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clássico brasileiro entre Flamengo e Fluminense Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Fla-Flu ou FlaFlu,[1] simplificação de Flamengo versus Fluminense, é o nome utilizado no Brasil para a disputa, principalmente no futebol, entre os times cariocas do Clube de Regatas do Flamengo e do Fluminense Football Club.[2]
Fla-Flu Clássico das Multidões | |||||||||||||
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Flamengo versus Fluminense | |||||||||||||
Informações gerais | |||||||||||||
Flamengo | 165 vitória(s), 648 gol(s) | ||||||||||||
Fluminense | 142 vitória(s), 589 gol(s) | ||||||||||||
Empates | 145 | ||||||||||||
Total de jogos | 452 | ||||||||||||
Total de gols | 1 237 | ||||||||||||
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Este evento é considerado um dos maiores clássicos do futebol brasileiro e mundial, sendo imortalizado pelo jornalista Mário Filho que deu a ele também o nome de "Clássico das Multidões", e por seu irmão o jornalista e escritor Nelson Rodrigues (torcedor do Fluminense), que é autor de diversas frases sobre o clássico como “O Fla-Flu não tem começo. O Fla-Flu não tem fim". "O Fla-Flu começou quarenta minutos antes do nada". "E aí então as multidões despertaram”.[3]
O Fla-Flu detém o recorde mundial de público de partidas entre clubes: 194.603 espectadores, na final do Campeonato Carioca de 1963, vencido pelo Flamengo após um empate sem gols.[4][5][6][7] Desde 2012, o Fla-Flu é considerado patrimônio imaterial do Rio de Janeiro, sendo o único clássico de futebol a merecer esta honraria.[8]
É considerado por especialistas em futebol e por grande parte da mídia esportiva como um dos clássicos mais charmosos do mundo, e uma das maiores rivalidades do futebol mundial.[9][10][11] Segundo Nelson Rodrigues, o clássico teria sido gerado no ressentimento. Do lado tricolor, pelo fato de seus jogadores desertores terem ido formar o Departamento de Futebol do Flamengo, e do lado rubro-negro, pelo fato de ainda assim o Fluminense ter vencido a primeira partida, circunstâncias que teriam sido fundamentais para gerar a mística do Fla-Flu.[3]
Localizados no bairro de Laranjeiras, desde a Década de 1910 quando se deram os primeiros confrontos até o início da Década de 1930, os campos de jogo do Flamengo, na Rua Paysandu, e do Fluminense, na Rua Guanabara (atual Pinheiro Machado), ficavam muito próximos um do outro, o que possivelmente colaborou para o crescimento da rivalidade.[12]
O escritor e jornalista Nelson Rodrigues interpretava a relação da dupla Fla-Flu apontando-os como os Irmãos Karamazov do futebol brasileiro,[13] personagens do famoso romance de Fiódor Dostoiévski que se passava dentro de um contexto de forte rivalidade familiar.[14]
O primeiro Fla-Flu,[15] em 7 de julho de 1912, já deu uma noção do que seria a história deste clássico, pois mesmo tendo o Fluminense perdido nove titulares que foram abrir o departamento de futebol de seu rival, ganhou por 3–2 (primeiro gol da história do Fla-Flu, de Edward Calvert, do Flu, a um minuto de jogo), marcando-o desde o início, como clássico de grandes imprevisibilidades, de futebol alegre e ofensivo, festa de cores das grandes torcidas, um carnaval fora de época.[16][17]
Em entrevista ao jornal esportivo Lance! em 14 de setembro de 2014, o neto de Alberto Borgerth, pivô da cisão que levou nove ex-jogadores do Fluminense a deixarem o clube e fundarem o Departamento de Futebol do Flamengo, Luiz Brandão, declarou que o avô lhe confessara que "seu coração era Fla-Flu".[18]
Em 22 de outubro de 1916, o Flamengo vencia o Fluminense por 2–1 quando o árbitro R. Davies marcou um pênalti contra o Fluminense. Rienner perdeu. Logo depois, marcou outro pênalti contra o Fluminense, Sidney cobrou e Marcos de Mendonça defendeu. O árbitro mandou cobrar outra vez alegando que não havia apitado. Sidney bateu e novamente Marcos de Mendonça defendeu. R. Davies mandou cobrar de novo, agora alegando que jogadores do Flu haviam invadido a área. Foi aí que o escritor Coelho Neto e o delegado Ataliba Correia Dutra pularam a grade e correram para o campo. Os torcedores também invadiram o gramado.[19] O regulamento dizia que o jogo que fosse paralisado por cinco minutos seria suspenso definitivamente. Como a paralisação propositada foi além dos sete minutos, o jogo foi anulado. Foi a primeira anulação de um jogo de Campeonato Carioca. Em 8 de dezembro, no campo do Botafogo, foi realizada uma nova partida e o Flu ganhou por 3–1.[19]
O Tricolor se sagraria tricampeão carioca em 1917-18-19, seguido por um bicampeonato do Rubro-Negro, em 1920–21. Após isso, o Fluminense seria campeão em 1924, mesmo sem vencer nenhum Fla-Flu, empate por 1–1 e vitória flamenguista por 4–2. O Tricolor somou 25 pontos, três a mais do que o Fla, mas o Flamengo daria o troco no ano seguinte, vencendo o Carioca de 1925, com 31 pontos contra 30 do Flu. Coincidentemente, seria o Rubro-Negro, desta vez, que não venceria clássicos sobre o Fluminense, com vitória tricolor por 3–1 e empate por 1–1.
