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Boiuna
Mito amazônico de origem indígena, descrito como uma cobra gigante capaz de virar embarcações Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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A boiuna, Mboi-Una (cobra negra), cobra-grande,[1] mãe-do-rio ou senhora-das-águas é um mito amazônico de origem ameríndia.[2] É descrita como uma enorme cobra escura capaz de virar as embarcações. Também pode imitar as formas das embarcações, atraindo náufragos para o fundo do rio ou assumir a forma de uma mulher.[3]
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"Boiuna" deriva do tupi mbóiuna, que significa "cobra preta", através da junção de mbói (cobra) e una (preta).[3]
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Versões da Lenda
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Perspectiva
Dependendo da localidade (Amazônia, Pará, Tocantins, Roraima ETC...) existe várias versões dessa lenda. Abaixo estarão registradas as versões da Lenda.
A Cobra Grande
A lenda conta que Boiúna, é uma serpente gigantesca que assombra os rios amazônicos, matando animais e afundando embarcações.[4] Ele pode mudar o curso das águas e dar origens a muitos animais. Ela é muito temida pelos marinheiros amazônicos.[5] Diz a lenda que Boiúna engravidou uma Índia na beira do rio, a Índia engravidou e deu a luz a duas crianças gêmeas: Norato e Maria Canina.[6]. A lenda conta que Norato cresceu um garoto bondoso e humilde ajudando a todos. Porém sua irmã Maria Canina cresceu uma garota má e amarga, afogando embarcações e fazendo muitas maldades, igual seu pai o Cobra Grande ou Boiúna[7][8] (Para saber mais veja Norato ou Maria Caninana).
Cobra Grande de Anhangá
Essa versão diz que havia uma mulher em uma tribo que matava e devorava crianças.[9] Os habitantes da tribo, ao descobrirem isso ficaram furiosas e resolveram jogar ela no rio. Porém ela foi salva por Anhangá, ele a tomou como esposa e ela engravidou.[10] Eles tiveram um filho e seu pai o transformou em uma serpente, para que ele pudesse morar no rio com seus país. Porém ao logo do tempo ele foi crescendo cada vez mais e se tornado mostruoso. Com isso a Cobra Grande começou a aterrorizar e devorar as pessoas próximas do Rio. Essa versão conta a origem da Cobra Grande, de forma bem curiosa e controversa.[11]
A Cobra Grande de Belém do Pará
Essa versão da lenda é bastante conhecida no Pará.[12] A lenda conta que uma Cobra Grande conhecida como Boiúna está adormecida debaixo da cidade de Belém, com sua cabeça na Catedral da Sé e seu corpo se estendendo até a Basílica de Nazaré.[13] A lenda conta que se a corda acordar, a cidade de Belém será engolida por um grande rio.[14]
E como a cobra poderia acordar?
Existem várias vertentes desse acontecimento. alguns acreditam que ela pode se irritar, outros afirmam que ela já se moveu algumas vezes, causando tremores de terra em Belém.[15] Há também quem diga que a cobra só permanece adormecida graças à procissão do Círio, e que a corda usada na procissão é uma representação da própria Cobra Grande. Essas diferentes interpretações mostram a complexidade da lenda.[16]
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Outras Vertentes
Muitas pessoas confundem a Boiúna com o Norato, mas na verdade, segundo a lenda, Norato (ou Honorato) é um dos filhos da Boiúna, sendo irmão de Maria Caninana.[17] A Boiúna é uma cobra gigantesca que habita as profundezas dos rios ou lagos, com olhos luminosos que aterrorizam aqueles que a encontram.[18]
Ver também
- Sucuri - serpente chamada populamente de boiuna
Referências
- Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
- de Alexandria, Lissa (30 de setembro de 2021). «Lenda da cobra grande ressurge na memória popular durante festividades do Círio de Nazaré». G1. Consultado em 20 de maio de 2025
- FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p. 269
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