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Partido Socialista Brasileiro (1985)

partido político no Brasil Da Wikipédia, a enciclopédia livre

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O Partido Socialista Brasileiro (PSB) é um partido político brasileiro de centro-esquerda fundado em 1985 e registrado oficialmente em 1988.[1][4] Foi criado por um grupo político que reivindicou a legenda e sigla do antigo PSB. O partido utiliza como símbolo um pombo da paz[4] e suas cores são vermelho, amarelo e branco.[14] Com 652.278 filiados em abril de 2025, é o décimo maior do país, localizados em São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais os estados com mais membros.[6]

Factos rápidos Página oficial ...
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O partido teve membros ocupando importantes postos nos governos dos presidentes Itamar Franco, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.[4] Colocou-se como oposição aos governos de Fernando Collor, Michel Temer (interino) e Jair Bolsonaro, em determinados momentos, também aos governos de Fernando Henrique Cardoso e Dilma 2.[4] Atualmente, tem filiados no alto escalão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, como o vice-presidente Geraldo Alckmin.

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História

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Perspectiva

No início de 1985, com a redemocratização, foi fundado um novo Partido Socialista Brasileiro, resgatando o mesmo programa e manifesto apresentados em 1947, por João Mangabeira.

Entre os signatários do partido, estavam os juristas Evandro Lins e Silva, Evaristo de Morais Filho e o escritor Rubem Braga. Para presidir a primeira comissão provisória foi escolhido o linguista Antônio Houaiss, que no ano seguinte deixou a presidência do partido para o senador Jamil Haddad. A secretaria geral ficou com Roberto Amaral (ex-PCBR).

O novo PSB nasceu buscando conquistar espaços em um eleitorado de esquerda já integrado a outros partidos (como o PT e o PDT). Em 1986, apesar da intensa mobilização, o PSB elegeu apenas uma deputada para a Constituinte. Mas dois anos depois, rompido com Leonel Brizola, o prefeito do Rio de Janeiro, Saturnino Braga deixou o PDT para retornar ao PSB, sua antiga agremiação. Em 1988, Arthur Virgílio Neto é eleito prefeito de Manaus pela legenda. Mais tarde, trocaria o PSB pelo PSDB.

Em 1989, o PSB coligou-se ao PT e ao PCdoB para formar a "Frente Brasil Popular", que lançou a primeira candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência. O PSB indicou, então, a vaga para vice, com o senador gaúcho José Paulo Bisol (ex-PMDB e PSDB).

Era Arraes

No início de 1990, após desligar-se do PMDB, o governador de Pernambuco, Miguel Arraes, anunciou sua adesão ao PSB. Candidato a deputado federal no mesmo ano, Arraes foi o mais votado do país e levou consigo mais 4 parlamentares.

Em 1992, elegeu prefeitos nas seguintes capitais: São Luís (com Conceição Andrade), Natal (Aldo Tinôco) e Maceió (com Ronaldo Lessa). Além de ganhar em outras cidades.

Situando-se entre Brizola e Lula, Arraes buscou no PSB a afirmação de sua liderança em nível nacional, consolidada em 1993, quando foi eleito presidente do partido, e no ano seguinte, quando assegurou o apoio do partido à candidatura de Lula (rompendo com o governo Itamar Franco e retirando seu ministro da Saúde, Jamil Haddad). No auge de sua popularidade, Arraes obteve 54% dos votos para o governo de Pernambuco (coligação PSB-PT-PPS-PDT) e foi eleito já no primeiro turno.

Além de Arraes, o PSB também conquistou em 1994 o governo do Amapá, com João Capiberibe, e uma vaga para o Senado no Pará, com Ademir Andrade.

O crescimento eleitoral do PSB intensificou as adesões nos anos seguintes. Em 1995, filiou-se o senador Antônio Carlos Valadares, de Sergipe, e em 1997 a ex-prefeita de São Paulo, Luiza Erundina (rompida com o PT). No entanto, o partido vetou a entrada de Ciro Gomes (ex-PSDB), o que facilitou uma nova aliança nacional com o PT, apoiando novamente Lula para a presidência em 1998.

No entanto, além da derrota de Lula, Miguel Arraes não teve sucesso em sua campanha pela reeleição em Pernambuco, sendo derrotado pelo PMDB de Jarbas Vasconcelos. A perda foi compensada, em parte, pela eleição de Ronaldo Lessa como governador de Alagoas e pela volta de Saturnino Braga ao Senado, representando o estado do Rio de Janeiro.

Triênio de Garotinho

Em 2000, o PSB aceitou a filiação do governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, recém-saído do PDT após entrar em choque com Leonel Brizola.[15][16] Alguns setores do partido, porém, temiam que que acontecesse o mesmo que aconteceu nos anos 1950, durante a aproximação com o janismo.

A adesão do governador fluminense acarretou a desfiliação do senador Saturnino Braga[17] e do prefeito de Belo Horizonte, Célio de Castro. Ambos seguiram em direção ao PT.

