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Shōgun (minissérie)

minissérie norte-americana de 1980 Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Shōgun (minissérie)
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Shōgun é uma minissérie norte-americana adaptada do livro de mesmo nome de 1975, do autor James Clavell.[1][2][3][4] Foi produzida pela Paramount Television e transmitida nos Estados Unidos pela NBC durante cinco noites, entre 15 a 19 de setembro de 1980.[5][2][6][1] Foi escrita por Eric Bercovici, dirigida por Jerry London e teve como atores principais Richard Chamberlain, Toshiro Mifune e Yoko Shimada, além de um grande elenco de suporte.[5] O próprio James Clavell participou como produtor executivo. É até à data, a única produção televisiva norte-americana filmada inteiramente no Japão, com som adicional dos estúdios da Toho.[1]

Factos rápidos Informações gerais, Produção ...

A minissérie é vagamente baseada nas aventuras do navegador inglês William Adams, cuja jornada o levou ao Japão em 1600 e acabou por subir na hierarquia ao seviço do Xogum. Na história, o personagem chama-se John Blackthorne e seguimos com ele as transformações existentes e as intrigas políticas do Japão feudal, no início do Século XVII.[2][6][1][7]

A minisérie estreou em Portugal a 1 de março de 1983 na RTP1 e foi exibida todas as terças-feiras às 20h45.[8] O último episódio foi exibido na terça-feira, dia 17 de maio de 1983 às 21h10. Foi transmitida depois em 2003 no canal Sic Sempre Gold.[9][10]

A minisérie recebeu críticas positivas no geral e ganhou vários prémios como o Emmy do Primetime de melhor série limitada, Globo de Ouro de melhor série dramática e o Prémio Peabody em 1981.[5][2][3] Em 2024, a minissérie ganhou um remake transmitido pela FX.[3][7][11] O remake estreou em 27 de fevereiro de 2024 e foi exibido até 23 de abril do mesmo ano, totalizando 10 episódios.[12]

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Elenco

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Episódios

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Recepção

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Perspectiva

Shōgun foi produzida após o sucesso da minissérie de televisão Raízes, de 1977, transmitida pela ABC.[5] O sucesso de Raízes, bem como de Jesus of Nazareth (1977) proporcionou a realização de várias outras minisséries na década de 80. Shōgun, primeiramente transmitido em 1980, tornou-se também uma série altamente popular e permitiu assim continuar a onda das minisséries nos anos seguintes (como North and South e The Thorn Birds).[5][1]

A NBC teve das maiores audiências com a transmissão de Shōgun. A sua média de 26.3 pontos de acordo com os Nielsen Ratings foi a segunda mais alta na história televisiva após Raízes da ABC.[1] Em média, 32,9% das casas com televisão viram pelo menos parte da série. O sucesso da mesma catapultou a venda dos livros originais e da edição livro de bolso, tornando-se mesmo a edição mais vendida do tipo nos Estados Unidos, com a impressão de 2.1 milhões de cópias durante 1980 e fazendo aumentar o conhecimento sobre a cultura japonesa no país.[13] No documentário The Making of 'Shōgun' é dito que o aumento de restaurantes de comida japonesa nos Estados Unidos se deveu à minissérie (particularmente restaurantes de sushi). Foi também notado que, durante a semana em que foi transmitida, muitos restaurantes e cinemas viram um decréscimo de atividade. O documentário afirma que muitas pessoas ficaram em casa para assistir a Shōgun - algo sem precedente numa transmissão televisiva. Ter um leitor de vídeo em casa ainda não era comum e era dispendioso em 1980.

As personagens japonesas falam sempre japonês, excepto quando traduzindo para Blackthorne. A transmissão original não tinha legendas para o diálogo em japonês. Como a série foi feita pelo ponto de vista de Blackthorne, os produtores entenderam que «o que ele não entende, nós não devemos entender».

