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Nova Atlântida
livro de Francis Bacon Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Nova Atlântida é um romance utópico incompleto de Francis Bacon, publicado inicialmente, em julho de 1626, poucos meses após a morte de autor, como um apêndice de "Sylva sylvarum". Nessa obra, o autor expressa suas aspirações e ideais para a humanidade, expondo sua visão do futuro, que inclui evolução do conhecimento humano.
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Fevereiro de 2024) |
O romance descreve a criação de uma terra utópica onde "generosidade e iluminação, dignidade e esplendor, piedade e espírito público" são as qualidades comumente defendidas pelos habitantes da mítica Bensalem. Um dos centros dessa utopia é a "Casa de Salomão", uma moderna universidade de pesquisa em ciências aplicadas e puras.
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Enredo
Resumir
Perspectiva
O romance retrata Bensalém, uma ilha mítica que foi descoberta pela tripulação de um navio europeu depois que eles se perderam no Oceano Pacífico em algum lugar a oeste do Peru. O romance descreve a evolução gradual da ilha, seus costumes e sua instituição científica patrocinada pelo estado, a "Casa de Salomão", que seria "o próprio olho deste reino."
Muitos aspectos da sociedade e da história da ilha são descritos, como um desenvolvida a partir do cristianismo, pois uma cópia da Bíblia e uma carta do Apóstolo São Bartolomeu teria chegado ali milagrosamente, poucos anos depois de Ascensão de Jesus.
Na ilha:
- seria celebrada, anualmente, uma festa cultural em homenagem à instituição familiar, denominada como: "Festa da Família";
- existiria um colégio de sábios, denominado como: "a Casa de Salomão", que seria o próprio "olho do reino", para a qual o "Deus do céu e da terra concedeu a graça de conhecer as obras da Criação e os segredos delas", bem como "para discernir entre milagres divinos, obras da natureza, obras de arte e imposturas e ilusões de todos os tipos".
Os habitantes de Bensalem foram descritos como tendo um alto caráter moral e honestidade, pois nenhum oficial aceita qualquer pagamento de indivíduos. O povo também foi descrito como casto e piedoso.
No último terço do livro, o Chefe da Casa do Salomão leva um dos visitantes europeus para apresentar toda a formação científica da Casa do Salomão, onde são realizados experimentos utilizando o "método baconiano" para compreender e conquistar a natureza, e para aplicar os conhecimentos recolhidos para a melhoria da sociedade. Desse modo, são apresentados:
- o objetivo da fundação, que seria: "o conhecimento das causas e movimentos secretos das coisas; e a ampliação dos limites do império humano, para a efetivação de todas as coisas possíveis”;
- os preparativos que os integrantes fazem para realizar os seus trabalhos;
- as várias funções que são atribuídas aos bolsistas; e
- as ordenanças e ritos que eles observam.
Desse modo, o autor descreveu sua visão do futuro para o desenvolvimento do do conhecimento humano. O plano e a organização de seu colégio ideal, a "Casa de Salomão", previa a como deveriam funcionar as universidades de pesquisa moderna tanto em ciência aplicada quanto em ciência pura.
Os integrantes da "Casa de Salomão", que eram divididos em vários grupos:
- os "mercadores de luz", que eram doze integrantes navegavam para países estrangeiros utilizando nomes ocultos, que traziam os livros e resumos, e padrões de experimentos feitos em outros lugares;
- os “triadores", que eram três integrantes que faziam uma triagem dos experimentos descritos nos livros trazidos pelos mercadores;
- os "misteriosos", que eram três integrantes que compilavam os experimentos das artes mecânicas, das ciências liberais e de práticas que não eram trazidas para as artes;
- os "pioneiros", que eram três integrantes que tentavam novos experimentos;
- os "compiladores", que eram três integrantes que faziam desenhos dos experimentos em títulos e tabelas, para dar melhor luz para o desenho de observações e axiomas a partir deles;
- os "benfeitores", que eram três integrantes que examinavam os experimentos realizados para extrair deles coisas úteis e práticas para a vida e o conhecimento do homem, tanto para obras quanto para demonstração simples de causas, meios naturais, adivinhações e a descoberta fácil e clara das virtudes e partes dos corpos;
- os "lâmpadas", que eram três integrantes que direcionavam os novos experimentos, a partir de uma luz mais elevada, para que fossem mais penetrantes na natureza do que os anteriores;
- os "inoculadores", que eram três integrantes que executam os experimentos concebidos pelos "lâmpadas" e os relatavam;
- os "intérpretes da natureza", que eram três integrantes que elevavam as descobertas por experimentos a observações, axiomas e aforismos maiores.
