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Composição do corpo humano

Distribuição percentual de elementos que compõem um corpo humano padrão Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Composição do corpo humano
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A composição do corpo humano pode ser analisada por meio de diversas maneiras distintas. Tal análise pode ser executada em termos da distribuição percentual dos elementos químicos dispersos em um ser humano mediano ou considerando componentes moleculares, como por exemplo, as quantidades de água, proteína, gorduras (ou lipídios), hidroxiapatita, carboidratos, entre outros.[1]

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Modelo representativo de um corpo humano

Já em relação aos tipos de células, o corpo humano contém centenas de estruturas celulares diferentes, mas notavelmente, o maior número de células contidas em um ser humano saudável (embora não corresponda a maior massa) não são células humanas, mas sim de bactérias que residem no trato gastrointestinal.[2]

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Elementos químicos

Resumir
Perspectiva

Considerando a composição química do corpo humano, é possível afirmar que mais de 99% de toda a massa de um ser humano padrão é composta por apenas seis elementos químicos distintos: oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, cálcio e fósforo.[3][4] Considerando o 1% da massa restante, é possível afirmar que 0,85% correspondem a outros cinco elementos somados: potássio, enxofre, sódio, cloro e magnésio.[4] Todos os demais elementos somados juntos não alcançam a massa do magnésio, o menos abundante dos 11 elementos citados nesta lista.[5]

Mais informação Elemento, Símbolo ...

Distribuição percentual completa

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Distribuição dos elementos químicos em relação à massa média de um corpo humano

Em relação à composição química completa do corpo humanos considera-se que, usualmente, estejam presentes 61 distintos elementos químicos. Alguns dos elementos listados na tabela exposta não são reconhecidos como nutrientes essenciais, embora sejam componentes do corpo humano.[6] Outros elementos, embora essenciais, podem ser danosos quando presentes em grandes quantidades.[7]

Em média, o organismo de um humano adulto pesando 70 quilos contém cerca de 7×10 27 átomos,[8] o que corresponde a 7 000 000 000 000 000 000 000 000 000 (7 octilhões) de átomos,[9] distribuídos em ampla gama de elementos químicos.[10]

Os 61 elementos mais abundantes encontram-se exibidos na tabela abaixo. Dentre eles destacam-se alguns metais cuja presença é essencial para o bom funcionamento do organismo do ser humano. Essas substâncias são conhecidas popularmente como sais minerais e sua presença e manutenção da quantidade necessária para um metabolismo adequado está diretamente ligada à ingestão de alimentos capazes de fornecê-los.[11]

Mais informação Distribuição e abundância de elementos químicos em um corpo humano, considerando um indivíduo adulto saudável, com massa aproximada de 70kg., Ordem de abundância em relação à massa ...

Elementos traço

Nem todos os elementos presentes no corpo humano encontrados em quantidades traço apresentam papéis essenciais para a vida. A ciência acredita que alguns desses elementos são simples contaminantes secundários sem função biológica (exemplos: césio e titânio), enquanto outros são considerados tóxicos ativos, podendo ser danosos conforme a quantidade (cádmio e mercúrio, por exemplo). Em alguns casos essa função pode ser alterada conforme a quantidade presente no organismo. O arsênio, por exemplo, é considerado tóxico, mas especula-se que ele desempenhe algum papel biológico quando presente em quantidades ínfimas no organismo.[36]

Presença de elementos químicos inusitados

Dentre os componentes presentes na composição do corpo humano, observa-se a existência de alguns elementos químicos inusitados, ainda que a maior parte deles estejam presentes em quantidades traço.

Embora presente em quantidades ínfimas, metais usualmente tido como raros e de grande valor comercial, tais como prata, titânio e ouro podem ser detectados por análises instrumentais.[37] No caso do ouro, por exemplo, estima-se que exista cerca de 0,2 miligramas do metal no corpo de cada ser humano,[38] sendo que a maior parte destes átomos de ouro encontram-se em circulação na corrente sanguínea.[39] Embora não apresentem nenhum papel biológico conhecido, alguns estudos apontam que o ouro e a prata podem impactar o desenvolvimento de algumas células do sistema nervoso humano.[40]

Adicionalmente, elementos conhecidos por apresentarem elevada radioatividade se mostram presentes em quantidades infinitesimais, incluindo berílio, rádio, tório e urânio.[41] Diversos isótopos radioativos de outros elementos químicos também encontram-se em circulação nos organismos humanos,[42] tais como potássio-40, carbono-14, rubídio-87 e trítio.[43] Contudo a reduzida quantidade desses elementos normalmente presentes nos seres humanos, elimina qualquer motivo de preocupação em relação à possíveis impactos ou riscos à saúde decorrentes de seus níveis de radioatividade.[43]

