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Buba

capital de Quinara, Guiné-Bissau Da Wikipédia, a enciclopédia livre

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Buba é uma cidade e sector, capital da região administrativa de Quinara, na Guiné-Bissau. Está localizada às margens do rio Grande de Buba.

Factos rápidos Nome local, País ...

Segundo o censo demográfico de 2009 o sector possuía uma população de 17 123 habitantes,[1][2] sendo que 7 571 habitantes somente na zona urbana da cidade de Buba, distribuídos numa área territorial de 744,2 km².[3][4]

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História

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Perspectiva

Inicialmente conhecida pelo nome de Bolola, a primeira feitoria portuguesa da localidade foi fundada em 1670, nos arredores de uma aldeamento de beafadas, sendo um ponto de comércio importante entre Bisseque, Guínala e Biguba.[5]

Em 24 de junho de 1827 o governador colonial britânico da Serra Leoa Neil Campbell, numa expedição a ilha de Bolama e ao Rio Grande de Buba, assina com os régulos de Bolola e Guínala tratados de comércio pelo rio, fazendo daquela região uma possessão virtual do Império Britânico.[5]

Em 16 de outubro de 1856 Honório Barreto costura uma série de complexas alianças com os beafadas para minar a influência britânica na região, conquistando o direito de instalar cabo-verdianos em Bolola. No ano de 1857 consegue a permissão dos nativos para a elevação da antiga feitoria a condição de freguesia, passando esta a ser conhecida pelo nome de Buba pela primeira vez.[5]

Em 1868 a colónia de Buba é capturada pelos britânicos e anexada à Guiné Britânica, sendo reconquistada no mesmo ano após uma intensa batalha naval na foz do Rio Grande de Buba.[5]

Em 1 de dezembro de 1869 o sistema das capitanias é substituído por uma nova divisão administrativa para o que seria a partir de então a Guiné Portuguesa, ocorrendo a criação de dois distritos e quatro concelhos: Cacheu, Buba, Bissau e Bolama.[5] Os dois primeiros concelhos seriam parte do distrito de Cacheu (substituto da Capitania de Cacheu) e os dois últimos do distrito de Bissau (substituto da Capitania de Bissau).[6]

Em 1879, no esteio da formação administrativa da Guiné Portuguesa, é criado o posto militar de Buba, com 20 soldados cabo-verdianos sob o comando de um tenente português. O destacamento teve seu batismo de fogo em 1 de fevereiro de 1880, quando os fulas, chefiados por Mamadi Paté Bolola, atacaram o vilarejo de Buba, opondo-se tanto aos europeus, quanto aos beafadas. Este é o início de uma série de invasões fulas que alterou definitivamente o perfil demográfico da região. Os portugueses somente conseguem quebrar o cerco dos fulas em 1890, após conseguir assassinar o rei Bolola.[5]

Por intermédio de um diploma real de 1906, o território guineense foi dividido num concelho (Bolama) e seis residências: Bissau, Cacheu, Farim, Geba, Cacine e Buba.[5] Buba torna-se capital do distrito de Quinará.[7]

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Geografia

Buba fica na zona sul da Guiné-Bissau, na região de Quinara, a 223 quilómetros de Bissau, às margens do rio Grande de Buba.[8]

Demografia

Buba é habitada, majoritariamente, pelas etnias dos beafadas e mandingas, existindo ainda minorias consideráveis de fulas, balantas, manjacos e papéis, além de descendentes de portugueses.

Áreas protegidas

Nos arredores da cidade está o importante Parque Natural das Lagoas de Cufada, uma das maiores áreas de preservação natural do país.

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Economia

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Agência do Banco da África Ocidental (BAO) em Buba, em 2019.

A economia local baseia-se na pesca, agricultura e comércio. São plantados arroz, amendoim e milho e é praticada a agricultura itinerante, que recorre às queimadas, uma prática que ameaça a floresta endémica desta região[9].

Há muita expectativa em Buba pela construção do porto de Buba[10] e pela ligação da cidade com Madina do Boé (nas colinas de Boé) pelo projetado Caminho de Ferro Buba-Boé, de onde deverá ser extraído o bauxite.[11]

Infraestrutura

Buba é atravessada pela Estrada Nacional nº 2 (N2), que a liga à Fulacunda, ao noroeste, e a Quebo, ao sudeste. Além da N2, Buba também liga-se pela Estrada Regional nº 7 (R7) à Batambali, ao sudoeste.[12]

A cidade possui um campus-polo da Escola Normal Superior Tchico Té (ENSTT). A ENSTT oferta basicamente licenciaturas.[13]

Ver também

  • Porto de Buba

Referências

  1. Brinkhoff, Thomas.. Population of Guinea-Bissau by census years. City Population. 11 de agosto de 2018.
  2. Estudo: Guiné-Bissau. Lisboa: ANEME, 2018.
  3. Gomes, Américo. (2012). «História da Guiné-Bissau em datas.» (PDF). Lisboa
  4. «Colonização da Guiné: 1837-1844». Blog História da Guiné - Descoberta Colonização e Guerras. 27 de abril de 2016
  5. Mendy, Peter Karibe.; Lobban Jr., Richard A.. (1 de outubro de 2013). Historical Dictionary of the Republic of Guinea-Bissau 4 ed. Plymouth: Scarecrow Press
  6. Buba. 4. [S.l.]: DURCLUB, S.A. p. 2233. ISBN 84-96330-04-4 |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  7. Benzinho, Joana; Rosa, Marta (2018). Guia Turístico - À Descoberta da Guiné-Bissau. Coimbra: Afectos com Letras, UE. 16 páginas
  8. Investidores de Angola regressam à Guiné-Bissau. Deutsche Welle. 5 de setembro de 2014.
  9. Mapa Rodoviário da Guiné-Bissau. Direcção Nacional de Estradas e Pontes. Outubro de 2018.
  10. Onde Estamos: Guiné-Bissau. Instituto Camões. 2020.
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