Nova Iorque
cidade no estado de Nova Iorque e maior cidade dos Estados Unidos Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Nova Iorque (também referida como Nova York), oficialmente Cidade de Nova Iorque (em inglês: New York City - NYC),[6] é a cidade mais populosa dos Estados Unidos.[5] Sua região metropolitana é uma das áreas metropolitanas mais populosas do mundo[7][8][9] e é também a terceira cidade mais populosa da América, atrás de São Paulo e Cidade do México. Localizada no estado homônimo, a cidade de Nova Iorque exerce um impacto significativo sobre o comércio, finanças, mídia, arte, moda, pesquisa, tecnologia, educação e entretenimento em todo o mundo.
Nova Iorque
New York | |
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Cidade de Nova Iorque | |
Ponte Verrazzano a partir de Staten Island |
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Apelido(s) | |
Gentílico | Nova-iorquino (pt) New Yorker (in) |
Localização | |
Localização nos Estados Unidos | |
Localização no estado de Nova Iorque | |
Coordenadas | 40° 39′ 40″ N, 73° 56′ 38″ O |
País | Estados Unidos |
Estado | Nova Iorque |
Condados (boroughs) | Bronx (The Bronx) Kings (Brooklyn) New York (Manhattan) Queens (Queens) Richmond (Staten Island) |
Região | Médio Atlântico |
Colônias históricas | Novos Países Baixos Província de Nova Iorque |
Região metropolitana | Nova Iorque |
Distância até a capital | 245 km |
História | |
Fundação | 1624 (401 anos) |
Incorporação | 1898 (127 anos) |
Nomeado por | James, Duque de Iorque |
Administração | |
Prefeito | Eric Adams[3] (D) (desde 1 de janeiro de 2022) |
Características geográficas | |
Área total [4] | 1 223,59 km² |
• Área seca | 778,17 km² |
• Área molhada | 445,42 km² — 36,4% |
População total (2020) [5] | 8 804 190 hab. |
• Posição | 1º em Nova Iorque 1º nos Estados Unidos |
• População metropolitana | 20 140 470 |
Densidade | 7 195,4 hab./km² |
• CSA | 23 582 649 |
Altitude | 10 m |
Fuso horário | UTC−5 |
Horário de verão | UTC−4 |
ZIP Codes | 100xx–104xx, 11004–05, 111xx–114xx, 116xx |
Códigos da área | 212/646/332, 718/347/929, 917 |
Outras informações | |
Código FIPS | 36-51000 |
Código GNIS | 975772 |
Aeroportos principais | JFK, EWR, LGA, ISP, HPN, SWF |
Metrô | ![]() |
Interestaduais | |
Sítio | nyc |
Nova Iorque abriga a sede da Organização das Nações Unidas (ONU),[10] sendo um importante centro para assuntos internacionais e amplamente considerada como a capital cultural do mundo.[11][12][13][14] Localizada em um dos maiores portos naturais do mundo,[15] a cidade é composta por cinco boroughs: Bronx, Brooklyn, Manhattan, Queens e Staten Island.[16] Com uma população superior a 8,8 milhões de habitantes,[5] distribuídos numa área de terra de apenas 778 km²,[4] Nova Iorque é a grande cidade mais densamente povoada dos Estados Unidos e a segunda localidade mais densamente povoada do estado de Nova Iorque. Com cerca de 800 idiomas diferentes falados em seu território, Nova Iorque é a cidade com a maior diversidade linguística do mundo.[17] A população da Região Metropolitana de Nova Iorque é a maior dos Estados Unidos, estimada em cerca de 18,9 milhões de pessoas distribuídas em cerca de 17 400 km².[18][19]
Nova Iorque tem suas raízes na sua fundação em 1624 como um posto de comércio por colonos neerlandeses, sendo nomeada Nova Amsterdã, em 1626.[20] A cidade e seus arredores foram tomadas pelo Reino da Inglaterra em 1664,[20][21] passando a fazer parte do Império Britânico, e sendo seu nome alterado para Nova Iorque, depois que o Rei Carlos II da Inglaterra concedeu as terras para seu irmão, o então Duque de Iorque (futuro Rei Jaime II da Inglaterra).[22][23] Nova Iorque serviu como a capital dos Estados Unidos de 1785 até 1790,[24] sendo a maior cidade do país desde 1790.[25] A Estátua da Liberdade recebeu milhões de imigrantes que vieram para a América de navio no final do século XIX e início do século XX.[26] A cidade é geralmente considerada um dos mais importantes centros da diplomacia mundial.[27] Juntamente com Genebra (CICV e sede europeia da ONU), Basileia (Banco de Assentamentos Internacionais) e Estrasburgo (Conselho da Europa), Nova Iorque é uma das poucas cidades do mundo que serve de sede a uma das mais importantes organizações internacionais, sem ser a capital de um país.[28]
Muitos distritos e pontos turísticos de Nova Iorque se tornaram bem conhecidos graças aos seus quase 50 milhões de visitantes anuais.[19] A Times Square, batizada de "a encruzilhada do mundo",[29] é a região iluminada onde se concentram os famosos teatros da Broadway,[30] sendo um dos cruzamentos de pedestres mais movimentados do mundo[31] e um importante centro da indústria do entretenimento mundial.[32] A cidade abriga algumas das pontes, arranha-céus e parques de maior renome no mundo. O distrito financeiro de Nova Iorque, ancorado por Wall Street em Lower Manhattan, atua como um dos maiores centros financeiros do mundo,[33] e é o lar da Bolsa de Valores de Nova Iorque, a maior bolsa de valores do planeta pelo total de capitalização de mercado de suas empresas listadas.[34] O mercado imobiliário de Manhattan está entre os mais valorizados e caros do mundo.[35] A Chinatown de Manhattan incorpora a maior concentração de chineses do Ocidente.[36] Ao contrário da maioria dos sistemas de metrô do mundo, o Metropolitano de Nova Iorque é projetado para fornecer o serviço 24 horas por dia, 7 dias por semana.[37] Inúmeros colégios e universidades estão localizados na cidade, incluindo a Universidade Columbia, a Universidade de Nova Iorque e a Universidade Rockefeller, que estão classificadas entre as cem melhores do mundo.[38]
