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Pinhais
município brasileiro do estado do Paraná Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Pinhais é um município brasileiro do estado do Paraná, localizando-se na Região Metropolitana de Curitiba. Tornou-se oficialmente um município em 1992, quando emancipou-se do município de Piraquara. Sua população é de 127,019 habitantes, conforme dados do IBGE[6] de 2024.[3]
A Cidade se destaca tanto no cenário estadual quanto nacional. De acordo com o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) de 2025, o município alcançou a 55ª posição no ranking nacional e a 14ª no estadual, evidenciando avanços significativos em áreas como emprego, saúde e educação. No que diz respeito ao Produto Interno Bruto (PIB), Pinhais mantém-se entre as principais economias do Paraná. Segundo dados de 2021, o município ocupa a 8 posição no estado, com um PIB nominal de R$ 7,96 bilhões .Em termos de desenvolvimento humano, Pinhais apresenta um Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de 0,751, conforme dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) de 2010, posicionando-se entre os municípios com alto desenvolvimento humano no Paraná .
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Etimologia e símbolos culturais
- Ver também: Pinheiro-do-paraná e Gralha-azul
O termo "Pinhais" provém da palavra pinus, porque durante seus primeiros anos, a região abrangia uma grande quantidade de pinheiros. A palavra 'pinha', descende do latim e significa pinus, como é chamado os pinheiros. Durante o início da povoação, Pinhais abrangia uma enorme quantidade de Pinheiros-do-Paraná (Araucaria angustifolia), árvore símbolo do estado paranaense. As criaturas responsáveis pela disseminação, ou seja, da plantação destas árvores são as gralhas-azuis, que ao alimentarem-se de pinhões acabam por semear a semente. A gralha-azul tornou-se um símbolo municipal sendo até mesmo citada no hino municipal de Pinhais.[7] As araucárias foram empregadas na bandeira e no brasão do município.
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História
Resumir
Perspectiva
Por sua proximidade com Curitiba, o território do atual município de Pinhais acompanhou o correr dos fatos, durante a ocupação e desenvolvimento do planalto curitibano, tendo como centro a capital paranaense. Foi importante a construção da Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá, cortando a região na direção leste. Nas imediações de onde se situa a empresa Brasholanda, havia uma Indústria cerâmica, de propriedade da família de Joaquim Torres. A empresa foi adquirida, em meados de 1920, sob hipoteca, por Guilherme Weiss, que aperfeiçoou a técnica de produção. O conde Humberto Scarpa, genro de Guilherme Weiss, herdou a cerâmica, mantendo a produção até 1960. Mais tarde, organizou a imobiliária Rui Itiberê da Cunha, parcelando e pondo à venda as áreas de Weissópolis, Vargem Grande, Vila Esplanada e Vila Tarumã.
A história recente do município de Pinhais, liga-se com a história da ocupação urbana de Curitiba. Tendo como referência as políticas desenvolvimentistas adotadas no Brasil, em meados da década de 1950 em diante, o norte do Paraná foi cenário da expansão agrícola, inicialmente com o plantio de cafezais. O estímulo à agricultura graneleira (soja, trigo, milho e algodão), expandiu vertiginosamente a ocupação de terras no Estado, especialmente no norte novo e sudoeste, nas décadas de 1960 e 1970, consolidando o Paraná como o "Celeiro do Brasil".
Esta agricultura expansiva, aliada à pecuária de corte, assentou-se na lavoura mecanizada, na formação de latifúndios, dispensando a mão-de-obra. Os trabalhadores rurais e mais os pequenos camponeses, expulsos do campo, viram-se na contingência de procurar a cidade, sempre num movimento da pequena para a média, e das médias cidades para os grandes centros urbanos.
Assim o município de Curitiba foi recebendo contingentes populacionais do interior do Estado, assim como de Santa Catarina, nestas últimas três décadas. Vinham atrás de empregos e outras oportunidades oferecidas pela grande cidade. Aliado a esses fenômenos, o controle do uso do solo urbano, desenvolvido pelo município de Curitiba, foi elevando o custo da terra, centrifugando a população de menor renda para a periferia, cada vez mais distante. Este processo de periferização atingiu as áreas limítrofes dos municípios vizinhos ao da capital, incluindo aí o atual município de Pinhais. Atualmente Pinhais constitui-se em um dos mais industrializados municípios do Estado.
Pela Lei Estadual nº 4.966, de 19 de novembro de 1964, sancionada pelo governador Ney Aminthas de Barros Braga, foi criado o distrito administrativo de Pinhais e em 18 de março de 1992, através da Lei Estadual nº 9.906, assinada pelo governador Roberto Requião de Mello e Silva, o distrito foi elevado à categoria de município emancipado, cuja instalação deu-se em 1 de janeiro de 1993.
