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Partido Social-Democrata da Alemanha

partido político alemão Da Wikipédia, a enciclopédia livre

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O Partido Social-Democrata da Alemanha (em alemão: Sozialdemokratische Partei Deutschlands, SPD) é um partido político alemão. O SPD é um dos partidos dominadores da cena política alemã, tem uma história centenária. É o segundo partido alemão mais antigo ainda em funcionamento, tendo completado em 2015 cento e quarenta anos de existência, sendo fundado em 1875 como a fusão da ADAV (fundada em 1863) e SDAP (fundada em 1869). Foi um dos primeiros partidos de influência marxista do mundo e como um dos primeiros partidos Social-Democrata do mundo.

Factos rápidos Presidente, Secretário-geral ...

Nas eleições de 1912 ganhou a pluralidade dos votos pela primeira vez na história. Durante a Primeira Guerra Mundial o partido foi divido entre uma corrente pró-guerra e o Partido Social Democrata Independente, anti-guerra, do qual alguns membros formaram o Partido Comunista da Alemanha (KPD). Após a guerra, o SPD desempenhou um papel central na Revolução Alemã de 1918-1919 e foi responsável pela fundação da República de Weimar.

Foi impiedosamente perseguido durante o Terceiro Reich (1933-1945) e na antiga Alemanha Oriental foi obrigado pelas forças de ocupação soviéticas a se fundir com seus rivais, os comunistas do KPD, para formar o Partido Socialista Unificado da Alemanha (SED). Na Alemanha Ocidental o SPD se tornou um dos dois grandes partidos, juntamente com o seu maior rival CDU/CSU, o partido democrata-cristão alemão. Em 1959 o partido assinou o Programa de Godesberg que abandonou o seu compromisso com o marxismo, tornando-se um grande partido de centro-esquerda. É filiado à Aliança Progressista. Eleitoralmente forte junto à população alemã de confissão luterana e nas regiões norte e leste da Alemanha.

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História

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Inícios

Oficialmente, nasceu no ano de 1875, sob o nome de Partido Socialista dos Trabalhadores da Alemanha (em alemão: Sozialistische Arbeiterpartei Deutschlands, SAP). Contudo, devido ao facto de resultar da fusão de duas organizações, a sua história pode recuar alguns anos.

Em 1863 emergia na Alemanha a social-democracia. Nesse ano, Ferdinand Lassalle (1825-1864)[2] fundava o Allgemeiner Deutscher Arbeiterverein (ADAV, Associação Geral dos Trabalhadores Alemães), em Leipzig.

A 7 de agosto de 1869, August Bebel e Wilhelm Liebknecht fundaram o SDAP (Partido Operário Social-Democrata), em Eisenach, com a meta de abolir o Estado de classes e implantar um "Estado livre popular".

Em 1875, estes dois grupos, ADAV e SDAP, viriam a juntar-se, formando o Partido Socialista dos Trabalhadores da Alemanha (em alemão: Sozialistische Arbeiterpartei Deutschlands, SAP).

Em 1890, o partido transformou-se para Partido Social Democrata da Alemanha (SPD). Era um partido de orientação marxista, revolucionário, anticlerical e pacifista.[3] O partido viria a manter uma orientação marxista até final dos anos 50 do século XX.

Karl Marx era crítico às ideias de Lassalle que surgiam no programa de unificação dos partidos em 1875 durante o Congresso de Gotha (cujo principal autor foi o marxista Liebknecht), principalmente sobre a "lei de bronze do salário" e a subvenção estatal a que o partido se submetia; no mesmo ano, escreveu suas glosas marginais ao programa do partido,[4] no qual considerava um retrocesso recorrer a ideias, segundo ele, já ultrapassadas na teoria. Mesmo com suas diferenças ideológicas, Marx não foi contra a unificação dos partidos por considerar que "Cada passo do movimento real é mais importante que uma dúzia de programas". Sua Crítica ao Programa de Gotha só viria a público quinze anos mais tarde, ao ser publicada por Friedrich Engels em 1891 na Die Neue Zeit.