Em 1664, a cidade foi denominada em honra do Duque de Iorque, que viria a se tornar o rei Jaime II da Inglaterra. O irmão mais velho de Jaime, o rei Carlos II, indicara o Duque de York como proprietário do antigo território dos Novos Países Baixos, incluindo a cidade de Nova Amsterdam, que a Inglaterra havia recentemente tomado aos Países Baixos.[39]
A região era habitada por nativos norte-americanos das tribos lenapes no momento da sua descoberta europeia, em 1524,[40] por Giovanni da Verrazano, um explorador florentino a serviço da coroa francesa, que chamou de "Nouvelle Angoulême" (Nova Angoulême).[41]
O assentamento europeu começou com a fundação de uma colônia holandesa de comércio de peles, que mais tarde seria chamada "Nieuw Amsterdam" (Nova Amsterdã), na ponta sul de Manhattan em 1614. O diretor-geral colonial holandês Peter Minuit comprou a ilha de Manhattan dos lenapes em 1626 pelo valor de 60 florins,[42] (cerca de mil dólares em 2006);[43] uma outra lenda diz que Manhattan foi comprada por 24 dólares no valor de contas de vidro.[44][45]
Os primeiros moradores de Nova Iorque foram 23 judeus de origem portuguesa que chegaram em 7 de setembro de 1654 na Nova Amsterdã, um entreposto da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, fugindo da Inquisição no Recife.[46] Das 16 naus que partiram às pressas do Recife, uma foi saqueada na Jamaica e 23 judeus viajaram até à ilha de Manhattan, sem bens, onde estabeleceram residência e trabalharam no comércio.[47]
Em 1664, a cidade foi entregue para os ingleses e rebatizada para "New York" (Nova Iorque) pelo Duque de York e Albany.[39] No final da Guerra Anglo-Holandesa, os holandeses ganharam o controle da ilha de Run (então um ativo muito mais valioso) em troca do controle inglês sob Nova Amsterdã (Nova Iorque), na América do Norte. Várias guerras intertribais entre os nativos americanos e algumas epidemias ocasionadas pela chegada dos europeus provocaram perdas consideráveis para a população lenape entre os anos de 1660 e 1670.[48] Em 1700, a população lenape tinha diminuído para apenas 200 membros.[49] Em 1702, a cidade perdeu 10% de sua população para a febre amarela.[50] Nova Iorque sofreu nada menos que sete importantes epidemias de febre amarela no período ente 1702 e 1800.[51]
Nova Iorque cresceu em importância como porto comercial enquanto esteve sob o domínio britânico. A cidade sediou o influente julgamento de John Peter Zenger em 1735, ajudando a estabelecer a liberdade de imprensa na América do Norte. Em 1754, a Universidade Colúmbia foi fundada em navios fretados por Jorge II da Grã-Bretanha como Faculdade do Rei em Lower Manhattan.[52] O Stamp Act Congress se reuniu em Nova Iorque em outubro de 1765, assim como os Filhos da Liberdade se organizaram na cidade, escaramuçando durante os dez anos seguintes com as tropas britânicas estacionadas no país.[53]
Durante a Revolução Americana, a Batalha de Long Island, considerada a maior batalha ocorrida nessa guerra, foi travada em agosto 1776 inteiramente em terras atualmente ocupadas pelo borough do Brooklyn.[54] Após a batalha, em que os estadunidenses foram derrotados, deixando subsequentes batalhas menores seguirem o mesmo rumo, a cidade tornou-se a base militar e política britânica de suas operações na América do Norte. A cidade foi um refúgio para lealistas até o fim da guerra em 1783. A única tentativa de uma solução pacífica para a guerra aconteceu no Casa de Conferência em Staten Island entre os delegados estadunidenses, incluindo Benjamin Franklin, e o general britânico Lord Howe, em 11 de setembro de 1776. Logo após o início da ocupação britânica, ocorreu o Grande Incêndio de Nova Iorque, uma conflagração de grande porte que destruiu cerca de um quarto dos edifícios na cidade, incluindo a Igreja da Trindade.[55]
A montagem do Congresso da Confederação fez de Nova Iorque a capital do país em 1785, logo após a guerra. Nova Iorque foi a última capital dos Estados Unidos sob os Artigos da Confederação e a primeira capital sob a Constituição dos Estados Unidos. Em 1789, o primeiro presidente dos Estados Unidos, George Washington, foi empossado; o primeiro Congresso dos Estados Unidos e a Suprema Corte dos Estados Unidos foram montados pela primeira vez e a Carta dos Direitos dos Estados Unidos foi elaborada, tudo no Federal Hall, em Wall Street.[56]