O clássico carrega essa fama desde os tempos românticos do futebol carioca e de um modo geral do futebol brasileiro, sendo posteriormente eternizado pelo grande escritor, dramaturgo e poeta brasileiro Nelson Rodrigues, que entre o muito[20] que escreveu sobre o Fla-Flu, afirmou sobre a sua criação: O Fla-Flu surgiu quarenta minutos antes do nada.
Em 1925, a Seleção Carioca precisou ser convocada às pressas para disputar o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, e pela dificuldade de reunir os jogadores optou-se por convocar apenas jogadores de Flamengo e Fluminense, o que inicialmente causou repúdio popular, com os amantes do futebol referindo-se à aquele time não como Seleção Carioca, mas como "Combinado Fla-Flu".[21] Esta Seleção Carioca acabou campeã, o que mudou o sentimento popular em relação a ela. O jornalista Mário Filho teve então, a capacidade de transformar um nome criado com uma imagem negativa, em nome próprio e marca registrada deste grande clássico conhecida mundialmente.[21] O nome próprio, Fla-Flu, foi então dado para o clássico entre Flamengo e Fluminense por Mário Filho em 1933, quando procurava recursos para motivar o comparecimento das torcidas ao campeonato da recém-criada Liga de Futebol.[21]
Segundo narrativa de Mário Filho, o primeiro mosaico do futebol brasileiro pode ter acontecido no Estádio de Laranjeiras em um Fla-Flu na década de 1930, quando a torcida do Fluminense, querendo fazer festa superior a da torcida do Flamengo, distribuiu adereços na área dos sócios do Tricolor, cada qual encontrando em sua cadeira, um saquinho de confete, um pacote de serpentina, um balão de borracha, vazio, verde, branco ou vermelho. Tudo bem organizado, a bancada social dividida, balões vermelhos à direita, balões brancos no centro, balões verdes à esquerda — conta o trecho do livro "O negro no futebol brasileiro". Assim, foi desenhado o mosaico: balões nas cores verde, branco e grená. O sócio do Fluminense enchia o seu balão, pegava o seu saco de confete, o seu pacote de serpentina, ficava esperando os sinais. Um sinal para jogar confete, outro para jogar serpentina, outro para levantar o balão à altura da cabeça. Muito bonito: aparecia uma bandeira imensa do Fluminense de balões de borracha — conta o autor.[22]
Nestes anos iniciais do profissionalismo do futebol e até meados da década de 1940, o Fla-Flu adquiriu grande parte da mística que tem hoje, frutos de dois clubes com grandes craques em seus elencos e muitos títulos conquistados nos gramados, em jogos carregados de importância e apelo popular, que se estenderiam depois pela Era Maracanã.[23] Neste período glorioso a dupla Fla-Flu terminou o Torneio Rio-São Paulo de 1940 disparada na liderança, com o torneio tendo sido interrompido por abandono dos clubes paulistas sem que a CBD os declarasse campeões posteriormente.
O Fla-Flu da Lagoa, como ficou conhecida a lendária decisão do Campeonato Carioca de 1941, na qual os jogadores do Fluminense ao final da partida eletrizante chutavam as bolas para a Lagoa Rodrigo de Freitas, que antes de ser aterrada, ficava ao lado do Estádio da Gávea, foi motivo de polêmica recente, pois renomados pesquisadores alegaram que não conseguiram achar referências a esses casos nos jornais da época, mas além das muitas testemunhas que garantiram que a pretensa lenda era verdadeira, os fatos constam publicados em O Globo Esportivo, edição 171 de 1941, página 5.[24]
A Charanga do Flamengo foi a primeira torcida organizada do Rio de Janeiro, a terceira mais antiga do Brasil,[25][26] fundada justamente em um Fla-Flu, no empate por 1–1 em Laranjeiras no dia 11 de outubro de 1942 que daria posteriormente o título ao Flamengo, nome dado pelo rubro-negro Ary Barroso a banda que passaria a acompanhar os jogos do Flamengo, desde então.[27] O Flamengo só pôde comemorar o título 140 dias depois, por conta do Botafogo ter entrado na Justiça Desportiva para conquistar os pontos de derrota sua para o São Cristóvão, pleito recusado em segunda instância, com o Alvinegro tendo terminado como vice-campeão e o Fluminense em terceiro lugar.
Em 1943, no bicampeonato carioca do Flamengo, o Fluminense ficaria com o vice, dois pontos atrás, e foram fundamentais para o título rubro-negro os pontos conquistados nos confrontos entre eles (vitória do Fla por 2–0 e empate em 2–2).