O ano de 1878 marcou o início de uma fase atribulada na vida das organizações políticas sociais-democratas. Otto von Bismarck, Chanceler da Alemanha, conservador, aproveita duas tentativas de assassinato contra o Guilherme II da Alemanha para eliminar adversários; na sequência destes atentados, faz aprovar diversas leis "anti-socialistas", apesar de nunca se ter provado qualquer ligação destes com os acontecimentos. Até 1890 a clandestinidade é o campo onde se movem os activistas partidários de esquerda.

Por essa altura, o SPD conseguira atrair a simpatia de um vasto número de apoiantes; nas eleições desse ano é o partido mais votado, com 19,7% dos votos; em 1912 esses números aumentam para os 34,8%. Entre esta data e os anos 30 o SPD estará ligado a importantes mudanças sócio-políticas no país. A 12 de novembro de 1918, o Governo revolucionário social democrata aprovou o direito de voto das mulheres; em Novembro desse mesmo ano um militante do partido, Friedrich Ebert, é eleito primeiro presidente da República de Weimar.

A ascensão dos nazis na Alemanha trouxe grandes perturbações; o SPD foi das únicas vozes que se levantou contra o totalitarismo hitleriano e sofreu as consequências dessa atitude. Muitos dos seus membros foram presos, torturados e mortos. Nos cerca de 12 anos compreendidos entre 1933 e 1945, a história do partido e da social-democracia caracterizou-se pela emigração, clandestinidade e resistência. Depois da guerra, o SPD surgiu com um papel de primeira grandeza na reconstrução do país e a sua linha de actuação, claramente oposta à dos comunistas, começa a esboçar o seu posicionamento futuro. À sua frente estão líderes de grande capacidade, marcantes na sua História; entre eles, destacam-se homens como Kurt Schumacher (o secretário-geral),[5] Egon Franke, Erich Ollenhauer, Fritz Heine.

Pós-guerra

Em 1946, a ruptura com o Leste foi inevitável após os comunistas, no Poder, terem ordenado a prisão de cerca de cinco mil membros do SPD. Outros militantes do partido acabaram por se juntar aos seus camaradas do Ocidente, onde participaram activamente no processo de criação e desenvolvimento da República Federal da Alemanha. Nas primeiras eleições para o Bundestag (o novo Parlamento da República), o SPD consegue 29,2 % dos votos; é o maior partido da oposição, exercendo essa função de forma construtiva.

A partir de 1959, depois de alguns anos em que a Alemanha viveu um período de grave agitação social (registando-se um importante levantamento operário em 1953), ao adoptar o chamado Programa Godesberg,[2] o partido "abre-se ao povo", dirigindo-se a uma camada mais vasta do eleitorado, incluindo grupos cristãos; a orientação socialista e socializante era posta de parte e a social-democracia era agora a palavra de ordem. O partido aceitou a economia de mercado, embora defendesse uma intervenção do Estado para manter a ordem e o bem-estar geral.

Em 1969, a política conservadora cristalizara. Pela primeira vez na história da República Federal, o SPD ganhou as eleições; Willy Brandt é nomeado chanceler, cargo que ocupará até 1974, altura em que é substituído pelo também social-democrata Helmut Schmidt. As políticas seguidas por estes dois chanceleres, num compromisso entre a economia de mercado e o Estado-providência, dinamizaram o país; a Alemanha modernizou-se e tornou-se um modelo seguido por outras nações.

De 1982 em diante, a Alemanha virou à direita. O SPD voltou à oposição e conheceu uma fase de relativo apagamento, emergindo algumas disputas e sucedendo-se os líderes. A reunificação da Alemanha após a queda do muro de Berlim em 1989 levou à fundação, a 7 de outubro (logo, ainda na ilegalidade), do Partido Social Democrata na moribunda República Democrática Alemã. A união dos partidos dos dois lados da Alemanha será entusiasticamente saudada por Willy Brandt e conduzida pelo novo líder Björn Engholm. Depois de vários anos em combate político contra os governos da União Democrata-Cristã (CDU) de Helmut Kohl, o SPD, com Gerhard Schröder, chegou ao Governo.

Ficou no poder de 1918 a 1920, de 1928 a 1930, de 1969 a 1982 e de 1998 a 2005. O actual presidente é Sigmar Gabriel.

Elegeu três presidentes da Alemanha: Friedrich Ebert (1919-1925), Gustav Heinemann (1969-1974) e Johannes Rau (1999-2004).

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