No século XIX, a cidade foi transformada pela imigração e pelo desenvolvimento.[57] Uma proposta visionária de desenvolvimento, o Plano dos Comissários de 1811, expandiu a "grade de ruas" por toda Manhattan e a abertura do Canal de Erie em 1819, ligando o Atlântico aos vastos mercados agrícolas do interior norte-americano.[58] A política local caiu sob o domínio do Tammany Hall, uma máquina política apoiada por imigrantes irlandeses.[59] A Grande Fome Irlandesa trouxe um grande influxo de imigrantes irlandeses e, em 1860, um em cada quatro nova-iorquinos — mais de 200 mil pessoas — havia nascido na Irlanda.[60]
Várias proeminentes figuras literárias estadunidenses viveram em Nova Iorque durante os anos 1830 e 1840, incluindo William Cullen Bryant, Washington Irving, Herman Melville, Rufus Wilmot Griswold, John Keese, Nathaniel Parker Willis e Edgar Allan Poe. Membros da velha aristocracia comerciante fizeram lobby para a criação do Central Park, que se tornou o primeiro parque ajardinado numa cidade estadunidense em 1857. Uma significante população negra livre também existia em Manhattan e no Brooklyn. Escravos existiam em Nova Iorque em 1827, mas durante os anos 1830, Nova Iorque tornou-se um centro do ativismo abolicionista interracial no Norte. A população negra de Nova Iorque era de mais de 16 mil pessoas em 1840.[61] A população não branca de Nova Iorque era de 36 620 pessoas em 1890.[62]
A revolta durante o recrutamento militar durante a Guerra Civil Americana (1861-1865) levou aos motins de 1863, um dos piores incidentes de distúrbios civis na história americana.[63] Em 1898, a cidade de Nova Iorque obteve sua atual formação, com a consolidação do Brooklyn que, até então, era uma cidade separada, juntamente com o Condado de Nova Iorque, que na época incluía partes do Bronx, o Condado de Richmond e a parte ocidental da condado de Queens.[64]
A abertura do metrô, em 1904, ajudou a conectar toda a cidade. Na primeira metade do século XX, a cidade se tornou um centro mundial para a indústria, comunicação e comércio. No entanto, este desenvolvimento não veio sem um preço. Em 1904, o navio a vapor General Slocum pegou fogo no rio East, matando 1021 pessoas a bordo.[65]
Em 1911, o incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist, o pior desastre industrial da cidade até os ataques de 11 de setembro de 2001 ao World Trade Center, tirou a vida de 146 trabalhadores e estimulou o crescimento da União Internacional das Damas Trabalhadoras de Vestuário e grandes melhorias nos padrões de segurança das fábricas.[66]
Na década de 1920, a cidade era um destino privilegiado para afro-americanos durante a Grande Migração do sul estadunidense. Em 1916, Nova Iorque era o lar da maior população urbana da diáspora africana na América do Norte. O renascimento de Harlem floresceu durante a era da Lei Seca, coincidente com uma maior boom econômico que viu o horizonte se desenvolver com a construção de arranha-céus.[67]
Nova Iorque se tornou a área urbanizada mais populosa do mundo em 1920, ultrapassando Londres, e sua região metropolitana ultrapassou a marca de dez milhões em 1930, tornando-se a primeira megacidade da história humana.[68] Os anos difíceis da Grande Depressão viram a eleição do reformista Fiorello La Guardia como prefeito e a queda do Tammany Hall, após 80 anos de domínio político.[69]
O retorno de veteranos da Segunda Guerra Mundial criou um boom económico pós-guerra e o desenvolvimento de novos bairros no leste do Queens. Nova Iorque saiu da guerra incólume como a principal cidade do mundo, com Wall Street liderou o lugar dos Estados Unidos como a potência econômica dominante do mundo. A sede da Organização das Nações Unidas (ONU) (concluída em 1950) enfatizou a influência política de Nova Iorque e a ascensão do expressionismo abstrato na cidade precipitou deslocamento de Nova Iorque como o centro do mundial da arte, deixando Paris em segundo plano.[70]
Na década de 1960, a cidade começou a sofrer de problemas econômicos e com índices de criminalidade em ascensão. Embora o ressurgimento da indústria financeira tenha melhorado muito a saúde econômica da cidade na década de 1980, a taxa de crimes de Nova Iorque continuou a subir fortemente até o início da década de 1990.[71]
Nos anos 1990, os índices de criminalidade começaram a cair dramaticamente devido ao aumento da presença policial e da gentrificação e muitas novas ondas de imigrantes chegaram da Ásia e da América Latina. Importantes setores novos, como o Silicon Alley, surgiram na economia da cidade e a população de Nova Iorque alcançou o seu maior número da história no censo de 2000. A cidade foi um dos locais atingidos durante os ataques de 11 de setembro de 2001, quando cerca de três mil pessoas morreram na destruição do World Trade Center.[72]
No lugar das torres destruídas, em 3 de novembro de 2014 foi inaugurado o novo One World Trade Center que com o World Trade Center Memorial Museum (inaugurado em setembro de 2012); outras três novas torres de escritórios e um centro de transporte modernizarão a Lower Manhattan e modificarão o skyline de Nova Iorque.[73]
