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Manias e Crendices em Nome da Ciência

livro de Martin Gardner Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Manias e Crendices em Nome da Ciência
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Um clássico do ceticismo científico, Manias e crendices em nome da ciência: as curiosas teorias da falsa ciência; apaixonante estudo da credulidade humana é o segundo livro do matemático Martin Gardner.[nota 1] Foi lançado em 1957 e publicado em português em 1960.[2]

Factos rápidos Autor(es), Idioma ...

Michael Shermer disse que "O moderno ceticismo acabou se tornando um movimento baseado na ciência, a começar com o clássico de Martin Gardner, em 1952."[3]

Gardner estruturou o texto discutindo as teorias pseudocientíficas e seus proponentes.

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Martin Gardner, s.d.
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Capítulos

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Perspectiva

Em nome da ciência

Desmascara várias pseudociências e os pseudocientistas que as propagam. Descreve "5 maneiras pelas quais comumente transparecem as tendências paranóicas dos pseudocientistas":[4]

1. Ele se tem na conta de um gênio
2. Considera seus colegas, sem exceção, como néscios
3. Acredita ele ser injustamente perseguido e isolado. Identifica-se com Bruno, Galileu, Copérnico, Pasteur e com outros grandes homens injustamente perseguidos por suas heresias
4. É ainda fortemente compelido a focalizar os seus ataques contra os maiores cientistas e contra as teorias mais bem estabelecidas
5. Tem ele também a tendência de se expressar num jargão complexo, usando em muitos casos termos e frases por ele mesmo forjados

Plana e oca

Neste capítulo o livro trata de "três teorias excêntricas que conseguiram um número surpreendente de adeptos no presente século:" a Terra plana, a Terra oca e a de que "estamos vivendo no interior de uma esfera oca".[5] Relata as crenças religiosas de Wilbur Glenn Voliva na cidade de Zion (Illinois), nas proximidades de Chicago:[6]

Os objetivos de Voliva eram de duas naturezas - um desejo de defender um dogma religioso e uma crença paranóica em sua própria grandeza, tão afastada da realidade a ponto de confundir-se com a psicose.

Trata ainda do percurso histórico das ideias sobre a terra oca, iniciando com o ex-capitão do exército estadunidense John Cleves Symmes, seguindo sua trajetória por James McBride, Americus Symmes, Marshall B. Gardner, Cyrus Reed Teed e chegando até à alemanha nazista, onde o aviador Peter Brender, influenciado por intensa troca de correspondências com Teed, criou o termo Hohlweltlehre.[7] O capítulo finaliza tratando do autor alemão Karl E. Neupert, autor do mais importante livro sobre essa mania: Geokosmos.[8]

Monstros da destruição

Immanuel Velikovsky

William Whiston

Ignatius Donnelly

Hans Hörbiger

Os fortianos

Charles Fort

Mortimer Adler

Discos voadores

Kenneth Arnold

Caso Mantell

Objeto voador não identificado

Ziguezagues

Alfred Lawson

Abaixo Einstein

Sir Isaac Babson

Rabdomancia e engenhocas mágicas

Radiestesia

Sob o microscópio

Geologia versus gênese

As ideias de Mortimer Adler sobre evolução

O debate de Hilaire Belloc com H. G. Wells

Lysenkismo

Jean-Baptiste de Lamarck e Lamarquismo

Trofim Lysenko e Lysenkoismo

Apologistas do ódio

O capítulo trata das origens do discurso de ódio, desde Martinho Lutero, que propôs a expulsão dos judeus da Alemanha[9] e o Ensaio sobre a desigualdade das raças humanas de Arthur de Gobineau, que mistura fatos antropológicos com superstições para hierarquizar raças superiores, compostas por brancos louros nórdicos, e inferiores, os negros. Discorre sobre das origens do nazismo a partir do antropólogos alemães Hans F. K. Günther, Ludwig Woltmann e Ludwig Schemann[10] até Mein Kampf de Adolf Hitler.[11]

O racismo nos Estados Unidos é descrito a partir do reverendo Buckner H. Paine e de Charles Carroll,[12] passando por Madison Grant e Lothrop Stoddard até chegar à Segunda Guerra Mundial, quando a Cruz Vermelha foi obrigada a manter bancos de sangue separados de doadores brancos e negros.[13]

Atlântida e lemúria

Novamente Ignatius Donnelly, Atlântida

Madame Blavatsky, James Churchward e Lemúria

A grande pirâmide

John Taylor, Charles Piazzi Smyth, Charles Taze Russell e outros proponentes de teorias sobre a Pirâmide de Quéops

Manias e extravagâncias médicas

Samuel Hahnemann, Organon da Arte de Curar, e a homeopatia

Medicina natural, iridologia, reflexoterapia e técnica de Alexander

Andrew Taylor Still e osteopatia

Daniel D. Palmer e quiropraxia

Médicos charlatães

Upton Sinclair

Cromoterapia

George Ivanovich Gurdjieff

Aleister Crowley

Edgar Cayce

Dietas excêntricas

Dieta de Hay

Vegetarianismo

Agricultura orgânica

Rudolf Steiner, antroposofia e agricultura biodinâmica

Jogue fora os seus óculos!

William Horatio Bates

Aldous Huxley

Teorias sexuais excêntricas

Orgonomia

Wilhelm Reich e orgônio

Dianética

L. Ron Hubbard, Dianética. (O termo Cientologia foi criado depois da publicação do livro de Gardner)

Semântica geral etc

Alfred Korzybski, Samuel I. Hayakawa

Jacob L. Moreno e “psicodrama

Das bossas à grafologia

Franz Joseph Gall e frenologia

ESP e PK

Percepção extrasensorial (ESP) e psicocinese (PK) são expressões cunhadas por J. B. Rhine, cuja vida e obra são o foco do capítulo, pois ele deu respeitabilidade científica à parapsicologia. Rhine e sua mulher assistiram uma conferência de Arthur Conan Doyle sobre espiritualismo no início da década de 1930 e ficaram muito impressionados. Daí imergiram na literatura e na prática do espiritualismo, período posteriormente definido por Rhine como de "aventuras psíquicas".[14] O capítulo inicia afirmando que:[15]

A crença em fenômenos psíquicos - ou "Parapsicologia", como os seus proponentes mais conceituados gostam de dizer - é tão velha como a humanidade.

Nas notas a este capítulo, o livro apresenta a relação entre Rhine e a égua Lady Wonder, descrevendo as pesquisas que ele e sua mulher publicaram sobre a "telepatia entre homem e animal".[16]

O caso de Bridey Murphy e outros assuntos

Apêndice

Notas

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Recepção

Uma revisão contemporânea no Pittsburgh Post-Gazette analisou positivamente as críticas de Gardner sobre a Terapia Hoxsey e sobre Krebiozen, que estavam sendo promovidas como medidas anticâncer na época. A resenha concluiu que o livro "deveria ajudar a neutralizar alguns cultos divertidos e positivamente prejudiciais, cuja existência é muitas vezes promovida pelo jornalismo irresponsável".[17]

Ver também

Notas

  1. (em inglês) "Fads and fallacies in the name of science", do original "In the name of science". A publicação de 1957 de Dover Publications é uma versão revisada e expandida da publicada por G. P. Putnam's Sons em 1952.[1]

    Referências

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