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Gás vulcânico
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Gases vulcânicos é a designação dada ao conjunto dos compostos voláteis emanados da crusta terrestre sob forma gasosa no contexto da actividade vulcânica, incluindo os gases incluídos na pluma vulcânica durante a actividade eruptiva e os gases libertados pela desgasificação das estruturas e materiais vulcânicos através de fumarolas e de outros fenómenos paravulcânicos similares. A nível global, os gases vulcânicos constituem a maior parte do volume dos materiais ejectados pelas erupções vulcânicas.[1]



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Composição

Os gases vulcânicos são constituídos por uma mistura de diferentes gases, dominada pelo vapor de água e o dióxido de carbono, mas contendo dióxido de enxofre, monóxido de carbono, sulfureto de hidrogénio, cloreto de hidrogénio e hidrogénio molecular em quantidades importantes.[2] Para além dos compostos de enxofre e halógenos atrás apontados, o hélio também está presente.[1]
O vapor de água é o gás vulcânico mais comum, constituindo normalmente mais de 60% em volume das emissões.[3] O vapor de água emanado pelos vulcões corresponde geralmente a água de origem meteórica, mas em alguns casos, a água de origem magmática pode constituir mais de 50% do vapor emitido por um vulcão.[1] Outro gás abundante é o dióxido de carbono, que pode representar de 10 a 40% das emissões.[3]
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Efeitos durante a erupção
Resumir
Perspectiva
Os gases vulcânicos são emitidos durante a erupção por desgasificação da lava durante a sua emissão e durante o processo de arrefecimento, mas também na ausência de erupção sob a forma de fumarolas, mofetas, sulfataras e similares. Durante o processo de emissão dos gases, formam-se concreções por ressublimação, com destaque para os cristais de enxofre, os quais podem recobrir os bordos das fissuras por onde a emissão de gases ocorra.
Os gases mais pesados que o ar podem permanecer perto do solo e, quando as condições de circulação do ar o permitam, formar mazukus, bolsas de gases tóxicos, geralmente de dióxido de carbono, estagnadas nas depressões e apresentando um perigo mortal para qualquer animal que nelas penetre.
Se a libertação destes gases ocorre sob uma camada de água, como é o caso das erupções nos fundos marinhos (erupções submarinas) ou no fundo de lagos (erupções límnicas), os gases tendem a subir ao longo da coluna de água sob a forma de bolhas, dissolvendo-se total ou parcialmente na massa de água se a pressão for suficientemente elevada. Esta dissolução dos gases na água provoca a acidificação da massa de água.
No caso dos lagos, dado o volume limitada de água presente, a acidez resultante pode levar à formação de lagos ácidos. A acumulação de gases vulcânicos dissolvidos das camadas de águas mais profundas de alguns lagos de cratera pode conduzir à formação de erupções límnicas em resultada da brusca libertação dos gases acumulados na massa de águas. Essas erupções são em geral causadas pelo mecanismo da quebra da estratificação aquática, o que permite que as águas sobressaturadas em gases do hipolímnio ascendam até à superfície e aí, em consequência da redução da pressão, libertem de forma explosiva os gases nelas dissolvidos.
A libertação de gases vulcânicos é um dos elementos que determinam o desencadear de uma erupção e o seu poder explosivo.[2] A proporção destes gases no volume do magma contido na câmara magmática determina, em conjugação com a taxa de redução da pressão que ocorre à medida que o magma ascende através da crusta terrestre, a velocidade de formação de bolhas de gás no magma e na lava resultante. Quanto mais numerosas e maiores forem estas bolhas, maior é o risco de erupção e maior é a probabilidade dela ser acompanhada de explosividade. Se o magma é particularmente viscoso, os gases têm maior dificuldade em se libertar da solução, tendendo a pulverizar a lava em cinzas vulcânicas, podendo nalguns casos ficar retidos na lava consolidada sob a forma de pedra-pomes ou de uma espuma denominada reticulite.
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Ver também
- Pluma vulcânica
- Água magmática
- Inclusão fluida
- Fenómeno paravulcânico
- Sublimado (vulcanologia)
Referências
- John P. Lockwood y Richard W. Hazlett. Volcanoes: Global Perspectives. Pág. 78-85.
- (em francês) Mauro, Rosi; Papale, Paolo; Lupi, Luca; Stoppato, Marco (2008) [1999]. Delachaux et Niestlé, ed. 100 volcans actifs dans le monde (em francês). Vulcani Le Magma. Paris: [s.n.] pp. 30–31. 335 páginas. ISBN 978-2-603-01398-4
- H. Sigurdsson et al. (2000) Encyclopedia of Volcanoes, San Diego, Academic Press
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Literatura
Ligações externas
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