Em 2002, Garotinho foi lançado candidato a presidente pelo PSB, com apoio dos pequenos PGT e PTC. Com uma plataforma populista e assistencialista, Garotinho obteve 15 milhões de votos (17,9%) em sua candidatura presidencial, ficando em terceiro lugar na disputa.[18] Também mostrou sua força no próprio estado, ao eleger sua esposa, Rosinha Garotinho como governadora.[19][20]

O partido também foi favorecido nacionalmente, elevando sua bancada para 22 parlamentares, e conquistando, além do Rio de Janeiro, os governos estaduais de Alagoas (Ronaldo Lessa, reeleito), Espírito Santo (Paulo Hartung) e Rio Grande do Norte (Wilma de Faria). No segundo turno da eleição presidencial, o PSB apoiou Lula, o que permitiu ao partido participar do governo, com a pasta da Ciência e Tecnologia (com Roberto Amaral).

O inevitável choque entre Garotinho (com sua pretensão de candidatar-se novamente em 2006) e o presidente Lula ampliou o crescente atrito entre o ex-governador e o partido, que só foi resolvido em agosto de 2003, quando a Direção Nacional do PSB realizou um recadastramento e a ficha de Garotinho não foi aceita pelo partido e significou a saída da governadora Rosinha Garotinho, sua esposa e doze deputados federais.

Retorno do grupo de Arraes

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Reunião dos 60 anos do PSB, em 2006

A saída de Garotinho permitiu ao grupo político fiel a Miguel Arraes reassumir o prestígio perdido em 1998. No governo, Roberto Amaral foi substituído pelo deputado Eduardo Campos, neto e herdeiro político de Arraes (que morreria em agosto de 2014).

Fiel aliado ao governo Lula, o PSB ampliou suas filiações (chegando a 29 deputados federais) e também compensou a perda de dois governadores (Paulo Hartung, para o PMDB; e Ronaldo Lessa, para o PDT), ambos em choque com Arraes, com a filiação do ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes (ex-PPS) e da senadora Patrícia Saboya.

Em 2006, o PSB anunciou apoio informal (sem coligação) à reeleição de Lula à presidência.

Em 2010, numa grande estratégia política que se provou vantajosa ao partido, a candidatura de Ciro Gomes foi deixada de lado em apoio a então ministra Dilma Rousseff. Em troca, o PT abriu mão da cabeça de chapa em diversos estados do Norte, do Nordeste e do Espírito Santo para apoiar os socialistas. O resultado foi que se tornou o segundo partido em número de governos estaduais, atrás apenas do PSDB. Em 2012, buscou um certo distanciamento de seus aliados tradicionais nas capitais, principalmente do PT, o que o ajudou a atingir o maior número de capitais e um aumento expressivo no número de prefeituras (de 310 em 2008 para 434 no primeiro turno de 2012). A candidatura do ex-presidente da sigla, Eduardo Campos, à Presidência da República nas eleições de 2014 foi anunciada pelo PSB em 14 de abril de 2014.[21]

Em 13 de agosto de 2014, o candidato a presidência Eduardo Campos morreu em um acidente aéreo com um avião particular de campanha, na cidade de Santos, litoral de São Paulo.[22]

Em 2014 também, o PSB negociou um processo de fusão (ou incorporação) com o Partido Popular Socialista (PPS), com possibilidades de participação do Partido Humanista da Solidariedade (PHS) e do Partido Ecológico Nacional (PEN), dentre outros.[23][24] Tal processo não se concretizou.

Já fazendo parte da oposição ao governo Bolsonaro, em 2021 o PSB participou de negociações para aprovar uma federação partidária com PT, PCdoB e PV. Em 2022 o partido anunciou que não participaria da federação, porém daria apoio a candidatura de Lula nas eleições.[25] Assim, indicou o recém filiado Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo pelo PSDB, como candidato a vice-presidente na chapa de Lula, vencendo a Eleição presidencial no Brasil em 2022.

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Ideologia

O PSB é um partido de cento-esquerda de orientação reformista, apoiador da social-democracia,[26][27] do progressismo,[28] do federalismo[29] e do parlamentarismo.[29]

Além de sociais-democratas, o PSB agremia defensores do "socialismo criativo", ideologia que visa abordar a economia criativa sob uma perspectiva socialista de mercado,[29][30][31] deduzindo que o desenvolvimento nacional é alcançável por meio de um robusto investimento estatal em setores relacionados à criatividade como, por exemplo, ciência, cultura e tecnologia.[32]

Como minoria, a sigla ainda conta com sociais-liberais,[33][34] sendo que, de acordo com o politólogo brasilianista Scott Mainwaring, o PSB é um misto de partido pega-tudo e partido de massas.[35]

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Organização

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Vice-presidente

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Parlamentares federais

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Governadores

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Congresso Nacional do PSB

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Número de filiados

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Desempenho eleitoral

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Perspectiva
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Os números das bancadas representam o início de cada legislatura, desconsiderando, por exemplo, parlamentares que tenham mudado de partido posteriormente.

Eleições estaduais

Mais informação UF, Candidatos(as) a Governador(a) e a Vice ...
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Eleições presidenciais

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Notas

  1. Anteriormente segundo vice-presidente, porém após desfiliação do titular Paulo Câmara virou primeiro vice-presidente.

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