O website Rotten Tomatoes atribuiu à série uma crítica geral de 80%.[14]

Sexualidade e violência

Shōgun quebrou vários tabus e teve várias novidades para a televisão norte-americana:

  • Foi a primeira produção a ser permitida a palavra 'mijo' num diálogo e a ser efetivamente mostrado o ato de urinar. Como ato simbólico de obediência de Blackthorne à classe governante japonesa, que o pune por ter dito 'Eu mijo em ti e no teu país', Blackthorne é urinado por um samurai;[15][1]
  • No primeiro episódio, os companheiros do navio de Blackthorne foram suspensos numa rede de carga até uma cuba de água e molho de soja a ferver e um deles morre dessa forma, até Blackthorne prestar obediência à nobreza japonesa;
  • Um homem aparece decapitado no início do primeiro episódio, uma novidade à época para a televisão;
  • Homens aparecem usando fundoshi;
  • Mariko aparece nua numa cena na banheira e quando Blackthorne se reune com os seus companheiros, é visível o peito de uma mulher;
  • Shōgun é também notado pela sua abordagem e discussão sobre questões sexuais como pederastria e assuntos relativos ao suicídio ritualístico do seppuku.[1]

Recepção no Japão

A série não foi bem recebida no Japão, quando foi transmitida pela TV Asahi em 1981, uma vez que a imaginação dos acontecimentos ocorridos no início do século XVII pareceram desnecessários e triviais.[16] Muitos telespectadores japoneses já estavam habituados a séries históricas como os taiga dramas anuais da NHK, considerados mais fieis à História verdadeira que os acontecimentos ocorridos na minissérie.[16]

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Referências

  1. Mavis, Paul (15 de setembro de 2020). «'SHOGUN' (1980): NBC'S BLOCKBUSTER MINISERIES PREMIERED 40 YEARS AGO». drunktv.net. Consultado em 10 de fevereiro de 2022
  2. «Shogun». TVGuide.com. Consultado em 10 de fevereiro de 2022
  3. Coletti, Caio (3 de agosto de 2018). «"Shogun", minissérie clássica dos anos 1980, vai ganhar remake». entretenimento.uol. Consultado em 10 de fevereiro de 2022
  4. «Shōgun». goodreads.com. Consultado em 10 de fevereiro de 2022
  5. «The 25 best TV miniseries of all time». yardbarker.com. Consultado em 10 de fevereiro de 2022
  6. «SHOGUN». apaixonadosporhistória. Consultado em 10 de fevereiro de 2022
  7. Porter, Rick (30 de setembro de 2021). «FX's 'Shogun' Update Sets Full Cast». The Hollywood Reporter. Consultado em 10 de fevereiro de 2022
  8. Ruella Ramos, António. «Diário de Lisboa». casacomum.org. Consultado em 10 de fevereiro de 2022
  9. Teixeira, Clara (10 de maio de 2004). «SIC Sempre Gold pode dar lugar a canal de comédia no cabo». Público. Consultado em 10 de fevereiro de 2022
  10. Petski, Denise (30 de setembro de 2021). «'Shōgun': Anna Sawai Joins Hiroyuki Sanada & Cosmo Jarvis In FX Limited Series; Full Cast Set». yahoo.com. Consultado em 10 de fevereiro de 2022
  11. «Review: Dazzling 'Shogun' is the genuine TV epic you've been waiting for». USA TODAY (em inglês). Consultado em 28 de fevereiro de 2024
  12. Walters, Ray (1980). Paperback Talk. [S.l.]: New York Times (publicado em 10 de Dezembro de 1980). p. A47
  13. «Shogun (complete minisseries)». Rotten Tomatoes. Consultado em 10 de fevereiro de 2022
  14. Dir. Jerry London (2003). Shōgun. Los Angeles: Paramount Home Video. ISBN 978-0-7921-9332-6. OCLC 53026518
  15. Clements, Jonathan. The Dorama Encyclopedia: A Guide to Japanese TV Drama Since 1953. Berkeley, California: Stone Bridge Press. ISBN 1-880656-81-7
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