Operação Bodenplatte

A Operação Bodenplatte ("Placa de base") foi lançada em 1 de janeiro de 1945, como uma última tentativa feita pela Luftwaffe (Força Aérea Alemã) para incapacitar as forças aéreas Aliadas nos Países Baixos durante a Segunda Guerra Mundial. O objetivo dos alemães para a Bodenplatte era conquistar a superioridade aérea durante a contra-ofensiva nas Ardenas, permitindo que as tropas do exército alemão e da Waffen-SS pudessem avançar novamente com segurança. A operação foi planejada para 16 de dezembro de 1944 mas foi atrasada até o ano novo devido a más condições do tempo.^[9]

Operação Bodenplatte
Batalha das Ardenas, Segunda Guerra Mundial
Um Focke-Wulf Fw 190A alemão sendo derrubado por um caça da força aérea norte-americana.
Data	1 de janeiro de 1945
Local	Bélgica, Países Baixos e França
Desfecho	Operação fracassou[1][2] Vitória pírrica alemã e um sucesso tático[3][4][5] Esgotamento alemão[6][7]
Beligerantes
Reino Unido Estados Unidos Canadá  Nova Zelândia Polônia[8] Alemanha Nazista
Comandantes
Arthur Coningham Jimmy Doolittle Hoyt Vandenberg Werner Kreipe Joseph Schmid Dietrich Peltz Karl Hentschel Gotthard Handrick
Forças
2ª Força Aérea Oitava Força Aérea Nona Força Aérea II Jagdkorps 3º Jagddivision 5º Jagddivision
Baixas
+/- 465 aviões perdidos (destruidos ou danificados) 277 aviões derrubados 143 pilotos mortos ou desaparecidos, 70 capturados e 21 feridos

O segredo da operação foi tamanha que algumas unidades das forças alemãs no solo e no mar não foram avisadas sobre ela e houve perdas sofridas por fogo amigo. Sinais de inteligência britânicos (ULTRA) relataram a movimentação anormal de homens e máquinas na Alemanha mas eles não anteciparam as proporções da operação.

A operação conseguiu pegar os Aliados de surpresa e conquistou algum sucesso mas no geral o resultado foi um fracasso para os alemães. Muitas aeronaves Aliadas foram destruídas no solo e outras mais no ar, contudo essas perdas podiam ser substituídas com facilidade e rapidez. Os Aliados perderam poucos pilotos, já que a maioria de seus aviões destruídos no solo não estavam com os pilotos a bordo. Ao mesmo tempo, a perda de aviadores de caça alemães foi catastrófica, já que tais pilotos não podiam ser substituídos.^[6] Análises feitas após a batalha sugerem que um-terço (11 de 34) das formações alemãs conseguiram chegar aos alvos a tempo de surpreender o inimigo.^[10] A operação falhou em seus objetivos de dar a superioridade aérea aos nazistas, mesmo que temporariamente, e o exército alemão continuou exposto a aviação Aliada. A Bodenplatte foi a última grande ofensiva montada pela Luftwaffe durante a guerra. A força aérea alemã não conseguiu se recuperar de suas perdas e exauriu suas últimas reservas de pilotos e máquinas nesta operação.^[11][12]

Fotografias da Operação

• 
  Um P-47 americano destruído no campo aéreo Y-34 Metz-Frescaty.
• 
  Um Fw 190 alemão derrubado pelos Aliados.
• 
  Um avião da RAF em chamas após ser atingido por bombas alemãs.

Referências

1. Girbig 1975, p. 73.
2. Prien & Stemmer 2002, p. 349.
3. Franks 1994, pp. 163–165.
4. Zaloga 2004, p. 61.
5. Girbig 1975, p. 114.
6. Cladwell 2007, p. 262.
7. Girbig 1975, p. 12.
8. Peszke 1980, p. 134
9. Girbig 1975, p. 74.
10. Caldwell 2007, p. 262.
11. Caldwell, 1991, p. 311–312
12. Franks 1994, no page (inside cover)