Entre 1937, ano da pacificação do futebol do Rio de Janeiro, que entre 1933 e 1936 teve duas ligas — a princípio uma profissional e outra amadora –[28] quando todos os clubes passariam a fazer parte de uma liga profissional, e o ano de 1944, a dupla Fla-Flu ganhou todos os oito campeonatos disputados — quatro cada um –, sendo interrompida em 1945 pelo Vasco. Em 1946 aconteceu um dos campeonatos cariocas mais emocionantes da História, pois 4 clubes (America, Botafogo, Flamengo e Fluminense) terminaram empatados com 26 pontos, mostrando o equilíbrio que houve entre estes clubes durante o campeonato regular. Na fase decisiva, que ficou conhecida como Supercampeonato, o Fluminense foi o campeão com 11 pontos, contra 8 do Botafogo e 5 do Flamengo, terceiro colocado, com o Tricolor empatando o clássico do turno e vencendo o do returno contra o Flamengo, fundamentais para o resultado final, sem o que, em caso de vitória rubro-negra nos dois jogos, três clubes teriam terminado empatados novamente com oito pontos.
A vitória tricolor por 1–0 em 14 de outubro de 1951, na qual foi estimulada uma "Disputa de torcidas", marcou o primeiro Fla-Flu que fez jus ao título de "Clássico das Multidões", pois além dos 109 212 torcedores registrados houve um grande derrame de ingressos falsos, com a imprensa carioca estimando em 40 000 o número de pessoas que teriam estado no Maracanã naquele dia, além dos espectadores registrados, competição que sagraria o Fluminense campeão ao seu final.[carece de fontes] Sugerida por Mário Filho, esse jogo também marcou a primeira vez na qual houve divisão de torcidas no Maracanã.[29][30]
O Flamengo iniciaria campanha que redundaria em seu primeiro tricampeonato na Era Maracanã no Campeonato Carioca de 1953, que teve nesse ano o Fluminense como vice-campeão, com os três Fla-Flus tendo grande movimentação de público. No primeiro turno, vitória do Fluminense por 3–2 perante 116 266 torcedores (103 132 pagantes), no segundo, vitória rubro-negra por 2–1 perante 122 434 expectadores (101 217 pagantes) e no terceiro o Flamengo repetiu o placar do segundo turno perante 96 064 torcedores (84 209 pagantes).[21]
Em 1956, duas derrotas do Fluminense para o Flamengo, ambas por 1–0, seriam determinantes para a definição do título, conquistado pelo Vasco com três pontos a mais que o Tricolor. O até então tricampeão, o Flamengo, terminaria em terceiro e o jogo de maior público entre eles seria a vitória rubro-negra por 1–0 em 16 de setembro, acompanhada por 102 245 torcedores (94 557 pagantes).
Em jogo válido ainda pela sexta rodada do Campeonato Carioca de 1961, 87 010 torcedores pagaram pelos ingressos, em partida na qual não se conhece atualmente número de não pagantes, na vitória tricolor por 4–3, na qual o Flamengo abriu o placar, o Fluminense virou para 4–1 ainda no primeiro tempo e o Flamengo diminuiu para 4–3 no segundo, faltando ainda 6 minutos para o final de uma partida muito movimentada.[21]
No Campeonato Carioca de 1962, também no início do campeonato, na quarta rodada, 113 840 torcedores (105 486 pagantes), assistiram a vitória rubro-negra por 1–0, placar que se repetiria no returno e que seria fundamental para a definição da classificação final, pois o Botafogo terminaria campeão com 39 pontos, contra 38 do Flamengo, vice-campeão, e 36 do Fluminense, terceiro colocado.[21]
Com 194 603 espectadores no Maracanã, o Flamengo sagra-se campeão carioca de 1963 após empate por 0–0, no qual o seu goleiro Marcial foi uma das maiores figuras em campo, notadamente ao defender chute de Escurinho no final da partida.[31]
O primeiro Fla-Flu válido por uma competição oficial nacional foi o empate por 1–1 no Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1967, mas a vitória de 1–0 do Fluminense na edição seguinte ficou marcada pelo gol irregular de Wilton, que desviou a bola com a mão do goleiro Marco Aurélio antes de anotar o gol.[32]
Após assistir ao Fla-Flu decisivo do Campeonato Carioca de 1969, o escocês Hugh McIlvanney,[33] correspondente do The Observer, fez o seguinte comentário, publicado no Jornal do Brasil: Enorme, esmagador, capaz de transformar em carnaval um espetáculo de futebol, o Maracanã já é uma lenda. A realidade contudo, é muito maior. A memória que em mim, ficará para sempre do Fla-Flu e, mais, do próprio futebol brasileiro, será desta enorme, pungente, feliz experiência humana.[34]
Uma das parcerias econômicas que mais renderam frutos para o desenvolvimento do futebol foi consumada em um Fla-Flu, em meados da década de 1970, quando João Havelange, então presidente da FIFA, levou o presidente de uma multinacional de refrigerantes ainda reticente para associar a imagem de sua empresa a esse esporte para ver o grande clássico. Ao entrar no estádio, o presidente desta multinacional tremeu ao ver o colorido e ao ouvir o barulho das duas grandes torcidas, momento em que o torcedor do Fluminense, João Havelange, usou o argumento definitivo para a conclusão da parceria — Presidente, isto é o futebol![35][36]
No dia 30 de janeiro de 1977, um Combinado Fla-Flu, desfalcado dos jogadores que a serviam, empatou em 1–1 com a Seleção Brasileira que se preparava para jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo de 1978.[37] Exceto justamente neste ano de 1977, a dupla Fla-Flu ganhou todos os campeonatos cariocas da década de 1970.