Ao descrever as ordenanças e ritos observados pelos cientistas da "Casa de Salomão", o líder disse:
“ | Temos certos hinos e serviços, que dizemos diariamente, do Senhor e graças a Deus por Suas obras maravilhosas; e algumas formas de oração, implorando Sua ajuda e bênção para a iluminação de nossos labores e para torná-los em usos bons e sagrados. | ” |
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Etimologia
O nome "Bensalém" é oriundo da composição de duas palavras hebraicas : "ben" (בן) - "filho" e "salpem" ou "shalem" (שלם) - "inteiro" ou "completo".
Desse modo, o nome pode ser interpretado como significando "O Filho da Totalidade".
Ver também
Fontes
- Langman, A. P. (2006). "Beyond, both the old world and the new: Authority and knowledge in the works of Francis Bacon". Unpublished PhD Thesis. pp. 27–34.;
- J. Weinberger, "Science and Rule in Bacon's Utopia: An Introduction to the Reading of the New Atlantis" The American Political Science Review, Vol. 70, No. 3 (Set. 1976), pp. 865–885 (875);
- David Renaker, "Miracle of Engineering: The Conversion of Bensalem in Francis Bacon's New Atlantis", Studies in Philology, Vol. 87, No. 2 (Spring, 1990), pp. 181–193 (193);
- Francis Bacon, "New Atlantis and The Great Instauration", Jerry Weinberger, ed., (Wheeling, IL: Crofts Classics, 1989), xxv–xxvi, xxxi.
- Bacon, Francis (2008). Vickers, Brian (ed.). The Major Works. Oxford University Press. p. 457;
- Harvey Wheeler, "Francis Bacon's Case of the Post-Nati: (1608); Foundations of Anglo-American Constitutionalism; An Application of Critical Constitutional Theory", Ward, 1998;
- Howard B. White, "Peace Among the Willows: The Political Philosophy of Francis Bacon", The Hague Martinus Nijhoff, 1968;
- Harvey Wheeler, "Francis Bacon’s "Verulamium": the Common Law Template of The Modern in English Science and Culture", 1999;
- Frances Yates, (essay) "Bacon's Magic, in Frances Yates, Ideas and Ideals in the North European Renaissance", Londres: Routledge & Kegan Paul, 1984;
- Hepworth Dixon, William (1861). "Personal history of Lord Bacon: From unpublished papers". J. Murray. pp. 35;
- CHARTER OF THE LONDON AND BRISTOL COMPANY. EARL OF NORTHHAMPTON AND ASSOCIATES., em inglês, acesso em 17/10/2021;
- Alfred Dodd, "Francis Bacon's Personal Life Story", Volume 2 – The Age of James, England: Rider & Co., 1949, 1986. pages 157 – 158, 425, 502 – 503, 518 – 532;
- Francis Bacon’s Life A Brief Historical Sketch by Peter Dawkins, em inglês, acesso em 17/10/2021;
- The Letters of Thomas Jefferson: 1743-1826 BACON, LOCKE, AND NEWTON, em inglês, acesso em 17/10/2021;
- Hepworth Dixon, William (January 2003). "Personal History of Lord Bacon from Unpublished Papers". p. 200.
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Ligações externas
Media relacionados com The New Atlantis no Wikimedia Commons (em inglês)
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