Loading AI tools
Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Wouldn't Take Nothing for My Journey Now é um romance da escritora e poeta afro-americana Maya Angelou publicado em 1993, após a autora recitar o poema On the Pulse of Morning, durante a investidura presidencial de Bill Clinton. Journey consiste em uma série de pequenos ensaios, muitas vezes autobiográficos, e é considerado um "livro de sabedoria de Angelou".[1] Durante a década de 1990, a escritora já era conhecida e renomada por seus trabalhos e, assim como as demais obras, esta recebeu críticas positivas.
Wouldn't Take Nothing for My Journey Now | |||||
---|---|---|---|---|---|
Autor(es) | Maya Angelou | ||||
Idioma | Inglês | ||||
País | Estados Unidos | ||||
Gênero | Ensaio | ||||
Série | Journey | ||||
Editora | Random House | ||||
Lançamento | 1993 | ||||
Páginas | 139 | ||||
ISBN | 0-553-56907-4 | ||||
Cronologia | |||||
|
Wouldn't Take Nothing for My Journey Now (1993) é o primeiro livro de ensaio da escritora Maya Angelou, publicado após a autora recitar o poema On the Pulse of Morning, durante a investidura presidencial de Bill Clinton,[2] tornando-a a primeira poeta a fazer uma recitação de inauguração desde Robert Frost, na investidura presidencial de John F. Kennedy em 1961.[3] De acordo com Meredith Berkman, "[esse fato] resultou maior reconhecimento por seus trabalhos anteriores e ampliou seu trabalho através das fronteiras raciais, econômicas e educacionais."[4] Journey é, juntamente com a obra Even the Stars Look Lonesome, de 1997, uma das séries nomeadas por Hilton Als como um "livro de sabedoria".[1]
Journey foi publicado entre a quinta e sexta autobiografia de Angelou, All God's Children Need Traveling Shoes (1986) e A Song Flung Up to Heaven (2002). Ela já havia publicado vários volumes de poesia e inclusive foi nomeada ao prêmio Pulitzer pelo romance Just Give Me a Cool Drink of Water 'fore I Diiie (1971).[5] Os primeiros ensaios da escritora foram publicados pela revista estadunidense Essence no final de 1992. O apoio de seus leitores e o incentivo de Oprah Winfrey a inspirou de escrever a série e, mais tarde, ela admitiu que tentou ser acessível a todos. Journey apareceu na lista de best-sellers da The New York Times e vendeu mais de 300.000 cópias.[6] The Los Angeles Times, em uma reportagem sobre dificuldades financeiras da Random House, comentou que a série de Angelou compensou as perdas de outras obras.[7]
Em 1993, quando Journey foi publicado, Angelou se tornou altamente respeitada e reconhecida como representante de negros e mulheres.[8] Joanne Braxton comentou que "[a autora] é sem dúvidas... a mulher negra mais visível da América."[9] Ela também havia se tornado "uma grande voz autobiográfica do tempo", de acordo com o revisor Richard Long.[10] Angelou foi uma das primeiras afro-americanas a discutir publicamente a sua vida pessoal e a utilizar-se como uma personagem central em seus livros. A escritora Julian Mayfield, que comentou sobre sua primeira autobiografia, I Know Why the Caged Bird Sings, como "uma obra de arte que escapa à descrição", afirmou que "a série de Angelou estabelece um precedente não só para escritoras negras mas para o gênero da autobiografia como um todo."[1]
Wouldn't Take Nothing for My Journey Now consiste em 24 "homílias jornalísticas"[2] ou "reflexões",[11] em que muitos delas são autobiográficas. Siona Carpenter, da Religion News Service, considerou Journey como uma parte do aumento na inspiração de escritoras afro-americanas da década de 1990.[12] Os tópicos do livro incluíram temas como moda, entretenimento, sensualidade, gravidez, racismo e morte. Seus personagens de rascunho são semelhantes às descrições de pessoas, inclusive de si mesma, que aparecem ao longo das autobiografias.[13] A obra de ensaios contém dois poemas, "Mrs. V.B." sobre sua mãe Vivian Baxter, que foi uma das primeiras mulheres negras a se juntar aos fuzileiros navais mercantes, e um sem título sobre as semelhanças que há entre as pessoas, apesar de suas diferenças raciais e culturais. O título do livro, do qual Angelou descreveu como "uma grande canção",[14] foi retirado de uma música gospel gravada por Happy Goodman Family,[15] que fez sucesso na década de 1950:
Bem, comecei viajando para o Senhor há muitos anos,
Tive muita dor de cabeça, conheci o sofrimento.
Mas quando eu ia tropeçar, fui para baixo,
E lá eu disse: I wouldn't take nothing for my journey now.[16]
Assim como os trabalhos anteriores de Angelou, Wouldn't Take Nothing for My Journey Now recebeu críticas positivas. Mary Jane Lupton comparou os ensaios às poesias do filósofo chinês Confúcio.[13] Ainda, assemelhou os esboços com as descrições da escritora em seu livro autobiográfico, comparou dois rascunhos sobre sua avó citados em I Know Why the Caged Bird Sings e, sobre seu marido, nivelou o ensaio "Extending the Boundaries" com a obra The Heart of a Woman.[17] Anne Patterson-Rabon elogiou Maya pelo uso de ilustrações semelhantes ao texto.[18] Marigold A. Clark chamou Journey de "uma autobiografia como qualquer outra", todavia vangloriou a autora pelo "uso de suas experiências vividas como exemplo".[19]
Genevieve Stuttaford, da Publishers Weekly, descreveu os ensaios como "fragmentos serenos e inspiradores". Anne Whitehouse, da The New York Times, escreveu que "[o livro] é apelativo para leitores em busca de mensagens claras com significados facilmente digeridos".[8] Patterson-Rabon afirmou que "a história 'canta' assim como a canção a qual seu título foi inspirado". O periodista Clark avaliou: "o leitor pode quase ouvir sua voz diante das palavras escritas".[19] Ainda, Paul D. Colford, da Los Angeles Times, apreciou que "[os textos da obra] passam tão levemente como a brisa noturna".[6]
Seamless Wikipedia browsing. On steroids.
Every time you click a link to Wikipedia, Wiktionary or Wikiquote in your browser's search results, it will show the modern Wikiwand interface.
Wikiwand extension is a five stars, simple, with minimum permission required to keep your browsing private, safe and transparent.