Zenóbia
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Zenóbia (em grego: Ζηνοβία; romaniz.:Zēnobía; em palmireno: , Btzby; em aramaico: בת זבי; romaniz.:Bat-Zabbai; em árabe: الزباء; romaniz.:al-Zabbā’; ca. 240 - após 274) foi uma rainha do século III do Império de Palmira. Muitas lendas cercam sua ancestralidade; provavelmente não era uma comum e se casou com o governante da cidade, Odenato (r. 252–267). Seu marido tornou-se rei em 260, elevando Palmira ao poder supremo no Oriente Próximo ao derrotar o Império Sassânida e restabelecer a fronteira oriental do Império Romano. Após o assassinato de Odenato em 267, Zenóbia tornou-se regente de seu filho Vabalato e manteve, de facto, o poder por todo seu reinado.
Zenóbia | |
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Zenóbia como Augusta (imperatriz) no observo de um antoniniano (272) | |
Rainha consorte de Palmira | |
Reinado | 260-267 |
Antecessor(a) | Título criado |
Sucessor(a) | Ninguém |
Rainha-mãe de Palmira | |
Reinado | 267-272 |
Predecessor(a) | Título criado |
Sucessor(a) | Ninguém |
Rainha do Egito | |
Reinado | 270-272 |
Predecessor(a) | Título criado |
Sucessor(a) | Ninguém |
Imperatriz de Palmira | |
Reinado | 272 |
Predecessor(a) | Título criado |
Sucessor(a) | Ninguém |
Nascimento | ca. 240 |
Palmira, Síria | |
Morte | Após 274 |
Cônjuge | Odenato |
Filho(s) | Heranes II Vabalato Sétimo Antíoco Timolau (?) Duas filhas |
Religião | Paganismo palmireno |
Em 270, lançou uma invasão que trouxe boa parte o oriente romano sob seu controle e culminou na anexação do Egito. Em meados de 271, seu reino se estendeu de Ancira, na Anatólia Central, ao sul do Egito, mas permaneceu nominalmente subordinada a Roma. Porém, em reação a campanha do imperador Aureliano (r. 270–275) em 272, Zenóbia declarou seu filho imperador e assumiu o título de imperatriz (declarando a secessão de Palmira em relação a Roma). Os romanos vencem após pesada luta; a rainha foi sitiada em sua capital e capturada por Aureliano, que exilou-a para Roma onde ficou o resto de sua vida. Após sua derrota, os palmirenos tentam restabelecer a autonomia de Palmira nomeando seu filho Sétimo Antíoco num golpe fracassado.
Zenóbia era culta e promoveu um ambiente intelectual em sua corte, aberto a acadêmicos e filósofos. Era tolerante com seus súditos e protegia as minorias religiosas. A rainha manteve uma administração estável, governando um império multiétnico e multicultural. Ela morreu depois de 274 e muitos contos foram registrados sobre seu destino. Sua ascensão e queda inspiraram historiadores, artistas e romancistas, e ela é uma heroína nacional na Síria.