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Leão III da Armênia

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Leão III da Armênia
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 Nota: Para o rei armênio também numerado como Leão II, veja Leão II da Armênia. Para outras pessoas de mesmo nome, veja Leão III.

Leão III (em armênio/arménio: Լեւոն - Levon), às vezes numerado como Leão II, foi rei do Reino Armênio da Cilícia entre 1269[1]/1270 e 1289. Ele era filho de Hetum I e da rainha Isabel da Arménia e membro da família dos Hetúmidas.

Factos rápidos Rei arménio da Cilícia, Reinado ...
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Primeiros anos

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Os mamelucos assassinaram Toros e capturaram Leão no "desastre de Mari" em 1266
Iluminura do Le Livre des Merveilles, do século XV.

Leão nasceu em 1236, herdeiro do rei Hetum I e da rainha Isabel. O casamento dos seus pais havia sido arranjado dez anos antes pelo pai de Hetum, Constantino de Barbaron, que mandou matar o primeiro marido de Isabel para conseguir colocar seu filho como co-governante com ela. Eles tiveram seis filhos, do qual Leão era o primogênito. Uma de suas irmãs era Sibila, que se casou com Boemundo IV de Antioquia, selando a paz entre o reino armênio e o Principado de Antioquia.

Em 1262, Leão se casou com Keran (Kir Ana), a filha do príncipe Hetoum de Lampron. Quatro anos depois, enquanto seu pai estava fora visitando a corte mongol, Leão e seu irmão mais novo, Toros, lutaram para repelir os invasores mamelucos na Batalha de Mari. Toros foi morto em combate e Leão, juntamente com 40 000 outros soldados armênios, foi capturado e preso. Quando o rei Hetoum retornou, foi obrigado a pagar um caro resgate para recuperar o filho, incluindo uma grande soma em dinheiro e várias fortalezas. Ele também foi obrigado a interceder junto ao cã mongol Abaca para conseguir libertar um parente do sultão Baibars.

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Reinado

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Hetoum I abdicou em 1269 em nome do filho e entrou para a ordem dos franciscanos, morrendo no ano seguinte. O novo rei, agora chamado de Leão II, era muito piedoso e um devoto cristão. Ele manteve uma ativa agenda comercial com o ocidente renovando os tratados comerciais com os italianos e criando novos com os catalães. Ele também lutou para reforçar a aliança com os mongóis,[2] a quem seu pai havia submetido o reino em 1247.

Em 1271, Marco Polo visitou o porto armênio de Ayas e fez comentários positivos sobre o reinado de Leão e a prosperidade de seu país, embora mencione também que suas forças militares estavam desmoralizadas:

O rei Leão II mantém a justiça adequadamente em suas terras e é um vassalo dos tártaros. Há muitas cidades e vilas e tudo é abundância. (...) No passado, homens eram corajosos na guerra, mas hoje eles são vis, sem nenhum outro talento exceto beber de forma apropriada
 
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Mongóis e armênios são derrotados pelos mamelucos na Segunda Batalha de Homs em 1281.

Em 1275, o sultão mameluco Baibars invadiu novamente a Cilícia. No ano seguinte, o reino armênio repeliu uma invasão pelos turcomanos e o condestável Sempad, tio de Leão, foi morto em combate.

Aliança com os mongóis

Em 1281, Leão se juntou aos mongóis em uma invasão à Síria, mas eles foram completamente destruídos na Segunda Batalha de Homs. Forçado a pedir paz, Leão conseguiu, em 1285, uma trégua de dez anos em troca de importantes concessões territoriais em favor dos mamelucos.[4]

Leão morreu em 1289 e foi sucedido por seu filho Hetoum II.

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Descendência

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Leão II, a rainha Ana de Lambron e os cinco filhos do casal em 1272.

Durante vinte e um anos de casamento, Leão teve dezesseis filhos com a sua esposa, a rainha Ana de Lambron, dez filhos e seis filhas. Três meninos e três meninas morreram cedo[5] e cinco alcançaram o trono. O mais velho, Hetum II, abdicou depois de quatro anos em favor de seu irmão mais novo Teodoro III, mas foi colocado de volta no trono em 1294. Em 1296, o irmão dos dois, Sempad estrangulou Teodoro e cegou Hetum para chegar ao poder. Ele por sua vez vou derrubado em 1298 pelo caçula, Constantino III da Arménia, que foi substituído por Hetum. Finalmente, ele abdicou em 1305 em favor do filho de Teodoro, Leão IV da Arménia.[1]

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Referências

  1. Cambridge Medieval History, Volume IV, p. 634
  2. Mutafian, p.60
  3. BN Fr 2810, f.7v. Quoted in Mutafian, p.65
  4. Mutafian, p.61

Bibliografia

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