Estação ferroviária

A construção da Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá em 1885 influenciou na formação de um pequeno povoado nas redondezas da estação de trem na região atualmente conhecida como Pinhais. Com base nos registros da Segunda Lei de Terras do Paraná, é possível trabalhar com a hipótese de que a Estação Ferroviária de Pinhais tenha surgido para o tráfego do centro produtor de São José dos Pinhais, grande produtor de erva-mate, madeira e outras mercadorias. Esta teoria foi aceita pois a maioria dos registros sobre a Estação de Pinhais da época, faziam menção à estrada que dava acesso à São José dos Pinhais. A construção da ferrovia e a inauguração da Estação Ferroviária Pinhais impulsionou a construção de uma pequena comunidade onde ficaram estabelecidos os responsáveis pela manutenção da estrada-de-ferro. Nesta época, já estavam estabelecidos um grupo de proprietários de terras na região. Estes, desenvolviam atividades de plantio e criavam animais, tendo como centro de consumo, a capital paranaense, localizada próxima à região. Estas propriedades localizavam-se próximas ao Rio Palmital, Atuba e Iraí.
Indústria cerâmica

Além da estação, outro fator para a formação do povoado foi a inauguração de uma indústria de cerâmica, em meados do ano de 1885, logo após a construção da ferrovia e da estação. A princípio, a indústria cerâmica tinha como objetivo atender à região e arredores, como certos pontos em Curitiba, e também indústrias de tijolos e telhas. Por volta de 1912, Guilherme Weiss comprou a indústria da família Torres e deu início a um processo que transformou o estabelecimento em uma verdadeira potência. Com o novo proprietário, a indústria passou a importar novos maquinários e ampliou drasticamente a capacidade de produção. Quando estes novos equipamentos chegaram à indústria cerâmica foi necessário obter mão-de-obra especializada. A indústria tornou-se uma grande potência e foi necessário construir residências para os operários, formando uma pequena vila. Algumas famílias foram convidadas pelo próprio Guilherme Weiss, como a família Chalcoski, Kropzak e Pontella, que anteriormente trabalhavam na olaria dos irmãos Hauer, em Curitiba. Nesta época, outras famílias passaram a trabalhar na indústria, na fabricação de telhas e tijolos ou mesmo na extração de barro. Na pequena vila onde residiam os operários, localizavam-se também barracões e armazéns responsáveis pelo abastecimento de cereais e outros gêneros alimentícios. Guilherme Weiss veio a falecer em meados da década de 1930, fazendo com que o seu genro, Humberto Scarpa, assumisse a direção da indústria. A herança que Weiss deixou para Scarpa incluía a própria fábrica e suas terras, localizadas na região. Em meados da década de 1960, Scarpa desativou a indústria e iniciou um processo de loteamento, dando origem a muitos bairros que atualmente integram-se à Pinhais.
Indústria de cimento
Ainda no início da década de 1930, um grupo de empreendedores decidiu construir uma grande indústria de cimento na região, conhecida como Indústria de Cimento Portland Paraná. A escolha da região para estabelecer a indústria ocorreu devido à proximidade com Curitiba. A compra da área ocorreu oficialmente no início da década de 1930, sendo que em meados de 1933 começou a construção da estrutura da fábrica, juntamente das 33 casas para os operários. A indústria comprou equipamentos avançados importados da indústria europeia. Anos após 1945, foram trazidos os maquinários importados, via ferrovia que ligava Paranaguá com Curitiba. Durante este período (1930-1945), o Brasil passou a repensar o seu posicionamento de país agroexportador. Esta época foi caracterizada pela grande preocupação com a urgente implantação de uma indústria base (siderurgia, cimento, entre outros) que sustentasse a posterior formação de um parque industrial no país, independente do fornecimento da indústria estrangeira. Durante este período, os países responsáveis pelo fornecimento de trabalhos industriais ao Brasil, estavam travando a Segunda Guerra Mundial. Foi que o Brasil iniciou suas ideias de industrialização, interrompendo as importações de países estrangeiros industrializados, o que fortaleceu as indústrias de base. Embora, por motivos incertos, a indústria de cimento não chegou a iniciar as atividades de produção.
