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Regeneración (periódico)
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Regeneración foi um periódico mexicano ligado a ideais revolucionários e anarquistas, que teve sua primeira publicação feita no dia 7 de agosto de 1900.[1][2] O periódico contou com a liderança de Ricardo Flores Magón, além da influente participação de outros editores, tais como Jesús Flores Magon e Enrique Flores Magón, irmãos de Ricardo Flores, e Librado Rivera.[3][4]

A formação do Regeneración, na primeira década do século XX, possuía como principal objetivo fortalecer a oposição legalista contra a ditadura de Porfírio Díaz.[5] Seu desenvolvimento, no entanto, não se limitou ao combate do porfirismo, mas também incluiu uma análise crítica acerca da corrupção,[6] das prejudiciais intervenções estrangeiras no México[7] e da condição das classes proletárias e camponesas mexicanas,[8] levando em consideração complexos debates acerca da construção e hierarquia entre gêneros,[1] da moral humana[9] e da questão indígena.[10] A publicação e disseminação do periódico, além disso, se atrelam às vidas pessoais de Ricardo Magón, influenciando na criação da corrente do Magonismo,[11] e no próprio desenrolar da Revolução Mexicana, entre 1910 e 1920, dialogando com uma tradição de resistência liberal da sociedade mexicana, que percorreu o século XIX.[2]
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Liderança
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A principal liderança do periódico foi Cipriano Ricardo Flores Magón, conhecido como Ricardo Flores Magón, nasceu no dia 16 de setembro de 1873, na cidade de San Antonio Eloxochitlan.[12][13] Ricardo é filho de Teodoro Flores, rememorado como um indígena de origem asteca, e Margarita Magón Grajales,, de origem mestiça.[14] Ele é irmão de Jesús e Enrique Flores Magón, além de meio-irmão de Aniceto e Paula Flores.[15] Em 1893, teve sua primeira prisão por envolvimento em contestações à segunda reeleição de Porfírio[16] e, no mesmo ano, participou da produção do periódico El Demócrata, com fortes críticas às ações porfiristas.[17] No ano de 1900, já conhecedor de bases teóricas radicais, tais como as de Kropotkin e Bakunin,[18] funda, junto a aliados políticos, o periódico Regeneración, o qual o acompanha durante toda a sua jornada política.[19] Tal jornada, por sua vez, conta com diversos períodos de encarceramento, como entre maio de 1901 e abril de 1902;[20][21][22] outubro de 1905 e fevereiro de 1906;[23] agosto de 1907 e 1910;[24] junho de 1912 e janeiro de 1914;[3] e sua prisão final, em 1918.[25]

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História
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O termo regeneración se conceitua como parte de um arsenal teórico e metafórico preexistente no território mexicano: o conceito já tinha sido empregado em 1830, por Francisco Ibar; entre 1854 e 1855, se enquadrou no nome e repertório do periódico El Regenerador; além de pertencer à retórica atrelada à guerra entre mexicanos e estadunidenses, entre 1846 e 1848.[4] Apesar das diversas transformações do periódico e de seus ideais, vale destacar a forte posição de Ricardo Flores Magón acerca da centralidade da liberdade econômica em seus escritos, afinal, para ele, ela era condição indispensável, uma "mãe", para as demais liberdades.[26]
A história do periódico pode ser dividida em quatro fases, diretamente relacionadas com a situação dos irmãos Flores Magón:
Primeira fase (1900-1901)
A primeira edição do periódico Regeneración, encabeçada pelos três irmãos Flores Magón, contou com dezesseis pequenas páginas e nenhum material visual, além de um provocativo lema: "contra a má administração da justiça".[27] Esse lema inicial já indica a tendência seguida no primeiro ano de vida do periódico, ligada à crítica contra a degradação moral vista em Porfírio Díaz e representada pela corrupção no sistema jurídico[27], além de um já presente forte discurso anticlerical.[28] Nesse mesmo ano, em agosto, se forma, em San Luis Potosí, o Partido Liberal Mexicano (PLM), central para o desenvolvimento futuro do periódico.[21] Em sua última edição de 1900, o Regeneración tinha como lema a frase: "periódico independente de combate.[29]
