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Nowo

Operadora portuguesa de telecomunicações Da Wikipédia, a enciclopédia livre

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A NOWO (lê-se "novo") foi uma empresa portuguesa de telecomunicações, que começou a operar em 1993, então sob o nome de Cabovisão.[1]

Factos rápidos Razão social, Tipo ...

Em 2025 foi integrada na Digi Portugal, deixando de existir.[2]

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História

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Perspectiva

A Cabovisão foi formada em 27 de Setembro de 1993,[3] tendo começado a operar ainda esse ano.[1]

Em 2006, a Cabovisão era totalmente controlada pela companhia holandesa Telemax BV, uma divisão da operadora canadiana Cable Satisfaction International, e que por sua vez era controlada pela firma Catalyst Capital.[4] Nesse ano já era considerada como a segunda maior operadora de rede de cabo no país, tendo atingido em 2005 um volume de negócios de cerca de 129 milhões de Euros, apesar de ainda não cobrir totalmente o território nacional, cingindo-se então principalmente às regiões do Alentejo, Beiras e no corredor entre Lisboa e Palmela.[5] Porém, encontrava-se numa situação financeira desfavorável, com uma dívida que em 2005 atingia os 350 milhões de Euros, sendo os seus principais accionistas e credores as empresas Catalyst e Cable Satisfaction International, sendo esta última uma operadora canadiana.[3] Apesar disto, considerava-se que a empresa tinha um grande potencial económico, devido ao forte crescimento do mercado dos serviços triplos de telefone, internet e televisão, motivo pelo qual grandes organizações nacionais, como a Sonae, mostraram-se interessadas na aquisição da empresa.[5] No entanto, ainda em 2006 acabou por ser comprada por uma companhia canadiana, a Cogeco, por 465 milhões de euros.[5] Esta empresa era então a quarta maior operadora de telecomunicações no Canadá, e a segunda maior nas províncas do Ontário e do Quebec.[5] De acordo com um comunicado da Cogeco, «esta aquisição está em consonância com a procura de oportunidade externas de crescimento [...] e permite à empresa tomar parte activa no desenvolvimento do sector das telecomunicações por cabo na Europa.[5]

Em 2010, a rede da Cabovisão atingia cerca de novecentas mil casas, e assegurando mais de oitocentos mil serviços de televisão, telefone e internet.[1] Estava então licenciada para disponibilizar serviços de televisão a cerca de 90% das residências, e de internet e telefone em todo o país, seguindo uma estratégia de aposta em regiões ainda não cobertas por outras empresas.[1] Foi também a primeira operadora a lançar em Portugal importantes canais a nível internacional, como o MGM, AXN, RecordTV e a Fox.[1] No entanto, em Novembro de 2011 o jornal Público noticiou que desde meados desse ano que começaram a ser enviadas mensagens a várias entidades que poderiam estar interessadas na aquisição da Cabovisão, algo que foi negado tanto pela própria operadora como pela Cogeco.[6] De acordo com o jornal, a situação financeira da operadora portuguesa fragilizou-se com a introdução de uma nova concorrente, a ZON, formada em 2007 a partir de uma divisão da Portugal Telecom.[6] Uma considerável parte dos clientes da Cabovisão migrou para a ZON, levando a receios que a operadora se tornasse uma vítima da forte concorrência no mercado nacional das telecomunicações, como tinha recentemente sucedido com a AR Telecom.[6]

Em Fevereiro de 2012, foi adquirida pelo grupo Altice, pelo valor de 45 milhões de Euros.[7] Porém, logo em Setembro de 2015 a Altice vendeu a Cabovisão e a ONI à Apax França, uma gestora de fundos de alto risco,[7] medida que foi forçada a tomar pela União Europeia, uma vez que aquela empresa tinha igualmente adquirido o grupo PT Portugal, que era proprietário da operadora MEO.[8] A venda daquelas duas operadoras tinha sido autorizada pela Comissão Europeia nos finais de Dezembro de 2014.[8] Esta não era a primeira vez que a Altice tinha colaborado com a Apax França, uma vez que quando comprou a Cabovisão em Fevereiro de 2012, as duas empresas tinham acordado no sentido da gestora francesa comprar 40% da operadora de cabo, por 18 milhões de Euros.[7]

A 13 de Setembro de 2016, foi apresentada a nova identidade e estratégia da empresa, que a partir dessa data se passou a chamar NOWO.[9] A NOWO surgiu em Setembro de 2016, como resultado do rebranding da marca Cabovisão.[10] As duas operadoras eram então propriedade dos fundos Apax France e Fortino Capital.