Uma peculiaridade aconteceu em 1983, quando o Fluminense venceu o Flamengo por 1–0 com gol do meia Assis no fim do jogo, ficando dependendo de um tropeço do Bangu — com quem o Fluminense no primeiro jogo do triangular empatou por 1–1. O Bangu enfrentaria o Fla no último jogo do campeonato. Mesmo já eliminado, o time da Gávea venceu o jogo por 2–0, dando o título ao Flu.
Na empate por 1–1 válido pelo triangular decisivo do Campeonato Carioca de 1985, o lateral flamenguista Leandro fez aquele que ele considera o gol mais bonito de sua carreira, sendo também este o último Fla-Flu narrado pelo conhecido locutor Jorge Cury, rubro negro confesso, que viria a falecer ainda neste ano.[38][39]
Entre 1969 e 1986, anos de intensa presença de público no Estádio do Maracanã, a dupla Fla-Flu ganhou 16 títulos do Campeonato Carioca (9 do Fluminense e 7 do Flamengo) em 19 disputados e 5 títulos do Campeonato Brasileiro (3 do Flamengo e 2 do Fluminense). O Flamengo foi ainda campeão da Copa Libertadores da América e da Copa Intercontinental nesse mesmo período, considerando os títulos mais importantes dos dois clubes.
No dia 2 de dezembro de 1989, Zico se despediu do Flamengo justamente em um Fla-Flu, disputado na cidade de Juiz de Fora, com o Flamengo vindo a ganhar por 5–0 e Zico tendo feito um gol em sua despedida.[40]
A final do Campeonato Carioca de 1995 foi uma partida emocionante, celebrada não apenas pelo lance que definiu o seu desfecho, um gol de barriga, em um jogo cheio de alternativas, mas também pelo duelo dos craques, notadamente Romário e Renato Gaúcho, ícones das duas equipes nesta jornada.[41][42] No dia 16 de junho de 2020, por ocasião do aniversário de setenta anos do Maracanã, o site Globoesporte.com publicou o resultado de uma enquete com mais de 50.000 eleitores, na qual essa decisão foi apontada como o maior jogo da História do Maracanã, com 59,79% dos votos, com os dez jogos que concorreram, envolvendo clubes e seleções, tendo sido os dez mais votados em eleição que envolveu setenta jornalistas esportivos.[43]
O último Fla-Flu a levar mais de 100.000 pessoas ao Maracanã antes das obras de modernização que diminuíram a sua capacidade, foi o empate por 1–1 em 4 de abril de 1999, com 106.111 torcedores presentes.
A revista Placar, a mais tradicional do futebol brasileiro, editada desde 1970 e líder deste segmento de revistas no Brasil, em sua edição de aniversário de 35 anos em 2005 dedicou a revista inteira aos que ela considera os vinte e dois maiores clássicos do futebol brasileiro, tendo apresentado o Fla-Flu como o primeiro deles, com o título Sinônimo de Brasil.[44]
Não fosse a eliminação do Flamengo pelo América do México nas oitavas de final da Copa Libertadores da América de 2008, e caso o Fla tivesse avançado nessa competição, dois Fla-Flus teriam acontecido na semifinal, pois segundo o regulamento, se dois times do mesmo país tivessem passado às semifinais, os confrontos seriam alterados de forma a esses dois times se enfrentarem nessa fase, alterando os cruzamentos pré-determinados.
