acrescentou.[13]
O WikiLeaks, contudo, também é alvo de duras críticas. Eles são acusados de manter laços com o governo russo e ter os serviços de inteligência da Rússia como sua principal fonte de informações.[14] O site e seus organizadores são acusados de manipular o conteúdo que vazam, dando mais importância a informações a respeito do Ocidente e negligenciado dados danosos com relação ao Kremlin, levando especialistas em política externa a apontar uma postura primordialmente pró-russa e anti-ocidental no trabalho do WikiLeaks.[15]