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Substâncias moleculares

Em relação às moléculas mais comumente presentes no organismo humano, é possível destacar as seguintes substâncias:[44]

De um ponto de vista molecular, a composição média de uma célula típica do corpo humano, com dimensão de 20 micrometros pode ser resumida na tabela a seguir:[45]

Mais informação Molécula, Percentagem da massa total ...
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Ver também

Referências

  1. Duda, Krzysztof; Majerczak, Joanna; Nieckarz, Zenon; Heymsfield, Steven B.; Zoladz, Jerzy A. (1 de janeiro de 2019). Zoladz, Jerzy A., ed. «Chapter 1 - Human Body Composition and Muscle Mass». Academic Press (em inglês): 3–26. ISBN 978-0-12-814593-7. Consultado em 12 de abril de 2022
  2. Crew, Bec. «Here's How Many Cells in Your Body Aren't Actually Human». ScienceAlert (em inglês). Consultado em 12 de abril de 2022
  3. «What is the body made of?». New Scientist (em inglês). Consultado em 20 de abril de 2022
  4. «The Body's Elements». Davidson Institute of Science Education (em inglês). 1 de abril de 2020. Consultado em 3 de junho de 2024
  5. Jahnen-Dechent, Wilhelm; Ketteler, Markus (fevereiro de 2012). «Magnesium basics». Clinical Kidney Journal (Suppl 1): i3–i14. ISSN 2048-8505. PMC 4455825Acessível livremente. PMID 26069819. doi:10.1093/ndtplus/sfr163. Consultado em 12 de abril de 2022
  6. «Guidance for Industry: A Food Labeling Guide 14. Appendix F». US Food and Drug Administration. 1 de janeiro de 2013. Arquivado do original em 4 de abril de 2017
  7. Institute of Medicine (29 de setembro de 2006). Dietary Reference Intakes: The Essential Guide to Nutrient Requirements. [S.l.]: National Academies Press. pp. 313–19, 415–22. ISBN 978-0-309-15742-1. Consultado em 21 de junho de 2016
  8. «What is the human body made of?». BBC Science Focus Magazine (em inglês). Consultado em 20 de abril de 2022
  9. ghxcomunicacao. «Quantos átomos formam o corpo humano?». Terra. Consultado em 3 de junho de 2024
  10. «How many atoms are in a person?». HowStuffWorks (em inglês). 3 de outubro de 2014. Consultado em 20 de abril de 2022
  11. Donna (29 de agosto de 2009). «Conheça a tabela periódica do nosso corpo». GZH. Consultado em 16 de agosto de 2024
  12. Thomas J. Glover, comp., Pocket Ref, 3rd ed. (Littleton: Sequoia, 2003), p. 324 ( LCCN 2002-91021), which in
  13. turn cites Geigy Scientific Tables, Ciba-Geigy Limited, Basel, Switzerland, 1984.
  14. Chang, Raymond (2007). Chemistry, Ninth Edition. [S.l.]: McGraw-Hill. 52 páginas. ISBN 978-0-07-110595-8
  15. "Elemental Composition of the Human Body" Arquivado em 2018-12-18 no Wayback Machine by Ed Uthman, MD Retrieved 17 June 2016
  16. Frausto Da Silva, J. J. R; Williams, R. J. P (16 de agosto de 2001). The Biological Chemistry of the Elements: The Inorganic Chemistry of Life. [S.l.: s.n.] ISBN 9780198508489
  17. Zumdahl, Steven S. and Susan A. (2000). Chemistry, Fifth Edition. [S.l.]: Houghton Mifflin Company. 894 páginas. ISBN 978-0-395-98581-6)
  18. «What Are the Element in the Human Body by Mass?». ThoughtCo (em inglês). Consultado em 28 de abril de 2022
  19. Emsley, John (25 de agosto de 2011). Nature's Building Blocks: An A-Z Guide to the Elements. [S.l.]: OUP Oxford. p. 83. ISBN 978-0-19-960563-7. Consultado em 17 de junho de 2016
  20. Wang, ZiMian (1997). Human body composition models and methodology: theory and experiment. Wageningen: Grafisch Service Centrum Van Gils B.V. p. 20. 209 páginas. ISBN 90-5485-7455
  21. Shils, Maurice E. (1994). Modern Nutrition in Health and Disease. Philadelphia: Lea & Febiger. ISBN 081211485X