No ano seguinte, em 2009, foi realizado o primeiro confronto entre Flamengo e Fluminense válido por uma competição internacional oficial.[45] Na Copa Sul-Americana, os times se enfrentaram logo na primeira fase em jogos de ida e volta, com os dois jogos sendo realizados no Maracanã. O primeiro jogo, com mando do Fluminense, terminou 0–0,[46] e o segundo confronto também acabou empatado, desta vez em 1–1, gols de Roni, para o Fluminense e Dênis Marques, para o Flamengo.[47] Pela regra do gol fora de casa o Fluminense se classificou para a próxima fase e terminou a competição como vice-campeão, perdendo a final para a LDU, do Equador.[48]
O jornal londrino Evening Standard apontou o Fla-Flu com um dos dez maiores clássicos de futebol do mundo, o quinto da lista, que tinha no Superclássico do futebol argentino o outro confronto sul-americano da lista.[49]
O iTunes criou a série "Greatest Football Rivalries" (Grandes Rivalidades do Futebol) em 2010 para enaltecer os grandes clássicos mundiais de futebol, sendo o Fla-Flu o único clássico brasileiro e um dos dois do continente americano representado entre os dezesseis que tiveram programas especiais editados pelo reprodutor de vídeos da Apple.[50]
O Fluminense venceu o Flamengo por 1–0 com gol de Fred em 8 de julho de 2012, em partida válida pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro, no primeiro Fla-Flu realizado após o primeiro centenário do grande clássico, que foi motivo de grandes comemorações e muita divulgação pela imprensa durante a semana que antecedeu ao confronto.[51][52][53][54][55]
Um gol de voleio de Fred na partida seguinte, também válida pelo Campeonato Brasileiro de 2012 e disputada no dia 30 de setembro, foi eleito o gol mais bonito da história dos clubes brasileiros, em votação realizada no ano de 2020 que reuniu 63.039 eleitores, obtendo 10.226 votos (16,23%) entre 18 opções apresentadas de gols eleitos anteriormente como os dos grandes clubes selecionados pelo site Globoesporte.com, com o gol marcado por Arrascaeta do Flamengo contra o Ceará em 2019 ficando em segundo lugar com 8.613 votos (13,66%).[56]
A edição da revista programa para o clássico inglês entre Manchester City versus Manchester United, disputado em 8 de abril de 2013, e que abordava outros grandes clássicos do futebol mundial, dedicou grande espaço para o Fla-Flu.[57]
Em extensa reportagem sobre o futebol brasileiro publicada em 12 de abril de 2013, o prestigiado jornal norte-americano The New York Times começou a reportagem destacando o Fla-Flu.[58]
A revista de futebol italiana Guerin Sportivo de junho de 2013 listou os que seriam os 100 clássicos de futebol "mais quentes" do mundo, elegendo o Fla-Flu em quarto lugar, primeiro entre os brasileiros e segundo entre os latino-americanos.
O Diario Clarín, jornal impresso mais vendido na Argentina, publicou detalhada reportagem sobre a história do Fla-Flu em 11 de setembro de 2013, destacando também o jogador argentino Narciso Doval, ídolo das duas torcidas.[59]
O filme Centenário do Fla-Flu: O Documentário, de Pedro Von Krüger e Renato Terra, pela Sentimental Filmes, foi eleito o melhor filme na categoria documentário pelo voto popular, no Festival do Rio 2013, conquistando o Troféu Redentor.[60]
Para convencer os seus sócios a aprovarem o projeto do novo estádio, em março de 2014 o Barcelona apontou a dupla Fla-Flu como rivais no cenário mundial.[61]
O site australiano especializado em futebol The World Game, elegeu o Fla-Flu em nono lugar entre os clássicos de futebol que apontou como as onze maiores rivalidades do mundo em 16 de outubro de 2014.[62]
Em 30 de outubro de 2014, a revista inglesa Sport Magazine apontou o Fla-Flu o sexto maior clássico do futebol mundial.[63]
Assim como acontecera de forma semelhante a favor do Fluminense em 1968, na vitória do Flamengo por 3–1 pelo Campeonato Brasileiro de 2015, perante 55.999 torcedores, o zagueiro Wallace ajeitou a bola com a mão na jogada do primeiro gol rubro negro, abrindo caminho para a vitória de seu time.[64]
A revista francesa, France Football, realizou enquete em 15 de janeiro de 2016 para eleger o clássico mais emocionante do mundo, sendo o Fla-Flu um dos quinze clássicos indicados, o único brasileiro e um dos dois latino-americanos.[65]
Em abril de 2016, a revista inglesa FourFourTwo classificou o Fla-Flu como o segundo maior clássico de futebol do Brasil e o décimo oitavo maior do mundo.[66]
O jornal inglês The Sun, elegeu o Fla-Flu como o oitavo maior clássico do futebol mundial, o único brasileiro e um dos dois únicos sul-americanos da lista que apontava os 10 maiores em 2016.[67]
Considerando-se as estatísticas oficiais do Flamengo, a vitória tricolor por 3–2 em 31 de maio de 2015, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro, foi a de número 400 da História do Fla-Flu, até então com 143 vitórias do Flamengo, 128 vitórias do Fluminense e 129 empates, 576 gols pró Fla e 529 pró Flu.[68]
A partida válida pelo returno do Campeonato Brasileiro de 2016 foi marcada pela polêmica do gol que daria o empate para o Fluminense, tendo este sido anulado pelo uso da tecnologia eletrônica, com o árbitro tendo sido avisado da suposta irregularidade denunciada por imagens de TV.[69]
