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Evo
conceito temporal na filosofia escolástica Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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O evo (em latim: aevum), também chamado de eviternidade (em latim: aeviternitas), é, segundo a filosofia escolástica, o modo temporal de existência experimentado pelos anjos e pelos santos no céu. De certa forma, é um estado que se situa logicamente entre a eternidade (atemporalidade) de Deus e a experiência temporal dos seres materiais. Às vezes é chamado de "eternidade imprópria".[1]

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Etimologia
A palavra evo vem do latim aevum, significando originalmente idade, éon ou tempo eterno;[2] a palavra eviternidade vem do neologismo latino medieval aeviternitas.
História
O conceito de evo remonta pelo menos ao tratado De quattuor coaequaevis de Santo Alberto.[3] Sua descrição mais familiar é encontrada na Summa theologica de Santo Tomás de Aquino. Aquino identifica o evo como a medida da existência de seres que "se afastam da permanência do ser, [...] porque o ser delas nem consiste na transmutação, nem está sujeito a esta; contudo tem a transmutação adjunta, atual ou potencialmente." Como exemplos, ele cita os corpos celestes (que, na ciência medieval, eram considerados imutáveis em sua natureza, embora variáveis em sua posição) e os anjos, que "têm o ser intransmutável, mas variável quanto à eleição".[4]
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Filosofia contemporânea
Frank Sheed, em seu livro Teologia e Sanidade, disse que o evo também é a medida de existência dos santos no céu:[5]
"A eviternidade é a esfera própria de todo espírito criado e, portanto, da alma humana... Na morte, a relação perturbadora [do corpo] com o tempo da matéria deixa de afetar a alma, para que ela possa experimentar sua própria eviternidade."
Referências
- Anzulewicz, Henryk. "Aeternitas – aevum – tempus. The Concept of Time in the System of Albert the Great". The Medieval Concept of Time: Studies on the Scholastic Debate and Its Reception in Early Modern Philosophy. Ed. Pasquale Porro. Leiden: Brill Academic Publishers, 2001.
- Charlton T. Lewis e Charles Short, A Latin Dictionary (Oxford, Clarendon Press, 1879), 64–65.
- Alberto Magno, De quattuor coaequaevis, trat. 2, qu. 3.
- Tomás de Aquino, Summa Theologica, part. I, qu. 10, art. 5.
- Sheed, Frank. Teologia e Sanidade. 2ª ed. San Francisco: Ignatius Press, 1993.
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