Em outubro de 1900, o periódico e seus redatores foram perseguidos, resultando na prisão de Jesús e Ricardo Flores Magón sob alegação de difamação.[29][21] Esse acontecimento obrigou os integrantes do periódico a transferir o local de impressão para a Tipografía Vélez, em San Luis Potosí[29]. Ali, ocorreram publicações durante quatro meses, até seu fechamento, em 1901, dando origem à primeira interrupção da produção do periódico.[29]
Com publicações semanais, essa primeira fase contou com cinquenta e sete publicações e se encerrou em outubro de 1901, a partir de outra prisão dos irmãos Flores Magón, detidos na prisão de Belen.[20][29]
Segunda fase (1904-1905)
No dia 30 de abril de 1902, Ricardo e Jesús Flores Magón foram libertos do cárcere, porém, frente à forte opressão governamental, foram incapacitados de manter a produção do Regeneración em território mexicano, optando pelo exílio em San Antonio, nos Estados Unidos.[30] Mesmo fora do México, os irmãos mantiveram a ferrenha oposição contra Porfírio, em especial com a volta das publicações do periódico em 1904,[30] o qual, agora, não apenas se tornou a publicação oficial do PLM,[25] presidido nesse momento pelo próprio Ricardo Flores,[25] mas também apresentou transformações ideológicas, se afastando do liberalismo e alcançando maior proximidade com teorias anarquistas[30][25]. Apesar da fuga do país, a vigilância de autoridades porfiristas não cessou, levando a uma constante ameaça à segurança dos integrantes do periódico e a necessidade de restabelecimento do local de produção: após dezesseis edições, os redatores se mudam de San Antonio para Saint Louis, no estado de Missouri.[31]
Nesse momento, o jornal manteve solidariedade com demais periódicos mexicanos perseguidos pelo governo ao mesmo tempo que entrava em contato com a realidade social estadunidense, também relacionada à abertura para novos leitores do Regeneración.[30] Em outubro de 1905, no entanto, diante de pressões judiciais e de outro encarceramento de Ricardo Flores, junto a seu aliado, Juan Sarabia, o periódico foi forçado a mais uma interrupção de suas produções.[32]
A segunda fase do periódico, de novembro de 1904 até outubro de 1905, contou com quarenta e nove edições publicadas.[25]
Terceira fase (1906)
Após quatro meses suspenso, o periódico volta a ser publicado, ainda em território estrangeiro, em fevereiro de 1906,[32][25] com importantes influências de ideias radicais estadunidenses e adesão mais explícitas de aspectos sociais relacionados a noções críticas do acúmulo de propriedade de terra e à essencialidade da redução da jornada de trabalho.[33] Nesse momento, também, o periódico apoiou e incentivou a realização de violentas revoltas sociais em Cananea e em Rio Branco,[25] as quais foram desmanteladas pelo governo mexicano, e seguidas de uma intensificação na perseguição do periódico.[33] Essa situação ocasionou uma instabilidade nas ações do PLM, além do encarceramento de redatores, e, consequentemente, mais um encerramento das atividades do Regeneración,[33] dando lugar à produção de um novo periódico, chamado Revolución, o qual, como o nome já indica, contou com uma ainda maior radicalização em suas publicações.[33]
A terceira fase do periódico, de fevereiro a agosto de 1906, contou com somente treze publicações.[25]
Quarta fase (1910-1918)

A quarta e última fase do Regeneración se inicia em setembro de 1910, ano de início da Revolução Mexicana.[25][34] Com a edição realizada em Los Angeles, Califórnia,[25] o periódico, agora bilíngue (textos com versão em espanhol e inglês),[25] se mostrou abertamente como revolucionáriocom o anseio de uma libertação do povo mexicano não por uma mera mudança de governo, mas sim a partir da apropriação e distribuição das riquezas do país e do autogoverno popular,[34] adentrando, com isso, em uma rede mundial de publicações anarquistas.[34][25] O jornal, inclusive, dialoga com o contexto internacional, em especial com a revolução soviética, e passa a defender uma inevitabilidade da tomada de poder pela classe proletária, a qual ultrapassaria inclusive as fronteiras nacionais.[35]
Apesar do período revolucionário mexicano, as publicações magonistas abdicavam da disputa de poder e da formação de um exército próprio, crendo na agência dos próprios trabalhadores[36] e na insatisfação dos militares, que, em sua visão, eram infelizes pela ausência de liberdade que tinham e pela insatisfação com seus superiores.[37]