A cidade de Nova Iorque está localizada no extremo sul do estado de Nova Iorque, no nordeste dos Estados Unidos, aproximadamente a meio caminho entre Washington, D.C. e Boston. A maior parte de Nova Iorque localiza-se em um conjunto de ilhas na foz do Rio Hudson, ocupando toda a ilha de Manhattan, bem como o oeste de Long Island. Apenas o distrito de Bronx está localizado no continente, tornando a terra escassa e incentivando uma elevada densidade populacional. O Rio Hudson, que desemboca em um porto natural protegido e, em seguida, no Oceano Atlântico, ajudou a cidade a crescer como um importante centro comercial.[74][75]
O Rio Hudson flui através do Hudson Valley em direção à Baía de Nova Iorque. Entre a cidade de Nova Iorque e Troy, o rio é um estuário.[76] O Hudson separa a cidade de Nova Iorque de Nova Jérsei. O Rio East — um estreito da maré — flui do estuário de Long Island e separa o Bronx e Manhattan de Long Island. O Rio Harlem, outro estreito da maré entre os rios East e Hudson, separa Manhattan do Bronx. O Rio Bronx, que flui através do Bronx e do Condado de Westchester, é o único rio inteiramente de água doce na cidade de Nova Iorque.[77]
O formato do terreno foi alterado por diversas vezes, sendo que Nova Iorque, desde os tempos em que era colônia Holandesa, expandiu-se diversas vezes em direção ao oceano. O mesmo pode-se dizer das condições do terreno da cidade —anteriormente bastante acidentada, Manhattan, atualmente, é plana;[78] efeitos da intervenção humana na natureza. Essa recuperação de terra é mais proeminente em Lower Manhattan, com incrementos como Battery Park City, nos anos 1970 e 1980.[78]
De acordo com o Departamento do Censo dos Estados Unidos, a cidade tem uma área de 1 223,6 km², dos quais 778,2 km² estão cobertos por terra e 445,4 km² (36,4%) por água.[4] O ponto mais alto da cidade é Todt Hill em Staten Island, que a 124,9 m acima do nível do mar é o ponto mais alto do litoral leste ao sul de Maine.[79] O pico da serra é coberto, em grande parte, por matas que fazem parte da Staten Island Greenbelt.[80]
A Região Metropolitana de Nova Iorque possui mais de 20,1 milhões de habitantes, e inclui 26 condados nos estados de Connecticut, Nova Iorque e Nova Jérsei (mais os cinco que constituem a cidade, elevando o número total de condados para 31), abrangendo, dessa forma, uma grande zona da costa leste dos Estados Unidos.[81] A área urbanizada da região metropolitana de Nova Iorque é a maior em extensão territorial do mundo, possuindo aproximadamente 8,7 mil km² de área, a mais populosa dos Estados Unidos, e a segunda mais populosa do mundo (superada apenas pela de Tóquio, Japão).[81]
A Área de Recreação Nacional de Gateway contém mais de 10 521,83 ha no total, a maior parte dela cercada pela cidade de Nova Iorque, incluindo o Refúgio Selvagem da Jamaica Bay.[83] O Monumento Nacional da Estátua da Liberdade e o Museu da Imigração de Ellis Island são administrados pelo Serviço Nacional de Parques e estão localizados nos estados de Nova Iorque e Nova Jersey. Eles estão reunidos no porto pelo Monumento Nacional de Governors Island, em Nova Iorque. Locais históricos sob administração federal na ilha de Manhattan incluem o Monumento Nacional Castle Clinton; o Monumento Nacional Federal Hall; o local de nascimento de Theodore Roosevelt; o Monumento Nacional General Grant ("Tumba de Grant"); Monumento Nacional do Cemitério Africano; e o Monumento Nacional Hamilton Grange. Centenas de propriedades privadas estão listadas no Registro Nacional de Lugares Históricos ou como Marco Histórico Nacional, como, por exemplo, o Stonewall Inn, parte do Monumento Nacional de Stonewall em Greenwich Village, como o catalisador do moderno movimento pelos direitos LGBT.[84][85]
Há sete parques estaduais dentro dos limites da cidade de Nova Iorque, incluindo o Parque Estadual de Clay Pit Ponds, uma área natural que inclui extensas trilhas de equitação, e o Parque Estadual Riverbank, uma instalação de 110 mil m² que se eleva a 21 m acima do nível do rio Hudson.[86]
A cidade de Nova Iorque tem mais de 110 km² de parques municipais e 23 km de praias públicas.[87] O maior parque municipal da cidade é o Pelham Bay Park, no Bronx, com 1 122 ha.[88][89]
Sob a classificação climática de Köppen, usando a isoterma de 0 °C, a cidade de Nova Iorque apresenta um clima subtropical úmido (Cfa) em Manhattan e é, portanto, a principal cidade mais setentrional do continente norte-americano com essa categorização.[99][100] Os subúrbios ao norte e oeste imediatos encontram-se na zona de transição entre climas subtropicais úmidos e continentais úmidos de verão quente (Dfa), situação transicional (todavia mais seca) semelhante ao sul da Ucrânia, embora com o uso da isoterma de −3 °C a transição esteja mais afastada, apenas em pequenas partes da região metropolitana menos densamente povoadas. No entanto, usando o primeiro critério, mais comum nos Estados Unidos e baseando na série histórica do Aeroporto Internacional John F. Kennedy, a mais de 20 km a sudeste do centro financeiro, o clima pode ser considerado continental úmido (Dfa) pela temperatura média do primeiro mês do ano, ou seja o mais frio, ser −1,5 °C.[99][100][101] Há também 58% de possíveis dias de sol por ano, o que dá um total de 2 400 a 2 800 horas de sol por ano.[102] As horas de sol estão um pouco abaixo para o valor médio do país, ainda assim muito mais ensolarada que a Europa não mediterrânica, com raras exceções à sudeste.[103] A cidade encontra-se na zona de robustez de plantas do USDA como 7b, na mesma zona que Berlim.[104][105]
