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Muro das Lamentações

local sagrado do islão e judaísmo em Jerusalém Da Wikipédia, a enciclopédia livre

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O Muro das Lamentações, Muro de Al-Buraq ou Muro Ocidental (em hebraico: הַכּוֹתֶל הַמַּעֲרָבִי, romaniz.: HaKotel HaMa'aravi; lit. 'o muro ocidental') é uma antiga muralha de contenção construída na colina conhecida por judeus e cristãos como Monte do Templo de Jerusalém. Sua seção mais famosa também é frequentemente referida pelos judeus como Kotel ou Kosel, enquanto no mundo árabe e islâmico é conhecida como Muro de Buraq (em árabe: حَائِط ٱلْبُرَاق; romaniz.: Ḥā’iṭ al-Burāq). No contexto religioso judaico, o termo Muro das Lamentações e suas variações são usados, em sentido estrito, para se referir à seção usada para a oração judaica; em seu sentido mais amplo, refere-se a todos o 488 metros de comprimento do muro de contenção situado a oeste do Monte do Templo.

Trata-se do único vestígio do antigo Templo de Herodes, erguido por Herodes, o Grande no lugar do Templo de Jerusalém inicial. Herodes mandou construir grandes muros de contenção em redor do monte Moriá, ampliando a pequena esplanada sobre a qual foram edificados o Primeiro e o Segundo Templo de Jerusalém, formando o que hoje se designa como a Esplanada das Mesquitas. Assim, o atual Muro das Lamentações é a parte que restou de um muro de arrimo que servia de sustentação para uma das paredes do edifício principal e que em si mesmo, não integrava o Templo que foi destruído pelo general Tito, que depois se tornaria imperador romano, no ano de 70.[1]

Muitos fiéis judeus visitam o Muro das Lamentações para orar e depositar seus desejos por escrito. Antes da Guerra dos Seis Dias, em 1967, quando o local e toda a Cidade Velha de Jerusalém foram conquistados por Israel,[2] era chamado de Quarteirão Marroquino. Por ordem do prefeito de Jerusalém, 135 famílias árabes foram expulsas para a abertura da esplanada do Muro.[3]

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História

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Judeu orando junto ao Muro das Lamentações
Muro das Lamentações

O Primeiro Templo, ou Templo de Salomão, foi construído no século X a.C., e derrubado pelos babilónios em 586 a.C. O Segundo Templo, entretanto, foi construído por Zorobabel após o Exílio Babilônico, e voltou a ser destruído pelos romanos no ano 70 da nossa era, durante a Primeira Guerra Judaico-Romana. Deste modo, cada templo esteve erguido durante 400 anos.[carece de fontes?]

Quando as legiões do então general Tito destruíram o templo, só uma parte do muro exterior ficou em pé. Tito deixou este muro para que os judeus tivessem a amarga lembrança de que Roma vencera a Judeia (daí o nome de Muro das Lamentações). Os judeus, porém, atribuíram-no a uma promessa feita por Deus, segundo a qual sempre ficaria de pé ao menos uma parte do sagrado templo como símbolo da sua aliança perpétua com o povo judeu. Os judeus têm pregado frente a este muro durante os derradeiros dois milênios, crendo que este é o lugar acessível mais sagrado da Terra, já que não podem aceder ao interior da Esplanada das Mesquitas, que seria ainda mais sagrado.[4][necessário esclarecer]

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Tradição

A tradição de introduzir um pequeno papel com pedidos entre as fendas do muro tem vários séculos de antiguidade. Entre as petições dos judeus estão ferventes súplicas a Deus para que regresse à terra de Israel, o retorno de todos os exilados judeus, a reconstrução do templo (o terceiro), e a vinda da era messiânica com a chegada do Messias judeu.[5]

Para os muçulmanos e no Islão, o Muro é considerado um local sagrado. Conhecido como Al-Buraq, ele recebe este nome pois foi nele que Maomé, em sua jornada noturna, teria amarrado o ser mitológico, conhecido por este nome.[6]

O Muro das Lamentações também é considerado sagrado para os judeus devido a ser o último pedaço do Templo pelos lados sul e leste. Além disso, o muro é o lugar mais próximo do sancta sanctorum ou lugar "sagrado entre os sagrados" (1 Reis 8:6-8). Das três secções do muro, a do leste, do sul e do oeste, a do oeste é o lugar tradicional de oração (daí o seu nome em hebraico, Hakótel Hama'araví, "o Muro Ocidental").

Na Esplanada das Mesquitas, rodeada pelo muro, os muçulmanos construíram ao longo dos séculos a Cúpula da Rocha e a Mesquita de Al-Aqsa.

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Oração mista e não ortodoxa

Em 31 de janeiro de 2016, o Governo de Israel aprovou um plano para designar um novo espaço no Kotel para homens e mulheres realizarem orações em conjunto e sem o controle pelo Rabinato.[7] A ONG israelense Mulheres do Muro [en] elogiou a decisão, embora o Rabino Chefe de Israel, Shlomo Amar, tenha declarado que a criação de uma seção de oração mista equivaleria à destruição do Muro.[8] O Rabinato Chefe disse que iria propor um plano alternativo. Em junho de 2017, o plano que havia sido aprovado em janeiro de 2016 foi suspenso.[9][10]

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O Muro Ocidental, em Jerusalém, é o que resta do Segundo Templo

Ver também

Referências

  1. Harman, Graham (2008). «The Holiness of the "Holy Land"». A History of Palestine. [S.l.]: Princeton University Press. pp. g.24. ISBN 0-691-11897-3
  2. «A Conquista do Muro das Lamentações - Israel em Casa -». Israel em Casa. 25 de setembro de 2020. Consultado em 8 de janeiro de 2022
  3. «Muro das Lamentações». www.goisrael.com.br. Consultado em 23 de outubro de 2020
  4. «O Muro das Lamentações e os Muçulmanos | Israel em Casa | Islamismo». Israel em Casa. 27 de setembro de 2020. Consultado em 12 de agosto de 2021
  5. Sales, Ben (26 de junho de 2017). «Suspension of Western Wall deal leaves Jewish leaders feeling betrayed – J». Jweekly.com. Consultado em 21 de julho de 2017
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Ligações externas

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