Top Qs
Linha do tempo
Chat
Contexto

Helicon

Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Helicon
Remove ads

Helicon é uma família de instrumentos musicais graves de sopro e transpositores, do grupo das tubas, em seis tamanhos e várias transposições, para abranger as necessidades de notas graves ou agudas dos conjuntos de sopros:

Thumb
Philip Timms tocando seu helicon em Mi bemol em 1909.
  • Soprano em Mi bemol (E♭)
  • Alto em Si bemol (B♭)
  • Tenor em Mi bemol (E♭)
  • Barítono em Si bemol (B♭)
  • Baixo em Fá (F) ou Mi bemol (E♭)
  • Contrabaixo em Si bemol (B♭) ou Dó (C)
Thumb
Helicon Stowasser, manufaturado em Graz (Styria), Áustria, no final do século XIX, de propriedade de Matthias Bramboeck. Foto do proprietário, em 18 de dezembro de 2006.
Remove ads

História

Resumir
Perspectiva

A família do helicon é derivada da família do saxhorn ou da saxtuba.[1] Seu nome é derivado do Rio Helicon, que existiu na Macedônia e que, assim como o instrumento musical, possuía várias curvas. Helicons começaram a ser usados na década de 1860 em bandas de cavalaria, mas logo em seguida passaram a integrar bandas militares de marcha, bandas civis e conjuntos de igrejas, tornando-se o principal instrumento grave das bandas de sopros na segunda metade do século XIX e princípios do século XX. O helicon foi o antecessor do sousafone (inventado em 1893) e foi por ele substituído nas primeiras décadas do século XX, caindo em desuso pouco após a Primeira Guerra Mundial.

Os helicons, como a maioria dos instrumentos de banda, também foram usados na música sacra, dentro e fora das igrejas, e em conjuntos menores de música popular, em ambientes públicos ou domésticos. Entre fins do século XIX e inícios do XX, músicos de banda juntaram-se a intérpretes de violão, cavaquinho, flauta, clarinete e pandeiro, entre outros, para tocarem polcas, maxixes e sambas em festas urbanas, participando da criação do choro. Apesar de poucos grupos de choro da atualidade usarem instrumentos de banda, estes participaram ativamente de sua formação, como nos conta o primeiro historiador desse tipo de música, Alexandre Gonçalves Pinto (c.1870-c.1940), no livro “O choro” (1936).[2] O próprio repertório das bandas brasileiras, nas primeiras décadas do século XX, incluiu obras do grupo do choro. É o que se observa na polca Zezé de João Antônio Romão (Pindamonhangaba, 13/06/1878-19/05/1972), gravada em 1910 para a Casa Faulhaber do Rio de Janeiro, com o próprio autor no solo de helicon.[3]

Thumb
Helicons da Fanfarra da Cavalaria da Guarda Republicana Francesa.

O Museu da Música de Mariana (MG) possui três helicons em sua exposição (além de iconografia a respeito), que pertenceram à Banda do Seminário Menor de São José e vários outros helicons ainda existem nos acervos históricos de bandas musicais brasileiras, especialmente no estado de Minas Gerais.


Remove ads

Ligações externas

Referências

  1. Haine, Malou (1980). Adolphe Sax (1814–1894): sa vie, son œuvre et ses instruments de musique. Brussels: Éditions de l'Université de Bruxelles. p. 74. ISBN 978-2-8004-0711-1
  2. PINTO, Alexandre Gonçalves (1936). «O choro». Edição do Autor. Consultado em 9 de julho de 2015
  3. ROMÃO, João Antônio (1910). «Zezé (polca). Rio de Janeiro: Casa Faulhaber. 78 rpm. 3'46"». Consultado em 9 de julho de 2015
Loading related searches...

Wikiwand - on

Seamless Wikipedia browsing. On steroids.

Remove ads