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Calabar, O Elogio da Traição (álbum)

álbum do músico brasileiro Chico Buarque lançado no ano de 1973 Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Calabar, O Elogio da Traição (álbum)
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 Nota: Este artigo é sobre o álbum de Chico Buarque. Para a peça teatral, veja Calabar: o Elogio da Traição. Para outros significados, veja Calabar.

Calabar, O Elogio da Traição (originalmente lançado como Chico Canta) é o sétimo álbum de estúdio do músico brasileiro Chico Buarque, lançado em 1973 pela Philips Records. É a trilha sonora da peça teatral homônima, escrita por Buarque e o poeta moçambicano Ruy Guerra. Foi produzido por Roberto Menescal.

Factos rápidos Álbum de estúdio de Chico Buarque, Cronologia de Chico Buarque ...

O álbum, assim como a peça, teve diversos trechos censurados. Na visão da censura, os dois autores apresentaram um trabalho provocativo, simpático à colonização holandesa contra o domínio colonial português, e que, metaforicamente, poderia incitar os brasileiros a se revoltarem contra o governo militar vigente. Para Buarque, Calabar poderia remeter, de certa forma, a Carlos Lamarca, capitão que desertara do Exército Brasileiro em 1969, e engessara a guerrilha contra a ditadura militar.[1]

Musicalmente, o disco apresenta um vigoroso trabalho de arranjos por Edu Lobo, com a inclusão de novidades como sintetizadores, guitarra elétrica e cordas. "Não Existe Pecado ao Sul do Equador" foi regravada em 1978 por Ney Matogrosso para o tema de abertura da telenovela Pecado Rasgado.

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Título e capa

Seu título, a princípio, seria Chico canta Calabar. No entanto, o nome logo foi vetado pelos censores devido as suas iniciais, que poderiam fazer alusão ao Comando de Caça aos Comunistas (CCC).[2]

A primeira tiragem, que seria retirada das lojas poucos dias após o seu lançamento, por ordem do governo militar, tinha o curto título de Calabar e apresentava na capa o nome da peça na parede de um muro. O trabalho ainda seria relançado pouco tempo depois com uma capa branca, apenas com o nome do artista, sem qualquer publicidade, obtendo vendagens tímidas. Em virtude de tal fato, a gravadora lançou no ano seguinte uma nova e definitiva capa do álbum, com o rosto do cantor, e um novo título, Chico Canta.

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Canções

Duas canções – “Ana de Amsterdam” e “Vence na Vida Quem Diz Sim” – tiveram as suas letras integralmente proibidas, sendo lançadas apenas em seus arranjos instrumentais.

A faixa “Bárbara” teve um verso cortado (“no poço escuro de nós duas”), por abordar uma relação lésbica. "Não Existe Pecado ao Sul do Equador/Boi Voador Não Pode" teve o verso "Vamos fazer um pecado safado debaixo do meu cobertor" substituído por "Vamos fazer um pecado rasgado, suado, a todo vapor". Na canção “Fado Tropical”, que possui um trecho declamado por Ruy Guerra, a frase "além da sífilis, é claro", foi excluída, ao aludir ao “sangue português” de um dos personagens da peça.[3]

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Lista de faixas

Todas as faixas escritas e compostas por Chico Buarque e Ruy Guerra. 

Mais informação Lado um, N.º ...
Mais informação Lado dois, N.º ...
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Ficha técnica

Segundo o encarte original:

Produção musical

Produção gráfica

  • Regina Vater – arte da capa
  • Gianfranco – fotos da capa externa
  • Sérgio da Matta – fotos da capa interna
  • Hugo Denizart – encarte

Ligações externas

Referências

  1. «"Calabar e Chico Canta"». ipsislitteris.opsblog.org. Consultado em 11 de agosto de 2013. Arquivado do original em 10 de março de 2013 Página acessada em 4 de agosto de 2013
  2. «"Marco da Censura, Calabar faz 40 anos com nova montagem"». oglobo.globo.com. Página acessada em 17 de julho de 2013.
  3. «"A música e a Censura da Ditadura Militar"». virtualia.blogs.sapo.pt Página acessada em 20 de julho de 2013
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