Cristina de Bourbon
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Maria Cristina Frederica Vitória Antônia da Santíssima Trindade (em espanhol: María Cristina Federica Victoria Antonia de la Santísima Trinidad; Madrid, 13 de junho de 1965) é a filha mais nova dos reis eméritos, Juan Carlos I e Sofia da Grécia, sendo a irmã do atual rei Filipe VI, e portanto, membro da Casa de Bourbon e sexta na linha de sucessão ao trono espanhol.
Cristina | |
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Infanta da Espanha | |
Dados pessoais | |
Nascimento | 13 de junho de 1965 (59 anos) Madrid, Espanha |
Nome completo | |
María Cristina Federica Victoria Antonia de la Santísima Trinidad de Borbón y Grecia | |
Cônjuge | Iñaki Urdangarin (1997-2022) |
Descendência | Juan Valentín Urdangarin Pablo Nicolas Urdangarin Miguel Urdangarin Irene Urdangarin |
Casa | Bourbon |
Pai | Juan Carlos I da Espanha |
Mãe | Sofia da Grécia |
Religião | Catolicismo |
Nascimento e baptismo
Dona Cristina é a segunda filha do rei João Carlos I e da rainha Sofia.
Foi batizada no Palácio de Zarzuela pelo Arcebispo de Madrid, sendo seus padrinhos Sua Alteza Real Dom Alfonso de Borbón, Duque de Cádiz, e Sua Alteza Real a infanta Dona María Cristina de Borbón y Battenberg.
Educação
Cursou os estudos secundários no Colégio Santa María del Camino, ingressando em 1984 no curso de Ciências Políticas, na Universidade Complutense de Madrid. Após a licenciatura, que obteve em 1989, seguiu para um mestrado em Relações Internacionais, na Universidade de Nova York, que concluiu em 1990.
Deveres reais
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Perspectiva
A 13 de Outubro de 1991, foi agraciada com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo de Portugal e a 23 de Agosto de 1996 foi agraciada com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal.[1]
Realiza numerosas atividades institucionais, culturais, acadêmicas e de interesse social, tanto na Espanha como no exterior, especialmente no âmbito europeu e ibero-americano.
Como Presidente de Honra da Comissão da UNESCO, continua vinculada a esta organização internacional e os vários de seus projetos, especialmente educativos, com particular atenção as suas atividades de proteção do Patrimônio natural e artístico. Em outubro de 2001, foi nomeada pela ONU Embaixadora de Boa Vontade das Nações Unidas para a II Assembleia Mundial do Envelhecimento. É também membro do Patronato da Fundação Dalí.
Presta seu apoio a diversas entidades de caráter assistencial e participa pessoalmente dos Cursos de Vela Adaptada para pessoas com deficiências. Atualmente preside a Fundação Internacional de Vela para Deficientes, IFDS.
É Diretora de Área Social da Fundação da Caixa, tendo exercido sua função inicialmente em Barcelona e depois em Genebra, Suíça, para onde se mudou após o escândalo do Caso Nóos tornar-se público.[2]
No final de 2011, a infanta foi afastada da Casa Real, devido a seu envolvimento com o Caso Nóos. Após a ascensão do irmão como Rei, ele também revogou seu título de Duquesa de Palma de Maiorca.
Acusação de delitos fiscais e branqueamento de capitais no Caso Nóos
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Perspectiva
À infanta foi arguida de um processo de alegado desvio de fundos públicos pelo instituto Nóos, presidido por Urdangarin entre 2003 e 2006, acusada de delitos fiscais e branqueamento de capitais. Foi arquivado o delito de branqueamento de capitais.[3] Na sequência do processo, foi-lhe retirado, pelo rei Felipe VI, o título de Duquesa de Palma de Mallorca a 12 de junho de 2015.[4]
Em 11 de janeiro de 2016, Cristina e mais 17 acusados do chamado Caso Nóos compareceram perante o Tribunal de Palma de Maiorca para depor.[5] Nesse dia, a defesa da Infanta pediu que seu nome fosse excluído do processo, alegando para isso a Doutrina Botín, que define que ninguém pode ser julgado unicamente por uma acusação popular (a acusação partia do sindicato Mãos Limpas, sendo que o Ministério Público da Espanha não via indícios para julgar Cristina[6]). Mãos Limpas pedia 8 anos de prisão para a Infanta.[7]
Em 29 de janeiro saiu a decisão do Tribunal de Palma de Maiorca sobre o pedido da defesa: Cristina continuaria sendo julgada como cooperadora necessária do marido no Caso Nóos.[8] O caso Nóos desconstruiu a vida de luxo da infanta Cristina e de seu esposo, o palacete de luxo onde a infanta Cristina residia na cidade espanhola com Iñaki e os quatro filhos de ambos está à venda e agora a filha do rei João Carlos I pernoita em um apart-hotel onde alugou um apartamento para ficar sempre que regressa ao seu país, entretanto amigos íntimos do casal afirmam que o caso Nóos não afetou a vida do casal Cristina e Iñaki Urdangarín.[9]
Em 17 de fevereiro de 2017, foi absolvida no Caso Nóos.[10]
Família
Casamento e filhos
Contraiu matrimônio com o plebeu Iñaki Urdangarin em 4 de outubro de 1997, na Catedral Basílica de Barcelona. Com tal motivo, o rei João Carlos I lhe concedeu o título de Duquesa de Palma de Mallorca, que lhe foi retirado a 12 de junho de 2015.