Pela sua localização e condições físico-geográficas a cidade possui as quatro estações do ano claramente definidas. Os invernos são frios (embora médios para os padrões americanos) e úmidos com avanço frequente da massa de ar polar seca do interior ou mais úmidas vindo do Canadá Atlântico.[106] Os invernos são mais rigorosos do que em cidades europeias costeiras de quase a mesma latitude ou maiores como Nápoles e Porto ou até interioranas, como Madri, em parte explicados pelo ventos frios do oeste e a continentalidade obter maiores influências que a maritimidade à leste das grandes massas terrestres. Eventualmente tempestades de neve podem paralisar completamente a cidade, com mais de 30 centímetros de neve.[107]
Padrões de vento predominantes e amenizadores que sopram do mar, as chamadas brisas marítimas, bem como os efeitos moderadores do Oceano Atlântico (apesar de ser uma moderação secundária frente a influência marítima na Europa Ocidental), juntamente com a proteção parcial do ar mais frio pelos Apalaches mantêm a cidade mais quente no inverno do que as cidades do interior dos Estados Unidos, em latitudes semelhantes ou menores, como Pittsburgh, Cincinnati e Indianápolis, definitivamente continentais. A temperatura média diária em janeiro, mês mais frio da área, é de 0,3 °C, alguns décimos acima do ponto de congelamento, por isto ser considerado subtropical;[105] as temperaturas geralmente caem para −12 °C várias vezes por inverno,[108] e chegar a 16 °C por vários dias no mês mais frio do inverno. A primavera e o outono são imprevisíveis e podem variar de frio a quente, embora sejam geralmente suaves com baixa umidade. Portanto, o tempo em Nova Iorque é instável, podendo ocorrer baixas temperaturas e tempestades de neve perto do fim da primavera ou logo no início do outono.[107] Os verões são tipicamente mornos a quentes, úmidos e ensolarados, com o predomínio de massas de ar que passam acima do Atlântico subtropical ao sul ou do Golfo do México.[106] A temperatura média diária é de 24,7 °C em julho.[109]
As condições noturnas são frequentemente calorosas pelo fenômeno das ilhas de calor urbanas, enquanto as temperaturas diurnas excedem 32 °C em média de 17 dias a cada verão e em alguns anos excedem 38 °C. Temperaturas extremas variaram de −26 °C, registradas em 9 de fevereiro de 1934, até 41 °C em 9 de julho de 1936,[105] sendo que na história recente foi registrado 40 °C em 22 de julho de 2011 no Central Park.[110] A temperatura média da água do Oceano Atlântico nas proximidades varia de 4,3 °C em fevereiro a 23,4 °C em agosto, conforme o deslocamento das correntes oceânicas, como a corrente do Labrador no inverno trazendo águas frescas do Atlântico Norte, bem como o tempo nublado.[111][112][113]
A cidade recebe 1.270 mm de precipitação anual, que é relativamente distribuída ao longo do ano. A queda média de neve no inverno entre 1981 e 2010 foi de 66 cm; isso varia consideravelmente de ano para ano. O maior acúmulo de neve de única tempestade desde 1869, ocorreu em 22 de janeiro de 2016, com um total de 68 cm, próximo do valor total da temporada.[114] Uma das nevascas mais pesadas e gravíssimas foi a Grande Nevasca de 1888 com uma profundidade de neve de aproximadamente 51 cm e cerca de cem mortos somente em Nova Iorque. A altura de neve recorde anterior desde o início dos registros meteorológicos foi medida em 68 cm em fevereiro de 2006.[115]
Furacões e tempestades tropicais são raros na área de Nova Iorque, as regiões do Brooklyn e Queens, bairros ao nível do mar correm maiores riscos.[116][117] O furacão Sandy trouxe uma tempestade destrutiva na noite de 29 de outubro de 2012, inundando numerosas ruas, túneis e linhas de metrô na parte baixa de Manhattan e outras áreas da cidade e cortando eletricidade em muitas partes do condado e seus subúrbios.[118] Na cidade, segundo o prefeito ao todo houve 18 mortos. Sandy, como denominado chegou a categoria de supertempestade.[118] As explicações para o ciclone de tal porte foi pela Oscilação multidecanal do Atlântico (AMO), um ciclo de aquecimento e arrefecimento a cada 70 anos, o que também explica outras tempestades e mudanças climáticas durante um século na região.[119] A tempestade e seus impactos profundos provocaram a discussão da construção de paredões e outras barreiras costeiras ao redor das margens da cidade e da área metropolitana para minimizar o risco de conseqüências destrutivas de outro evento desse tipo no futuro.[120][121]
Dados climatológicos para Nova Iorque (Belvedere Castle, Central Park), altitude: 39,6 m, normais de 1981–2010 [nota 1], extremos 1869-presente [nota 2] | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 22 | 24 | 30 | 36 | 37 | 38 | 41 | 40 | 39 | 34 | 29 | 24 | 41 |
