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Anel (matemática)

estrutura algébrica em matemática, não necessariamente com uma identidade multiplicativa Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Anel (matemática)
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Em matemática, um anel é uma estrutura algébrica que consiste em um conjunto associado a duas operações binárias, normalmente chamadas de adição e multiplicação, em que cada operação combina dois elementos para formar um terceiro elemento. Para se qualificar como um anel, o conjunto e suas duas operações devem satisfazer determinadas condições; especificamente, o conjunto deve ser um grupo abeliano sob adição e um monoide sob multiplicação tal que a multiplicação distribui sobre a adição.[1]

 Nota: Para outro significado de Anel, veja Anel.
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Uma imagem ilustrando a adição geométrica em uma curva cúbica em um espaço projetivo. A teoria dos anéis é fundamental na geometria algébrica.

Embora essas operações sejam familiares em muitas estruturas matemáticas, tais como sistemas de números ou números inteiros, elas também são muito gerais, tomando uma ampla variedade de objetos matemáticos. A onipresença dos anéis os torna um princípio organizador central da matemática contemporânea. O ramo da matemática que estuda os anéis é conhecido como teoria dos anéis.

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Definição

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Um anel é uma estrutura algébrica que consiste numa tripla , o conjunto com um elemento e duas operações binárias e que satisfazem as seguintes condições:

  1. Associatividade de
  2. Existência de elemento neutro (0) de
  3. Existência de simétrico de
  4. Comutatividade de
  5. Associatividade de
  6. Distributividade de em relação a (à esquerda e à direita):

Dentro desta estrutura, em particular, temos que é um grupo abeliano (comutativo).

E é semigrupo.

Além disso em a multiplicação é distributiva em relação à adição

.

Aneis que tem propriedades a mais recebem nomes específicos:

Um anel em o que grupo tem identidade diferente do zero de , diz-se anel de identidade.

Um anel em que o semigrupo é comutativo é dito anel comutativo.

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Propriedades

  • se então .
  • se para algum , então .
  • .
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Exemplos

  • O conjunto dos números inteiros forma um anel relativamente à adição e à multiplicação usuais. O mesmo acontece com o conjunto dos números racionais, o conjunto dos números reais, o conjunto dos números complexos e os quatérnios.
  • O conjunto dos números complexos que são raízes de polinómios da forma  ···  com coeficientes inteiros, forma um anel relativamente à adição e à multiplicação usuais, o anel dos inteiros algébricos.
  • O menor anel é formado somente por
  • Seja um grupo abeliano e seja End() o conjunto dos endomorfismos de Se, dados   End(), se definir a adição de   End() de com por então End() é um anel relativamente às operações adição e composição.
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Casos particulares

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Divisores de zero

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Sejam um anel e um elemento de diferente de Diz-se que é um divisor de zero se existir algum    \  tal que ou que

Exemplos:

  • O anel dos números inteiros não tem divisores de zero.
  • Seja um número natural maior do que e seja com a adição e o produto assim definidos: se    então é o resto da divisão por da soma dos números inteiros e e é o resto da divisão por do produto dos números inteiros e Então tem divisores de zero quando e só quando for composto. Neste caso, se a e b forem números naturais tais que então, em
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Ideais

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Sejam um anel e um subconjunto não vazio de Diz-se que é um ideal à esquerda de se

Diz-se que é um ideal à direita de se satisfizer as duas primeiras das condições anteriores, juntamente com

Diz-se que é um ideal bilateral se for simultaneamente um ideal à esquerda e um ideal à direita.

Caso seja um anel comutativo, não há diferença entre os conceitos de ideal à esquerda e ideal à direita. Fala-se então somente de ideais.

Exemplos:

  • Os inteiros pares formam um ideal do anel dos números inteiros. Mais geralmente, se   Z\{±}, o conjunto dos inteiros que são múltiplos de é um ideal do anel dos números inteiros e, de facto, todos os ideais do anel dos números inteiros. são daquela forma.
  • Seja o conjunto das funções de R² em R² da forma

onde   R. Então, se for a função nula, se for a adição de funções e se for a composição, então é um anel (não comutativo). Se

então é um ideal à esquerda, mas não é um ideal à direita.

Se for um anel e for um ideal (à esquerda ou à direita), considere-se em a relação de equivalência ∼ assim definida:

   se e só se   

Se    seja a sua classe de equivalência; seja o conjunto de todas as classes de equivalência. Então, se se definir

é novamente um grupo abeliano. Além disso, se for um ideal à esquerda e se    então faz sentido definir a função

Analogamente, se for um ideal à direita e se    então faz sentido definir a função

Caso seja um ideal bilateral, volta a ser um anel se se definir

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Ver também

Referências

  1. Fagundes, Pedro L. «Elementos de Álgebra - Aula 02 - Anéis». Youtube/Univesp. 4 de maio de 2018. Consultado em 13 de julho de 2018

Bibliografia

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