O casal tem quatro filhos, Juan Valentín Urdangarin y Borbón, que nasceu em 29 de setembro de 1999 (25 anos); Pablo Nicolas Urdangarin y Borbón, que nasceu em 6 de dezembro de 2000 (24 anos); Miguel de Todos los Santos de Urdangarin y Borbón, que nasceu em 30 de abril de 2002 (22 anos); e Irene Urdangarin y Borbón, que nasceu em 5 de junho de 2005 (19 anos), todos nasceram em Barcelona.
Divórcio
No dia 24 de janeiro de 2022, Cristina e Iñaki enviaram um comunicado à agência de notícias EFE anunciando oficialmente que haviam dado início ao processo de divórcio. O anúncio veio apenas alguns dias depois de uma foto de Iñaki passeando de mãos dadas com outra mulher ter se tornado pública.[11][12]
Títulos e estilos
Como uma filha de um monarca espanhol, dona Cristina está legalmente autorizado para a designação e classificação de Infanta com o estilo de Sua Alteza Real.
- 13 de junho de 1965 - 26 de setembro de 1997: Sua Alteza Real, a Infanta D. Cristina de Espanha
- 26 de setembro de 1997 - 11 de junho de 2015: Sua Alteza Real, a Infanta D. Cristina, Duquesa de Palma de Mallorca
- 11 de junho de 2015 - presente: Sua Alteza Real, a Infanta D. Cristina de Espanha[13]
Brasão de armas
- Brasão de armas de Sua Alteza Real a Infanta D. Cristina, Duquesa de Palma de Mallorca, de 26 de setembro de 1997 a 11 de junho de 2015
- Brasão de armas de Sua Alteza Real a Infanta D. Cristina de Espanha de 11 de junho de 2015 a 24 de janeiro de 2022
- Brasão de armas de Sua Alteza Real a Infanta D. Cristina de Espanha de 24 de janeiro de 2022 - presente
Ascendência
Referências
- «Cidadãos Estrangeiras Agraciados com Ordens Nacionais». Resultado da busca de "Cristina de Borbón y Grecia". Presidência da República Portuguesa (Ordens Honoríficas Portuguesas). Consultado em 1 de março de 2016
- «Infanta Cristina vai viver para a Suíça sem o marido». JN. Consultado em 16 de julho de 2015
- «Caso Nóos - Mais de 12 horas não chegaram para decisão sobre Cristina - Mundo - DN». DN. Consultado em 29 de janeiro de 2016
- «Entrevista - "Ministério Público é o principal defensor da infanta Cristina" - Entrevista - DN». DN. Consultado em 29 de janeiro de 2016
- «Espanha. Infanta Cristina e marido sentam-se no banco dos réus». Jornal Expresso. Consultado em 29 de janeiro de 2016
- País, Ediciones El (29 de janeiro de 2016). «La infanta Cristina seguirá en el banquillo por el 'caso Nóos'». EL PAÍS (em espanhol). Consultado em 29 de janeiro de 2016
- «Caras | Infanta Cristina e Iñaki Urdangarín anunciam fim do casamento». Caras. 24 de janeiro de 2022. Consultado em 24 de janeiro de 2022
- SAPO. «É oficial. Infanta Cristina e Iñaki Urdangarin decidem separar-se». SAPO Brasil. Consultado em 24 de janeiro de 2022
Precedido por Victoria de Marichalar e Bourbon |
Linha de sucessão ao trono espanhol 6º |
Sucedido por Juan Valentín Urdangarin y Borbón |
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