Temperatura máxima média (°C) | 3,5 | 5,3 | 9,8 | 16,2 | 21,6 | 26,3 | 28,9 | 28,1 | 24,0 | 17,7 | 12,1 | 6,1 | 16,7 |
Temperatura média (°C) | 0,3 | 1,8 | 5,8 | 11,7 | 16,9 | 21,9 | 24,7 | 24 | 20 | 13,8 | 8,7 | 3,1 | 12,8 |
Temperatura mínima média (°C) | −12,7 | −10,7 | −7,5 | 0,2 | 6,4 | 11,6 | 15,7 | 14,9 | 9,2 | 3,3 | −2,4 | −9,1 | 8,9 |
Temperatura mínima recorde (°C) | −21 | −26 | −16 | −11 | 0 | 7 | 11 | 10 | 4 | −2 | −14 | −25 | −26 |
Chuva (mm) | 92,7 | 78,5 | 110,7 | 114 | 106,4 | 112 | 116,8 | 112,8 | 108,7 | 111,8 | 102,1 | 101,6 | 1 268,5 |
Queda de neve média (cm) | 17,8 | 23,4 | 9,9 | 1,5 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0,8 | 12,2 | 65,5 |
Dias com chuva | 10,4 | 9,2 | 10,9 | 11,5 | 11,1 | 11,2 | 10,4 | 9,5 | 8,7 | 8,9 | 9,6 | 10,6 | 122 |
Dias com neve | 4 | 2,8 | 1,8 | 0,3 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0,2 | 2,3 | 11,4 |
Umidade relativa (%) | 61,5 | 60,2 | 58,5 | 55,3 | 62,7 | 65,2 | 64,2 | 66 | 67,8 | 65,6 | 64,6 | 64,1 | 63 |
Brilho do sol disponível (%) | 54 | 55 | 57 | 57 | 57 | 57 | 59 | 63 | 59 | 61 | 51 | 48 | 57 |
Insolação (h) | 162,7 | 163,1 | 212,5 | 225,6 | 256,6 | 257,3 | 268,2 | 268,2 | 219,3 | 211,2 | 151 | 139 | 2 534,7 |
Fonte: NOAA (umidade relativa e sol 1981-2010).[123][124][125][126]
Veja Clima de Nova Iorque para obter informações adicionais sobre o clima em outras cidades do estado norte-americano. |
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Segundo o censo nacional de 2020,[5] a sua população é de 8 804 190 habitantes e sua densidade populacional é de 11 314,0 hab/km². Seu crescimento populacional na última década foi de 7,7%, acima do crescimento estadual de 4,2%. É a cidade mais populosa do estado e também a mais populosa do país. Possui 3 618 635 residências que resulta em uma densidade de 4 650,2 residências/km² e um aumento de 7,3% em relação ao censo anterior. Deste total, 6,9% das unidades habitacionais estão desocupadas. A média de ocupação é de 2,6 pessoas por residência.[5]
No Censo dos Estados Unidos de 2010, a população da cidade era de 8 175 133 habitantes.[5][128] Isso equivale a cerca de 40% da população do estado de Nova Iorque e uma porcentagem semelhante da população metropolitana regional. Em 2006, os demógrafos estimavam que a população de Nova Iorque atingiria entre 9,2 e 9,5 milhões de habitantes em 2030.[129]
Dois pontos demográficos da cidade são a densidade demográfica e a diversidade étnica. Em 2010, a cidade tinha uma densidade populacional de 27 532 pessoas por quilômetro quadrado, tornando-a a mais densamente povoada entre todas as cidades com mais de cem mil habitantes nos Estados Unidos, no entanto, várias pequenas cidades adjacentes do Condado de Hudson, em Nova Jersey, são realmente mais densas em geral, conforme o Censo de 2000.[130] Em contrapartida, Condado de Nova Iorque, que corresponde à área de Manhattan, tem uma densidade demográfica de 66 940 pessoas por quilômetro quadrado,[131] o que o torna mais densamente povoado do que qualquer condado nos Estados Unidos e do que qualquer cidade estadunidense individual.[132]
Nova Iorque tem um alto grau de desigualdade de renda. Em 2005, a renda familiar média entre os ricos era de 188 697 dólares, enquanto nos mais pobres era de 9 320 dólares.[133] A disparidade é impulsionado pelo crescimento dos salários em faixas de renda alta, enquanto os salários estagnaram para médio e suportes de baixa renda. Em 2006, o salário médio semanal em Manhattan era 1 453 dólares, o crescimento mais alto e mais rápido entre os maiores municípios, nos Estados Unidos.[134] O município também está experimentando um baby boom que é único entre as cidades estadunidenses. Desde 2000, o número de crianças menores de 5 anos de idade que vivem em Manhattan cresceu mais de 32%.[135]
De acordo com o Censo de 2020, a população de Nova Iorque é 35,9% branca, 22,7% negra, 14,6% asiática, 10,5% mestiça, 0,7% indígena e 0,1% nativa havaiana ou de outras ilhas do Pacífico.[136]
A população de Nova Iorque é excepcionalmente diversa.[137] Ao longo de sua história, a cidade tem sido um ponto importante de entrada de imigrantes; mais de 12 milhões de imigrantes europeus passaram por Ellis Island entre 1892 e 1924.[138] O termo "caldeirão" foi cunhado para descrever bairros de imigrantes densamente povoados no Lower East Side. Em 1900, os alemães constituíram o maior grupo de imigrantes, seguidos pelos irlandeses, judeus e italianos.[139]
Aproximadamente 36% da população da cidade é formada por estrangeiros.[140] Entre as cidades estadunidenses, esta proporção é maior apenas em Los Angeles e Miami.[141] Enquanto as comunidades de imigrantes nas cidades são dominadas por poucas nacionalidades, em Nova Iorque nenhum país ou região de origem é dominante. As dez maiores fontes de indivíduos nascidos em outros países na área metropolitana são a República Dominicana, China, Jamaica, México, Índia, Equador, Itália, Haiti, Colômbia e Guiana.[142] A região de Nova Iorque continua a ser a líder metropolitana na entrada de imigrantes legais admitidos nos Estados Unidos.[143]
