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ex-ministro dos Direitos Humanos do Brasil durante o terceiro governo Lula Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Silvio Luiz de Almeida GCRB • GCMD (São Paulo, 17 de agosto de 1976) é um advogado, filósofo e professor universitário brasileiro. Exerceu o cargo de ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil de janeiro de 2023 a setembro de 2024, quando foi demitido em meio a denúncias de assédio sexual.[1][2]
Silvio Luiz de Almeida Silvio Almeida | |
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Silvio Almeida em 2023 | |
15.º Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil | |
Período | 3 de janeiro de 2023 a 6 de setembro de 2024 |
Presidente | Luiz Inácio Lula da Silva |
Antecessor(a) | Cristiane Britto (como Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos) Ronaldo Vieira Bento (como Ministro da Cidadania) |
Sucessor(a) | Esther Dweck (ministra interina) |
Dados pessoais | |
Nascimento | 17 de agosto de 1976 (48 anos) São Paulo, SP, Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Universidade Presbiteriana Mackenzie |
Prêmio(s) | |
Ocupação | filósofo, advogado, escritor e professor |
Reconhecido como um dos grandes especialistas brasileiros acerca da questão racial, presidiu o Instituto Luiz Gama e é autor dos livros Racismo Estrutural (Polén, 2019),[3] Sartre: Direito e Política (Boitempo, 2016).[4]
Almeida é filho do casal Verônica e Lourival.[5] O pai foi goleiro de futebol, tendo ficado conhecido como Barbosinha em sua carreira e por sua atuação no Sport Club Corinthians Paulista.[6][7] Na juventude, fez parte de uma banda de rap metal chamada Delito, juntamente com Tuca Paiva, futuro baixista de Velhas Virgens.[8]
É casado com Ednéia Carvalho.[9]
Formou-se em direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (1995-1999) e em filosofia pela Universidade de São Paulo (2004-2011). É mestre em direito político e econômico pela Mackenzie e doutor em filosofia e teoria geral do direito pela USP.[10][11]
De 2005 a 2019 foi professor de filosofia do direito e introdução do estudo do direito na Universidade São Judas Tadeu.[12]
No ano de 2020 foi professor visitante na Universidade Duke,[13] onde lecionou nos cursos “Raça e Direito na América Latina” e “Black Lives Matter: Brasil e Estados Unidos”, este último em parceria com o professor John D. French.
Em 2022, foi selecionado como professor visitante da cadeira Edward Larocque Tinker da Universidade de Columbia na cidade de Nova Iorque, destinada a intelectuais de prestígio da América Latina.[14] Esta mesma vaga foi ocupada em anos anteriores por intelectuais como o economista Raúl Prebisch, o geógrafo Milton Santos, o jornalista Elio Gaspari, o jurista Roberto Gargarella e a historiadora Lilia Schwarcz, dentre outros.[14]
Foi entrevistado pelo programa Roda Viva da TV Cultura em junho de 2020.[15] A participação de Silvio Almeida no programa inspirou um "clube do livro" nas redes sociais.[16]
Foi presidente do Instituto Luiz Gama, organização de direitos humanos voltada à defesa jurídica da minorias e de causas populares.[17][18]
Em 2020, tornou-se colunista de política da Folha de S.Paulo,[19] atuação que foi interrompida em 2022.
Em 22 de dezembro de 2022, foi anunciado como o Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania do terceiro mandato de Lula.[20] Sua nomeação oficial ocorreu em 3 de janeiro de 2023.[1]
Em junho e novembro de 2023, foi admitido pelo presidente ao último grau das ordens do Mérito da Defesa e de Rio Branco, respectivamente.[21][22]
No dia 5 de setembro de 2024, a coluna de Guilherme Amado no portal Metrópoles publicou que Silvio Almeida era alvo de acusações de assédio moral e sexual, que chegaram à ONG Me Too Brasil.[23][24] Uma das vítimas seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, em 2023.[25][26] A professora da Fundação Santo André Isabel Rodrigues também relatou ter sofrido assédio de Almeida durante uma reunião em 2019.[27] Almeida negou as acusações e pediu uma investigação.[28][29] O presidente Lula demitiu-o do ministério no dia seguinte.[30] As acusações contra o ex-ministro serão investigadas pela Polícia Federal e pela Comissão de Ética da Presidência da República.[31][27]
Em suas obras, trabalha com conceitos de autores como Jean-Paul Sartre e György Lukács. Em seus textos, trata de questões como direito, política, filosofia, economia política e relações raciais. Foi responsável por popularizar o conceito de racismo estrutural (proposto desde os primeiros estudos raciais críticos ainda nos anos 1960), em que racismo que é concebido como decorrente da própria estrutura da sociedade. Em seu livro, que leva o mesmo nome do conceito que aborda, Almeida aplica essa noção às mais diversas áreas, como o direito, a ideologia, a economia e a política.[32]
Insígnia | País | Honra | Data |
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Brasil | Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco | 21 de novembro de 2023[22] |
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