A NOWO tem uma serviço móvel a nível nacional através de um acordo MVNO (operador móvel virtual) com a MEO celebrado em Janeiro de 2016.

A Apax France e a Fortino Capital foram os acionistas da NOWO, desde Setembro 2015,[11] os quais também detêm em Portugal, a empresa de telecomunicações ONI, que endereça o mercado empresarial.[12]

Em agosto de 2019, a empresa espanhola MásMovil comprou a Cabonitel, que detém a NOWO e a Oni.[13] Em outubro desse ano, a Autoridade da Concorrência autorizou os espanhóis da MásMovil e do fundo GAEA Inversión a avançar com a compra da Cabonitel, que detém a empresa NOWO e a Oni.[14]

Em setembro de 2022, a Vodafone anunciou a aquisição da empresa, através de um acordo com a Lorca JVCO Limited,[15][16] mas a Autoridade da Concorrência não aprovou esse negócio.

Em setembro de 2024, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social deu "luz verde" à compra da NOWO pela DIGI Portugal no valor de 150 milhões de euros.[17] A Autoridade da Concorrência informou a 24 de outubro do mesmo ano que não se opunha ao negócio, ficando determinado o controlo exclusivo da Cabonitel S.A. pela DIGI Portugal Lda. no dia seguinte.[18]

Logótipo usado no website e nas faturas a partir de 2025

A partir de janeiro de 2025, a NOWO começou oficialmente a transição dos seus serviços para a DIGI, começando pelo serviço móvel. A partir desse momento, a NOWO deixou de comercializar serviços móveis, que usavam a rede da MEO, passando esse serviço a ser[19] No site, começou a usar como logótipo juntamente com o da DIGI, marcando a transição da marca para uma nova fase.


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Referências

  1. «Quem Somos». Cabovisão. 2010. Arquivado do original em 12 de Dezembro de 2010
  2. ALMEIDA, Marina (25 de Agosto de 2005). «Media Capital prepara entrada na Cabovisão». Consultado em 11 de Julho de 2023
  3. «Canadianos compram Cabovisão». 3 de Junho de 2006. Consultado em 18 de Julho de 2023
  4. ROCHA, José Manuel (3 de Junho de 2006). «Cabovisão vendida à canadiana Cogeco por 465 milhões de euros». Consultado em 11 de Julho de 2023
  5. Agência LUSA (23 de Novembro de 2011). «Cabovisão está à procura de compradores». Consultado em 18 de Julho de 2023
  6. BRITO, Ana (15 de Setembro de 2015). «Altice vende Cabovisão e Oni à Apax França». Consultado em 15 de Julho de 2023
  7. CIPRIANO, Carlos; CORREIA, Raquel Almeida (24 de Julho de 2016). «Cabovisão vai lançar nova oferta móvel e muda marca para Nowo». Consultado em 9 de Julho de 2023
  8. MACHADO, Alexandra; RIBEIRO, Sara (13 de setembro de 2016). «Cabovisão vai passar a ser Nowo». www.jornaldenegocios.pt. Consultado em 22 de janeiro de 2025
  9. «Cabovisão passa a NOWO». Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações. 19 de Setembro de 2016. Consultado em 9 de Julho de 2023
  10. «Altice vende Cabovisão e ONI à APAX». Público. 15 de setembro de 2015. Consultado em 9 de Julho de 2023
  11. MARCELA, Ana (21 de Setembro de 2016). «Oni e Nowo concentram operações em Lisboa». Consultado em 9 de Julho de 2023
  12. «Vodafone agrees to buy MasMovil's Portugal unit Nowo». Reuters (em inglês). 3 de outubro de 2022. Consultado em 4 de novembro de 2022
  13. «Vodafone to acquire Nowo». Capacity Media (em inglês). 3 de outubro de 2022. Consultado em 4 de novembro de 2022
  14. «Digi fecha compra da Nowo». www.jornaldenegocios.pt. Consultado em 3 de novembro de 2024
  15. NUNES, Flávio (29 de janeiro de 2025). «Nowo passa a vender serviços móveis da Digi». ECO. Consultado em 30 de janeiro de 2025
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Ligações externas

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