A Região Metropolitana de Nova Iorque é o lar da maior comunidade judaica fora de Israel.[144] É também o lar de quase um quarto dos norte-americanos indianos e 15% de todos os americanos coreanos;[145][146] a maior comunidade de afro-americano de qualquer cidade do país; e 6 chinatowns na própria cidade,[147] que compreendiam, em 2008, uma população de 659 596 chineses ultramarinos,[148] a maior comunidade fora da Ásia. Nova Iorque, sozinha, de acordo com o Censo de 2010, agora se tornou o lar de mais de um milhão de americanos de origem asiática, maior do que o total combinado das cidades de São Francisco e Los Angeles, Califórnia.[149]
Nova Iorque contém a maior população asiática total do que a de qualquer outra cidade dos Estados Unidos.[150] 6,0% da população da cidade é de etnia chinesa, com cerca de 40% deles vivendo apenas no bairro do Queens. Coreanos compõem 1,2% da população nova-iorquina e os japoneses 0,3% do total. Os filipinos são o maior grupo étnico do sudeste asiático, com 0,8%, seguido por vietnamitas, que representam apenas 0,2% da população de Nova Iorque. Os indianos são o maior grupo do Sul da Ásia, compreendendo 2,4% da população da cidade, e os bengaleses e paquistaneses contam com 0,7% e 0,5%, respectivamente.[151]
Há também substanciais populações de porto-riquenhos e dominicanos. Outro grupo étnico significativo é o dos italianos, que emigraram para a cidade em grande número no início do século XX, principalmente a partir da Sicília e de outras partes do sul da Itália. Os irlandeses também têm uma presença marcante, uma em cada 50 nova-iorquinos de origem europeia carrega uma assinatura genética distinta em seu cromossomo Y herdado do clã de Niall dos nove reféns, um rei irlandês do século V d.C.[152] ou de um dos clãs relacionados de Briúin Uí Uí e Fiachrach.[153]
A área metropolitana da cidade é o lar de uma comunidade de homossexuais e bissexuais estimada em 568 903 pessoas, a maior dos Estados Unidos.[154] Casamentos homossexuais foram legalizados no estado de Nova Iorque em 24 de junho de 2011 e foram autorizados a serem colocados em prática 30 dias depois.[155] Charles Kaiser, autor de The Gay Metropolis: The Landmark History of Gay Life in America, escreveu que no período após a Segunda Guerra Mundial, "a cidade de Nova Iorque tornou-se a metrópole gay literal para centenas de milhares de imigrantes de dentro e fora dos Estados Unidos: o lugar que eles escolheram para aprender a viver abertamente, honestamente e sem vergonha".[156]
A marcha anual do orgulho LGBT de Nova Iorque atravessa a Quinta Avenida e termina no Greenwich Village, em Lower Manhattan; o desfile rivaliza com a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, no Brasil, como a maior parada LGBT do mundo, atraindo dezenas de milhares de participantes e milhões de espectadores todos os anos em junho.[157][158]
A cidade de Nova Iorque abriga a maior população de transgêneros do mundo, estimada em mais de 50 mil em 2018, concentrada em Manhattan e no Queens.[159] No entanto, até a Rebelião de Stonewall em junho de 1969, esta comunidade se sentiu marginalizada e negligenciada pela comunidade gay.[160]
O cristianismo (59%) — composto por catolicismo romano (33%), protestantismo (23%) e outros cristãos (3%) — é a religião mais prevalecente em Nova Iorque, de acordo com dados de 2014.[161] Ele é seguido pelo judaísmo, com aproximadamente 1,1 milhão de adeptos,[144][162] dos quais mais da metade vive no Brooklyn.[163] A população judaica representa 18,4% da população da cidade.[164] O Islã ocupa o terceiro lugar na cidade, com estimativas que variam entre 600 mil a 1 milhão de seguidores, incluindo 10% das crianças de escolas públicas da cidade.[165] Estes três grupos religiosos maiores são seguidos pelo hinduísmo, pelo budismo e por uma variedade de outras religiões, além do ateísmo e do agnosticismo. Em 2014, 24% dos nova-iorquinos se identificaram como alguém sem afiliação religiosa.[161]
Desde 2005 a cidade tem a menor taxa de criminalidade entre as 25 maiores cidades dos Estados Unidos, tendo se tornado significativamente mais segura depois de um pico de criminalidade nos anos 1980 e início dos anos 1990, a partir da epidemia de crack que afetou vários bairros.[166] Em 2002, a cidade de Nova Iorque tinha uma taxa de criminalidade igual a da cidade de Provo, em Utah, e ficou em 197º lugar em crime, entre as 216 cidades dos Estados Unidos com uma população superior a cem mil habitantes. Em Nova Iorque, os crimes violentos diminuíram mais de 75% entre 1993 e 2005 e continuou a diminuir durante períodos em que a nação como um todo viu a criminalidade aumentar.[167]
Em 2005, a taxa de homicídios estava em seu nível mais baixo desde 1966[168] e em 2007 a cidade registrou menos de 500 homicídios, pela primeira vez desde que estatísticas criminais foram publicadas pela primeira vez em 1963.[169] 95,1% de todas as vítimas de homicídio e 95,9% de todas as vítimas de tiroteios em Nova Iorque são negros ou hispânicos. E 90,2% dos detidos por homicídio e 96,7% dos detidos por atirar em alguém são negros ou hispânicos.[170] Sociólogos e criminologistas não chegaram a um consenso sobre o que explica a redução drástica na taxa da criminalidade na cidade. Alguns atribuem o fenômeno a novas táticas usadas pelo New York City Police Department,[171] incluindo o uso de CompStat e a teoria das janelas quebradas.[172] Outros citam o fim da epidemia de crack e as alterações demográficas.[173]