Tendo sido apontado como mandante da partida decisiva da Taça Guanabara de 2017, que teria a sua torcida como única a estar presente no estádio,[70] o Fluminense abriu mão do suposto privilégio e lutou para conseguir liberar a presença da torcida do Flamengo na final, tendo até cogitado disputar a partida com portões fechados, para manter a tradição carioca das torcidas mistas presentes nos grandes clássicos,[71] com os ingressos só tendo sido liberados no dia anterior a partida por conta da luta jurídica,[72] notadamente contra a posição do Botafogo, que entrara na justiça para não permitir a presença da torcida do Flamengo no estádio.[73]
Em 2 de maio de 2017, o Diario AS, da Espanha, apontou as partidas de futebol entre rivais que "pegam fogo", apontando o Fla-Flu como único clássico brasileiro e um dos dois únicos sul-americanos entre os dezesseis clássicos de todo o mundo escolhidos.[74][75] Já o jornal britânico The Mirror considerou o clássico como o 19º maior do mundo em publicação que classifica o duelo como "uma explosão de barulho e cor".[76] Nesse mesmo ano, a revista norte americana Sports Illustrated já havia apontado o Fla-Flu como uma das 10 maiores rivalidades futebolísticas do mundo, segundo ela, a oitava, único clássico brasileiro e um dos dois clássicos sul-americanos citados.[77]
A final da Taça Rio de 2020, conquistada pelo Fluminense após empate no tempo normal e vitória por 3–2 na disputa de pênaltis, registrou o recorde mundial de uma transmissão ao vivo pelo Youtube até então, quando no pico da audiência três milhões e quinhentos e noventa e sete mil pessoas acessaram o Canal do Fluminense ao mesmo tempo, com esse canal tendo alcançado quase seis milhões de acessos no total.[78][79] A partida seguinte, vitória do Flamengo por 2–1 válida pela primeira partida da final do Campeonato Carioca de 2020, teve cerca de 3 milhões e duzentos mil espectadores de pico no Canal do Fluminense, ficando em segundo lugar em número de espectadores ao vivo da História do Youtube, quatro dias depois.[80]
Pela terceira vez na história, o Fla-Flu foi realizado na cidade de São Paulo, como das outras duas vezes no estádio do Pacaembu, o clássico estava caminhando para o 0–0, mas desta vez na Neo Química Arena,[81] o Fluminense conseguiu marcar aos 45 minutos do segundo tempo, vencendo a partida e acabando com este tabu do clássico terminar sem abertura da contagem que vinha desde 1942.[82]
Mesmo em tempos nos quais o futebol carioca passou por maus momentos, as torcidas continuaram a se envolver nesse clássico por seu charme, rivalidade e romantismo.
O Fla-Flu é uma das pontes para a imortalização de jogadores como, do lado rubro-negro, Leônidas da Silva, Zico, Leandro, Adílio e Júnior; já pelo lado tricolor, Castilho, Waldo, Rivellino, Assis e Fred.
Outros jogadores importantes já pertenceram a ambos os clubes, como Henry Welfare, Gérson, Doval, Carlos Alberto Torres, Paulo Cézar Caju, Cláudio Adão, Samarone, Nunes, Edinho, Jorginho, Branco, Renato Gaúcho, Romário, Edmundo, Tuta, Roger, Petković, Diego Souza, Thiago Neves, Emerson Sheik, Leo Moura, Ronaldinho Gaúcho e Darío Conca.
Ainda neste clássico, encontraremos referências a grandes jogadores como Edward Calvert, Preguinho, Friedenreich, Russo, Pirillo, Romeu, Domingos da Guia, Píndaro, Orlando Pingo de Ouro, Zizinho, Didi, Pinheiro, Zagallo, Félix, Telê Santana, Dida, Raul, Manfrini, Andrade, Washington, Mozer, Tita, Romerito, Ricardo Gomes, Ézio, Leonardo, Bebeto, Sávio, Marcelinho Carioca, Zinho, Adriano, Thiago Silva, entre muitos outros.
Existem dois critérios para definir decisões sendo divulgados pela mídia, o primeiro mais amplo e o segundo mais seletivo e recente vindo do lado rubro-negro.[83][84]
Em um deles, o Fluminense seria o adversário que detém mais vitórias sobre o Flamengo em decisões do Campeonato Carioca, tendo-se sagrado campeão em 10 ocasiões, que são as edições de 1919, 1936, 1941, 1969, 1973, 1983, 1984, 1995, 2022 e 2023. O Flamengo foi campeão estadual sobre o Fluminense em 6 ocasiões, nas edições de 1963, 1972, 1991, 2017, 2020 e 2021.[85][86][87][88]
Já pelo outro, na visão dos rubro-negros, Flamengo e Fluminense teriam decidido por treze vezes o Campeonato Carioca, com o confronto estando mais equilibrado. O Fluminense foi campeão em sete ocasiões, nas edições de 1936, 1941, 1973, 1984, 1995, 2022 e 2023. O Flamengo, por sua vez, foi campeão estadual sobre o Fluminense seis vezes, nas edições de 1963, 1972, 1991, 2017, 2020 e 2021. Esse critério ganhou força pouco tempo antes da final do Campeonato Carioca de 2021.[89][90][91][92]
Além dos casos acima listados, estes dois clubes e mais America e Botafogo terminaram empatados o Campeonato Carioca de 1946, tendo que ser realizada uma fase final entre os quatro clubes em turno e returno, que ficou conhecida como "Supercampeonato", com o Fluminense sendo campeão, o Botafogo vice e o Flamengo terceiro colocado, sendo que dois Fla-Flus foram disputados terminando com os resultados de 1–1 e de 4–1, com vantagem tricolor.