  22. Salm, Sarah; Allen, Deborah; Nester, Eugene; Anderson, Denise (9 de janeiro de 2015). Nester's Microbiology: A Human Perspective. [S.l.: s.n.] p. 21. ISBN 978-0-07-773093-2. Consultado em 19 de junho de 2016
  23. Subcommittee on the Tenth Edition of the Recommended Dietary Allowances, Food and Nutrition Board; Commission on Life Sciences, National Research Council (1 de fevereiro de 1989). «9-10». Recommended Dietary Allowances: 10th Edition. [S.l.]: National Academies Press. ISBN 978-0-309-04633-6. Consultado em 18 de junho de 2016. (pede registo (ajuda))
  24. de Souza Campos, J. (1980). Priest, R. G.; Filho, U. Vianna; Amrein, R.; Skreta, M., eds. «Some Data on Parenteral Bromazepam». Dordrecht: Springer Netherlands (em inglês): 161–166. ISBN 978-94-011-7238-7. doi:10.1007/978-94-011-7238-7_15. Consultado em 13 de abril de 2022
  25. Toeniskoetter, Steve (2020). «Ruthenium». Biochemical Periodic Table. [S.l.: s.n.]
  26. Yamada, Kazuhiro (2013). «Cobalt: Its Role in Health and Disease». Interrelations between Essential Metal Ions and Human Diseases. Metal Ions in Life Sciences. 13. [S.l.: s.n.] pp. 295–320. ISBN 978-94-007-7499-5. ISSN 1559-0836. PMID 24470095. doi:10.1007/978-94-007-7500-8_9
  27. Banci, Lucia (18 de abril de 2013). Metallomics and the Cell. [S.l.]: Springer Science & Business Media. pp. 333–368. ISBN 978-94-007-5561-1. Consultado em 19 de junho de 2016
  28. Fratoddi, Ilaria; Venditti, Iole; Cametti, Cesare; Russo, Maria Vittoria (2015). «How toxic are gold nanoparticles? The state-of-the-art». Nano Research. 8 (6): 1771–1799. ISSN 1998-0124. doi:10.1007/s12274-014-0697-3. hdl:11573/780610Acessível livremente
  29. «Scientific Opinion on the re-evaluation of gold (E 175) as a food additive». EFSA Journal. 14 (1): 4362. 2016. ISSN 1831-4732. doi:10.2903/j.efsa.2016.4362Acessível livremente
  30. Hillyer, Julián F.; Albrecht, Ralph M. (2001). «Gastrointestinal persorption and tissue distribution of differently sized colloidal gold nanoparticles». Journal of Pharmaceutical Sciences. 90 (12): 1927–1936. ISSN 0022-3549. PMID 11745751. doi:10.1002/jps.1143
  31. Anke M. "Arsénico". En: Mertz W. ed., Trace elements in Human and Animal Nutrition , 5ª ed. Orlando, FL: Academic Press, 1986, 347-372; Uthus EO, "Evidencia de la esencialidad arsenical", Environmental Geochemistry and Health , 1992, 14: 54-56; Uthus EO, esencialidad del arsénico y factores que afectan su importancia. En: Chappell WR, Abernathy CO, ediciones Cothern CR, Arsenic Exposure and Health . Northwood, Reino Unido: Science and Technology Letters, 1994, 199-208.
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  35. Söderstjerna, Erika; Johansson, Fredrik; Klefbohm, Birgitta; Englund Johansson, Ulrica (11 de março de 2013). «Gold- and Silver Nanoparticles Affect the Growth Characteristics of Human Embryonic Neural Precursor Cells». PLoS ONE (3): e58211. ISSN 1932-6203. PMC 3594300Acessível livremente. PMID 23505470. doi:10.1371/journal.pone.0058211. Consultado em 13 de abril de 2022
  36. published, Jacklin Kwan (27 de setembro de 2021). «How radioactive is the human body?». livescience.com (em inglês). Consultado em 13 de abril de 2022
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  38. «Natural Radioactive Materials in the Body and Foods [MOE]». www.env.go.jp. Consultado em 13 de abril de 2022
  39. Douglas Fox, "The speed of life", New Scientist, No 2419, 1 November 2003.
  40. Freitas Jr., Robert A. (1999). Nanomedicine. [S.l.]: Landes Bioscience. Tables 3–1 & 3–2. ISBN 978-1-57059-680-3
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