Zepelim
Dirigível Zeppelin / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Zeppelin[nota 1] ou Zepelim[1] é um tipo de aeróstato rígido, mais especificamente um dirigível, cujo nome é uma homenagem ao Conde alemão Ferdinand Von Zeppelin, que foi pioneiro no desenvolvimento de dirigíveis rígidos no início do século XX. As primeiras ideias de Zeppelin foram formuladas em 1874[2] e desenvolvidas em detalhes em 1893,[3] sendo patenteadas na Alemanha em 1895 e nos Estados Unidos em 1899.[4] Os zepelins fizeram os seus primeiros voos comerciais em 1910, pela Deutsche Luftschiffahrts-Aktiengesellschaft-AG (DELAG), a primeira companhia aérea do mundo em serviço comercial e, quatro anos após o início de suas operações, em meados de 1914, a DELAG já havia transportado mais de 10 mil passageiros pagantes em mais de 1 500 voos. Após o enorme sucesso do projeto Zeppelin, a palavra Zeppelin passou a ser comumente utilizada para se referir a todos os dirigíveis rígidos.
Zepelim | |
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LZ 129 Hindenburg no Recife, em Pernambuco (década de 1930 na cauda do dirigível. Recife foi a primeira cidade da América do Sul a ter uma estação para dirigíveis, a Torre do Zeppelin, única estrutura do seu tipo ainda de pé no mundo | |
Características | |
Classificação | (rigid airship) |
Origem do nome | Ferdinand von Zeppelin |
Composto de | balonete |
Localização | |
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Durante a Primeira Guerra Mundial, os militares alemães fizeram uso extensivo dos zepelins como bombardeiros e para reconhecimento, matando mais de 500 pessoas em bombardeios apenas na Grã-Bretanha.[5] Com a derrota da Alemanha em 1918, o negócio de dirigíveis temporariamente desacelerou, pois embora a DELAG houvesse estabelecido um serviço diário regular entre Berlim, Munique e Friedrichshafen em 1919, os dirigíveis construídos para essa ocupação, eventualmente tiveram que se render aos termos do Tratado de Versalhes, que proibiu a Alemanha de construir grandes aeronaves. Entretanto, uma exceção foi feita permitindo a construção do dirigível USS Los Angeles para a marinha americana, o que acabou por salvar a companhia da extinção. Em 1926 as restrições sobre a construção de dirigíveis foram levantadas e com a ajuda de doações do trabalho público foi iniciada a construção do LZ 127 Graf Zeppelin. Isso reviveu as fortunas da companhia , e durante a década de 1930 os dirigíveis Graf Zeppelin e o ainda maior LZ 129 Hindenburg operaram voos transatlânticos regulares da Alemanha para a América do Norte e para o Brasil. O pináculo art déco do Empire State Building foi originalmente projetado para servir como um mastro de amarração para Zeppelins e outros dirigíveis, porém verificou-se que os fortes ventos tornariam isso impossível, e o plano foi abandonado.[6] O desastre do Hindenburg em 1937, juntamente com questões políticas e econômicas, acelerou a extinção dos dirigíveis.