Flamengo e Fluminense também participaram da fase final do Campeonato Carioca de 1985 juntamente com o Bangu, com o Fluminense sendo campeão e o Bangu vice.
O Fla-Flu decidiu ainda o Torneio Aberto em 1936, com 1–1 na primeira partida e vitória do Fla por 1–0 na segunda, e os Torneios Início de 1924 e 1954, com vitória tricolor por 1–0 nos dois jogos e também em 1965, nos pênaltis.
Além das finais, em ocasiões que não chegaram a disputar diretamente o título, o Flu foi campeão e o Fla vice em 6 ocasiões (1924, 1937, 1938, 1940, Torneio Extra de 1941 e Torneio Rio-São Paulo de 1960), enquanto o Rubro-negro foi campeão e o Tricolor vice em 9 ocasiões (1915, 1920, 1925, 1927, 1943, 1953, 1979 — Especial e 2011, além do Torneio Relâmpago de 1943).
Os dois clubes detém 71 títulos de campeões estaduais, tendo sido o Fluminense o campeão do século XX no Rio de Janeiro, por ter sido o maior ganhador de títulos estaduais do século passado (28), tendo o Rubro-negro igualado o número de títulos em 2008 e ultrapassado o Tricolor, chegando ao 37º título em 2021. Assim, além de ser o campeão da Era Maracanã, o Fla é o atual campeão do século XXI.
Nas conquistas de seus 7 títulos brasileiros, e também na da Copa União, o Flamengo não jogou contra o Fluminense nas edições de 1980, 1982 e 1983, por conta do Tricolor ter começado em grupo diferente e não ter chegado aos cruzamentos previstos pela fórmula de disputa.[93]
Já o Fluminense, na conquista de seus 4 títulos brasileiros, só não enfrentou o Flamengo em 1984, igualmente por conta do Rubro-negro ter começado em grupo diferente e não ter chegado aos cruzamentos previstos pela fórmula de disputa.[93]
O Flamengo e o Fluminense já se enfrentaram em duas ocasiões em competições internacionais, ambas na Copa Sul-Americana, nos anos de 2009 e 2017. Em 2009, o Fluminense avançou para a próxima fase com um empate em 0–0 no jogo de ida e outro empate em 1–1 no jogo de volta, devido ao critério do gol fora de casa, na primeira fase.[94] Já em 2017, o Flamengo se classificou após vencer por 1–0 no jogo de ida e empatar em 3–3 no jogo de volta, nas quartas de final.[95] Ambos os clubes chegaram às finais da Copa Sul-Americana, porém, foram derrotados: o Fluminense perdeu para a LDU em 2009, e o Flamengo foi derrotado pelo Independiente em 2017.[96][97]
Em 2023, aconteceu o clássico Fla-Flu na Copa do Brasil pela primeira vez na história.[98] Nas oitavas de final, as equipes se enfrentaram. No jogo de ida, o placar ficou em 0–0, e no jogo de volta, o Flamengo venceu por 2–0, garantindo a classificação para a próxima fase. Esse confronto histórico marcou mais um capítulo na intensa rivalidade entre as equipes rubro-negra e tricolor do Rio de Janeiro.[99]
No dia 13 de março de 2021 Flamengo e Fluminense unificaram as suas estatísticas, argumentando ser o clássico mais conhecido e mais tradicional do Brasil, entre outros adjetivos como maior e mais charmoso, segundo os clubes envolvidos, apresentando-os exatamente como consta no quadro abaixo e incluindo as partidas do Torneio Início do Campeonato Carioca.[100][101]
Flamengo | Fluminense | |
---|---|---|
Vitórias | 165 (36,5%) | 142 (31,42%) |
Empates | 145 (32,08%) | |
Partidas | 452[a] | |
Gols marcados | 648 (52,38%) | 589 (47,62%) |
Total de gols | 1237 |
Flamengo | Fluminense | |
---|---|---|
Vitórias | 26 (35,62%) | 27 (36,99%) |
Empates | 20 (27,4%) | |
Partidas | 73 | |
Gols marcados | 88 (51,76%) | 82 (48,24%) |
Total de gols | 170 |
Flamengo | Fluminense | |
---|---|---|
Vitórias | 98 (36,43%) | 83 (30,86%) |
Empates | 88 (32,71%) | |
Partidas | 269 | |
Gols marcados | 399 (52,23%) | 365 (47,77%) |
Total de gols | 764 |
Flamengo | Fluminense | |
---|---|---|
Vitórias | 8 (36,36%) | 8 (36,36%) |
Empates | 6 (27,27%) | |
Partidas | 22 | |
Gols marcados | 28 (51,85%) | 26 (48,15%) |
Total de gols | 54 |
Gol | Jogador | Clube | Data | Resultado |