O crime organizado tem sido associado com a cidade de Nova Iorque, começando com os Quarenta Ladrões e os Guardas Roach na antiga área de Five Points na década de 1820. O século XX viu um aumento da máfia dominada pelas Cinco Famílias, que ainda correspondem à maior e mais poderosa organização criminosa na cidade.[174] Gangues incluindo a Black Spades também cresceu no final do século XX.[175] Em 1850, a cidade de Nova Iorque registrou mais de 200 guerras de gangues, em grande parte por gangues de jovens.[176] As gangues mais proeminentes em Nova Iorque hoje são os Bloods, Crips, Latin Kings e MS-13.[177]
Desde a sua consolidação em 1898, a cidade de Nova Iorque tem sido um município metropolitano com uma forma de governo prefeito-conselho de governo "forte". O governo de Nova Iorque é mais centralizado do que o da maioria das outras cidades dos Estados Unidos. Em Nova Iorque, o governo central é responsável pela educação pública, instituições correcionais, bibliotecas, segurança pública, lazer, saneamento, abastecimento de água e serviços de bem-estar. O prefeito e os vereadores são eleitos para mandatos de quatro anos. O Conselho da Cidade de Nova Iorque é um órgão unicameral composto de 51 membros do Conselho, cujos distritos são definidos por limites geográficos da população.[178]
O prefeito atual é Eric Adams, membro do Partido Democrata. Ele foi eleito na eleição municipal de 2022.[179] O Partido Democrata detém a maioria das repartições públicas. Em novembro de 2008, 67% dos eleitores registrados na cidade eram democratas.[180]
Nova Iorque é a mais importante fonte de arrecadação de fundos políticos nos Estados Unidos, sendo que quatro dos cinco principais códigos postais no país para contribuições políticas estão em Manhattan. O CEP superior, 10 021 no Upper East Side, gerou mais dinheiro para as campanhas presidenciais de 2004 de George W. Bush e John Kerry.[181] A cidade tem um forte desequilíbrio de pagamentos com os governos nacionais e estaduais. Nova Iorque recebe 83 centavos em serviços para cada 1 dólar que envia ao governo federal em impostos (ou anualmente envia 11,4 bilhões dólares mais do que recebe de volta). A cidade também envia um adicional de 11 bilhões de dólares a cada ano para o estado de Nova Iorque do que recebe de volta.[182]
Nova Iorque possui dez cidades-irmãs reconhecidas oficialmente:[183]
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Os cinco burgos da cidade de Nova Iorque
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Jurisdição | População | Área | ||
Burgo | Condado | Censo 2020 | Em milhas quadradas | Em km quadrados |
(1) Manhattan | Nova Iorque | 1 694 251 | 22.7 | 58.8 |
(2) Brooklyn | Kings | 2 736 074 | 69.4 | 179.7 |
(3) Queens | Queens | 2 405 464 | 108.7 | 281.5 |
(4) Bronx | Bronx | 1 472 654 | 42.2 | 109.3 |
(5) Staten Island | Richmond | 495 747 | 57.5 | 148.9 |
Cidade de Nova Iorque | 8 804 190 | 302.64 | 778.17 | |
Estado de Nova Iorque | 20 201 249 | 47 126,40 | 122 056,82 | |
Fonte: Departamento do Censo dos Estados Unidos 2010–2020[184][4] |
A cidade é composta por cinco distritos (boroughs), que também são condados do estado de Nova Iorque.[185]
A cidade de Nova Iorque é um centro global de negócios e comércio, como serviços bancários e financeiros, varejo, comércio mundial, transportes, turismo, imóveis, novas mídias, mídia tradicional, publicidade, serviços jurídicos, contabilidade, seguros, teatro, moda e artes; enquanto o Silicon Alley, metonímia para o amplo setor de alta tecnologia de Nova Iorque, que continua a se expandir. O Porto de Nova Iorque e Nova Jersey também é um importante motor econômico, movimentando volume recorde de carga em 2017, mais de 6,7 milhões de TEUs.[186] A taxa de desemprego da cidade de Nova Iorque caiu para a sua baixa recorde de 4,0% em setembro de 2018.[187]
Muitas corporações da Fortune 500 estão sediadas na cidade de Nova Iorque,[188] assim como um grande número de corporações multinacionais. Um em cada dez empregos no setor privado na cidade é com uma empresa estrangeira.[189] Nova Iorque foi classificada em primeiro lugar entre as cidades de todo o mundo em atração de capital, negócios e turistas.[190][191] O papel da cidade como o principal centro mundial do setor publicitário é metonimicamente refletido como na Madison Avenue.[192] A indústria da moda da cidade fornece aproximadamente 180 mil empregos com 11 bilhões de dólares em salários anuais.[193]
Outros setores importantes incluem pesquisa e tecnologia médica, instituições sem fins lucrativos e universidades.
O chocolate é a principal exportação de alimentos especiais de Nova Iorque, com até 234 milhões de dólares em exportações a cada ano.[194] Empreendedores estavam formando um "Distrito Chocolate" no Brooklyn a partir de 2014,