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Carboxilo terminal
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A extremidade C-terminal (também chamada carboxilo terminal, carboxi-terminal, extremidade COOH ou COOH-terminal) de uma proteína ou polipéptido é a região final da cadeia de aminoácidos que termina num grupo carboxilo (-COOH). A outra extremidade da cadeia termina num grupo amina e denomina-se N-terminal. A convenção para a escrita de péptidos é situar a extremidade C-terminal à direita e escrever a sequência começando pela extremidade N-terminal; portanto, considera-se que a proteína acaba no C-terminal.

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Química
Cada aminoácido tem um grupo carboxilo e um grupo amina, e um aminoácido une-se a outro ao reagirem um grupo amina de um deles com o grupo carboxilo do seguinte, estabelecendo-se uma ligação peptídica. Por essa razão todos os grupos amina e carboxilo de uma cadeia de aminoácidos estão a formar a ligação, exceto os dos dois extremos, e num dos extremos haverá um grupo carboxilo livre, o C-terminal, e no outro um grupo amina livre, o N-terminal. As proteínas sintetizam-se nos ribossomas começando a partir da extremidade N-terminal.
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Funções
Resumir
Perspectiva
Sinais de retenção
Enquanto a extremidade N-terminal de uma proteína costuma conter sinais alvo, o C-terminal pode conter sinais de retenção para a correta localização da proteína. O sinal de retenção mais comum é a sequência de aminoácidos -KDEL (ou HDEL), que mantém a proteína no retículo endoplasmático, evitando assim a sua entrada na via secretora.
Modificações do C-terminal
A extremidade C-terminal das proteínas pode modificar-se pós-traducionalmente, principalmente por meio da adição de uma ancoragem de natureza lipídica que permite que a proteína seja inserida numa membrana celular sem a necessidade de possuir um domínio transmembranar. A seguir indicam-se duas das modificações mais comuns que costuma sofrer uma extremidade C-terminal:
- Prenilação. A prenilação consiste em adicionar um grupo de ancoragem na membrana farnesil- ou geranilgeranil-isoprenoide a um dos resíduos de cisteína próximos da extremidade C-terminal. As proteínas G pequenas unidas à membrana costumam ser modificadas deste modo.
- Ancoragem GPI. Consiste na adição de um fosfoglicano, o glicosilfosfatidilinositol (GPI), que atua como ancoragem de membrana. A ancoragem GPI une-se ao C-terminal depois da proteólise de um propéptido C-terminal. O exemplo mais notável é a proteína priãoica.
Domínio C-terminal

O domínio C-terminal (CTD) de algumas proteínas apresenta funções especializadas. Por exemplo, o domínio C-terminal da ARN polimerase II, que contém mais de 52 repetições da sequência Tyr-Ser-Pro-Thr-Ser-Pro-Ser,[1] está envolvido em diversos processos como o início da transcrição genética, a adição do 5' cap ao ARN mensageiro e o acoplamento do espliceossoma para o splicing alternativo do ARN.[2]
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Referências
- Meinhart A, Cramer P (2004). «Recognition of RNA polymerase II carboxy-terminal domain by 3'-RNA-processing factors». Nature. 430 (6996): 223–6. PMID 15241417. doi:10.1038/nature02679
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