Mudanças territoriais
As delimitações de Curitiba estendiam-se, ocupando quase toda a extensão territorial da Região Metropolitana. Estas grandes e vastas terras continuaram pertencendo à capital até meados do século XIX, quando foram criados novos municípios. A área de Pinhais pertenceu também à capital, até o final do século XIX. No ano de 1890, uma parte de terras de Curitiba, inclusive Pinhais, ficou desmembrada, passando a ser propriedade do Município de Colombo, o que pode ser comprovado de acordo com o decreto nº71 de 31 de Janeiro de 1890, que fixou os limites do novo município. Durante este período (por volta de 1932), o Paraná estava sendo administrado pelo interventor Manuel Ribas, que promoveu mudanças no estado, inclusive as delimitações geográficas de vários municípios. Pinhais, que era propriedade de Colombo, passou a pertencer à Piraquara, sendo que Colombo voltou a pertencer aos limites de Curitiba. O decreto nº2505 de 27 de Outubro de 1932 fixou oficialmente o território de Pinhais à Piraquara. A partir da década de 1960, com o crescimento do povoado na região, a comunidade começou a reivindicar a instalação de serviços públicos locais. Alguns "pinhaienses" (como eram chamados) passaram a ingressar na ordem política de Piraquara, e devido à importância da região, Pinhais foi promovido à categoria de distrito em 21 de novembro de 1964. Na década de 1970 e 1980, o distrito abrangia uma enorme quantidade de pessoas, implicando demandas em vários setores. Para implantar a infraestrutura que suprisse as necessidades da população era necessário a organização e o gerenciamento de um poder público local. Consequentemente, no final do ano de 1991, foi realizado um plebiscito para ser verificado o interesse da população de Pinhais pela implantação de um Poder executivo e legislativo local. Esta consulta conteve um alto índice de aprovação, cerca de 20.456 votos de um total de 23.310 pessoas participantes, o que equivale a 87% de aprovação.
Pinhais torna-se município
O deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Aníbal Khury, determinou a criação do município de Pinhais, desmembrando-se de Piraquara. Pinhais tornou-se município oficialmente em 20 de Março de 1992, o que até atualmente, é data festiva do calendário pinhaiense[9]. Em 1993, com o estabelecimento do Poder público local, o Poder Executivo passou a estabelecer metas de desenvolvimento para o município através das suas secretarias. Muitas questões e assuntos como saúde, educação, esporte, cultura, entre outros, foram discutidas em grupo.
Em 2016, no Ranking Nacional da Transparência avaliado pelo Ministério Público Federal – MPF, Pinhais ficou entre as poucas cidades que conseguiram alcançar a nota máxima.[10]
Desde sua emancipação, Pinhais teve os seguintes prefeitos:
- João Batista Costa: 1993—1996
- Siegfrield Zico Böving: 1997—2000
- Luis Cassiano de Castro Fernandes: 2001—2004, 2005—2006 (renunciou para concorrer a deputado estadual)
- Mário Bonaldo: 2006—2008
- Luiz Goularte Alves: 2009—2012, 2013—2016
- Marly Paulino Fagundes[11]: 2017—2020, 2021—2022 (renunciou para concorrer a deputada estadual)
- Rosa Maria de Jesus Colombo[12]: 2022—2024
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Características geográficas
Extensão territorial e municípios limítrofes
O Município de Pinhais é o menor município do Paraná, com cerca de 61,007 quilômetros quadrados.[13] Está localizado a 893 metros de altitude, e é considerado um local plano com algumas suaves inclinações, como no bairro Vila Amélia e nas proximidades do Centro e Jardim Pedro Demeterco. Cerca de 1/3 de seu território encontra-se nas proximidades da Área de Proteção Ambiental do Iraí, enganosamente considerado propriedade do Município de Piraquara. Pinhais pertence à Região Metropolitana de Curitiba e limita-se com Curitiba, Colombo, Piraquara, São José dos Pinhais e Quatro Barras. Durante os primeiros anos após o início de povoação (séculos XIX e XX), Pinhais abrangia uma enorme quantidade de Araucárias (Araucaria angustifolia), fator que influenciou na nomeação do local. Junto com as araucárias, a fauna da região contava com a presença de gralhas-azuis que ajudam na proliferação e disseminação da espécie de árvore.
Bairros
Oficialmente, o município é formado por 15 bairros:
Relevo
O Município de Pinhais encontra-se no primeiro planalto paranaense a 893 metros de altitude acima do nível do mar. Com cerca de 61,007 quilômetros quadrados de extensão, Pinhais é considerado um local plano e com suaves inclinações e montes. Em sua superfície, encontram-se argila e areia depositadas ao longo dos rios e nos arredores da cidade, chamada de Formação Guabirotuba ou Bacia de Curitiba, estendida desde a escarpa de São Luis do Purunã até Quatro Barras. As principais características geomorfológicas localizadas nesta região, são as planícies de várzeas ou de inundações, com depósitos sedimentares pouco entalhados e freqüentes terrenos alagadiços, intercalados com um relevo de vertentes suaves em algumas áreas.
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