O fim da trajetória do Regeneración aconteceu com a prisão de Ricardo Flores Magón no dia 21 de março de 1918,[25][37] condenado a vinte anos de encarceramento em Leavensworth, no Kansas.[37] Ricardo possuía o desejo de manter a publicação do periódico após libertação,[38] porém o revolucionário morreu quatro anos depois de sua prisão, dentro do cárcere estadunidense, adoecido e praticamente cego.[37] O periódico contou com sua última edição, a edição ducentésima sexagésima segunda, no dia 16 de março de 1918.[25]
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Luta das mulheres
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Perspectiva
A experiência de mulheres na resistência mexicana no início do século XX é comumente invisibilizada sob justificativa de que, fechadas na esfera doméstica, pouco poderiam contribuir para a luta política.[39] Esse discurso, no entanto, desconsidera as essenciais atuações diretas e indiretas de mulheres, tanto de forma individual quanto organizadas, as quais são evidentes no papel desempenhado na sustentação do Regeneración.[40] Esse papel pode incluir não apenas sua presença feminina na redação de determinadas edições, mas também a promoção, distribuição e venda do periódico, inclusive diante do perigo da ilegalidade;[41] a organização de eventos;[42] a defesa de presos políticos;[43] a entrega clandestina de cartas para a organização política de revoltosos;[44] o auxílio no tráfico de armas e munições;[44] e a participação em guerrilhas como soldadas.[44] Tal presença, por sua vez, exigia a capacidade de combinar o ativismo político e revolucionário com as exigências de gênero do período, as quais buscavam repelir as mulheres do espaço público.[45]
Essas mulheres, agentes do processo revolucionário e contestadoras das concepções de gênero de sua época, não se autodenominavam feministas, visto que o termo, em sua época, era comumente atrelado à busca, muitas vezes insuficientemente crítica, do sufrágio feminino, este, considerado, para grande parte das revolucionárias, uma demanda atrelada aos marcos políticos burgueses, ou seja, limitante aos ambiciosos anseios de mudança social.[46]

Vale destacar, ainda, que apesar do espaço de voz oferecida pelo Regeneración, as pretensões dessas mulheres nem sempre eram compreendidas na totalidade pelo público militante masculino, o qual, por vezes, entendiam a "liberdade das mulheres" como intrínseca à liberdade da classe trabalhadora, ou seja, como uma natural consequência futura, logo, como um debate de menor importância.[48]
Entre os nomes de figuras femininas que ativamente contribuíram para a existência e disseminação do Regeneración, e consequentemente do apoio à Revolução Mexicana, é possível citar:[1]
- Aurelia Jane Corker
- Basilisa Franco de Palomares
- Cornelia Alanís
- Elizabeth Cerda
- Felicitas Andonaegui
- Francisca J. Mendoza
- Guadalupe Alarcón
- Josefina Arjona de Pinelo
- Librada Hermenegilda de Ávil
- Lucía Alderete
- Lucia Norman Guidera
- Margarita Acosta
- Margarita Ortega
- María Brousse
- Modesta Abascal
- Paula Carmona
- Rafaela Alor
- Rose Bernstein
- Sofía Bretón
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Legado
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Apesar da desintegração do Partido Liberal Mexicano e a interrupção na impressão do Regeneración, em 1918, impactadas pela prisão e morte de Ricardo Flores Magón, os ideais por ele promovido não deixaram de influenciar a política mexicana, em especial em ideologias de esquerda.[49] A figura magonista, inclusive, foi, décadas depois, vigorosamente ressuscitada em diversas agendas políticas, que incluem tanto lutas armadas quanto invasões de terra e lutas estudantis.[50] Seu nome, além disso, foi retomado em disputas políticas na década de 1940, em uma resistência contra o despotismo de presidentes, tidos como integrantes de um "neoporfirismo",[50] além da influência teórica em ataques realizados por trabalhadores independentes, como os operados , em 1942, por Mónico Rodriguez e Rubén Jaramillo, ambos influenciados pela obra Semilla libertaria, de Ricardo Flores Magón.[51]
Vale destacar, também, que Flores Magón teve forte influência na decisão de formação do Partido Comunista Mexicano (PCM), em 1917.[51] Esse partido contou com importante presença magonista após a morte de Flores, em especial nos dez primeiros anos do partido e apesar das divergências entre magonistas e comunistas.[51]
Seu legado, com isso, se apresenta como contraditório[50] e interpretado a depender do contexto e interesse político daqueles que se consideram herdeiros de Ricardo Flores Magón.[11]
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Referências
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