---|---|---|---|---|
1.º | Edward Calvert | Fluminense | 7 de julho de 1912 | Fluminense 3–2 |
100.º | Nonô | Flamengo | 14 de julho de 1923 | 2–2 |
200.º | Hércules | Fluminense | 15 de novembro de 1935 | Fluminense 2–1 |
300.º | Pedro Amorim | Fluminense | 23 de novembro de 1941 | 2–2 |
400.º | Rubinho | Fluminense | 23 de maio de 1948 | 1–1 |
500.º | Dida | Flamengo | 18 de dezembro de 1955 | Flamengo 6–1 |
600.º | Osvaldo II | Flamengo | 23 de outubro de 1966 | Flamengo 2–0 |
700.º | Luizinho | Flamengo | 18 de maio de 1975 | Flamengo 2–1 |
800.º | Bebeto | Flamengo | 30 de novembro de 1988 | Flamengo 2–1 |
900.º | Alcindo | Fluminense | 20 de abril de 1997 | Fluminense 3–2 |
1000.º | Edmundo | Fluminense | 12 de setembro de 2004 | Fluminense 2–1[b] |
Por décadas
Legenda:
Jogos não contabilizados nas estatísticas desse artigo[123] |
Campeão em jogo válido por final de campeonato | Vice-campeão em jogo válido por final de campeonato |
Nº | Data | Mandante | Placar | Visitante | Competição | Estádio | Local | V.Fla | E | V.Flu |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | 7 de julho de 1912 | Fluminense | 3–2 | Flamengo | Campeonato Carioca | Campo da Rua Guanabara[nota 1] | Rio de Janeiro | 1 | ||
2 | 27 de outubro de 1912 | Flamengo | 4–0 | Fluminense | Campeonato Carioca | Campo da Rua Guanabara | Rio de Janeiro | 1 | ||
3 | 3 de agosto de 1913 | Flamengo | 6–3 | Fluminense | Campeonato Carioca | Campo da Rua General Severiano[nota 2] | Rio de Janeiro | 2 | ||
4 | 9 de novembro de 1913 | Fluminense | 0–3 | Flamengo | Campeonato Carioca | Campo da Rua Guanabara | Rio de Janeiro | 3 | ||
5 | 11 de junho de 1914 | Fluminense | 0–2 | Flamengo | Amistoso | Campo da Rua Guanabara | Rio de Janeiro | 4 | ||
6 | 26 de julho de 1914 | Fluminense | 2–3 | Flamengo | Campeonato Carioca | Campo da Rua Guanabara | Rio de Janeiro | 5 | ||
7 | 15 de novembro de 1914 | Flamengo | 2–1 | Fluminense | Campeonato Carioca | Campo da Rua General Severiano | Rio de Janeiro | 6 | ||
8 | 9 de maio de 1915 | Fluminense | 0–5 | Flamengo | Campeonato Carioca | Campo da Rua Guanabara | Rio de Janeiro | 7 | ||
9 | 22 de agosto de 1915 | Flamengo | 1–1 | Fluminense | Campeonato Carioca | Campo da Rua General Severiano | Rio de Janeiro | 1 | ||
10 | 13 de maio de 1916 | Flamengo | 4–1 | Fluminense | Campeonato Carioca | Rua Paysandu | Rio de Janeiro | 8 | ||
11 | 30 de julho de 1916 | Flamengo | 2–2 | Fluminense | Amistoso | Rua Paysandu | Rio de Janeiro | 2 | ||
12 | 15 de agosto de 1916 | Fluminense | 0–0 | Flamengo | Amistoso | Campo da Rua Guanabara | Rio de Janeiro | 3 | ||
13 | 8 de dezembro de 1916[nota 3] | Fluminense | 3–1 | Flamengo | Campeonato Carioca/Taça CBD/Taça Federação de Remo[nota 4] | Campo da Rua General Severiano | Rio de Janeiro | 2 | ||
14 | 27 de maio de 1917 | Fluminense | 2–0 | Flamengo | Campeonato Carioca | Campo da Rua Guanabara | Rio de Janeiro | 3 | ||
15 | 15 de novembro de 1917 | Flamengo | 3–3 | Fluminense | Amistoso | Rua Paysandu | Rio de Janeiro | 4 | ||
16 | 23 de dezembro de 1917 | Flamengo | 2–2 | Fluminense | Campeonato Carioca | Rua Paysandu | Rio de Janeiro | 5 | ||
— | 21 de março de 1918 | Fluminense | 1–0 | Flamengo | Torneio Início do Campeonato Carioca | Campo da Rua General Severiano | Rio de Janeiro | |||
17 | 23 de junho de 1918 | Flamengo | 0–3 | Fluminense | Campeonato Carioca/Taça Brazilo Liga Esperantista: 1918[nota 5] | Rua Paysandu | Rio de Janeiro | 4 | ||
18 | 6 de outubro de 1918 | Fluminense | 2–2 | Flamengo | Campeonato Carioca | Campo da Rua General Severiano | Rio de Janeiro | 6 | ||
19 | 24 de agosto de 1919 | Flamengo | 1–3 | Fluminense | Campeonato Carioca | Rua Paysandu | Rio de Janeiro | 5 | ||
20 | 21 de dezembro de 1919 | Fluminense | 4–0 | Flamengo | Campeonato Carioca/Taça Colombo | Laranjeiras | Rio de Janeiro | 6 | ||
21 | 23 de maio de 1920 | Flamengo |