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Sten

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Sten
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A Sten Gun, ou simplesmente Sten, foi uma submetralhadora (português brasileiro) ou pistola-metralhadora (português europeu) desenvolvida para o Exército Britânico como arma de emergência, no início da Segunda Guerra Mundial.[10] A Sten, classificada oficialmente como machine carbine (carabina metralhadora), foi projetada como uma arma barata e fácil de fabricar para poder ser produzida em larga escala.[11] [12] Destinava-se a complementar as Submetralhadoras Thompson, consideradas de melhor qualidade, mas também de muito mais difícil aquisição nos números necessários.

Factos rápidos Tipo, Local de origem ...
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Páraquedistas britânicos armados com Sten Mk.V em 7 de junho de 1944
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Sten Mk.IIS (com silenciador integral)

O nome da arma resultou da conjugação das iniciais dos sobrenomes dos inventores (Reginald V. Shepherd e Harold J. Turpin) com as duas primeiras letras do local de fabricação (Enfield).

Fabricada em diversos Marks (modelos), a Mark II (Mk.II) foi a mais usada pelas forças britânicas e aliadas. As submetralhadoras tinham canos desatarracháveis para limpeza ou armazenagem e o alojamento do carregador girava para formar uma sobrecapa na abertura de ejeção.

A arma não possuía ajuste de mira ou seletor de tiro. Sua coronha era feita de uma única peça de arame dobrado. Em geral todos os modelos fabricados desta arma apresentavam casos de enguiços frequentes causados pelo seu carregador bifilar de saída única e pela munição de baixa qualidade utilizada pelos britânicos. Por ser uma arma extremamente barata, era fartamente distribuída para uma grande quantidade de exércitos e forças de resistência que se levantassem contra o Eixo.

Apesar de seus defeitos a Sten Gun foi uma das armas mais formidáveis utilizadas durante a Segunda Guerra Mundial, de grande influência no resultado do conflito. No pós guerra continuou em uso pelo exército britânico até ser substituída pela Submetralhadora Sterling.

Hoje, sabe-se que pelo menos 6 milhões de Sten foram produzidas durante a Segunda Guerra Mundial.

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Variantes oficiais

Mark I: primeiro modelo desenvolvido, com acabamento de alta qualidade. Tinha um punho dianteiro de madeira (ou, ocasionamente, de aço) e uma coronha tubular. A manga estendia-se até à boca do cano, a qual levava um tapa-chamas cónico. As Sten Mk.I capturadas, utilizadas pelos alemães foram, por estes, designadas MP748(e);
Mark I*: variante simplificada da Sten Mk.I através da eliminação do tapa chamas e do punho frontal;
Mark II: a versão da Sten mais produzida e utilizada, com um acabamento muito mais rude que a Mk.I. Incorporava um cano destacável, projectando-se 75 mm para lá da manga, e o encaixe do carregador pivoteável de modo a tapar a janela de ejecção. Algumas Mk.II dispunham de uma coronha de madeira. As Sten Mk.II, ao serviço dos alemães, foram classificadas como MP749(e);
Mark II (Canadiana): variante da Sten Mk.II fabricada no Canadá, com acabamento de qualidade superior;
Mark IIS: variante da Mk.II com silenciador integral. Designada como MP751(e) ao serviço alemão;
Mark III: desenvolvimento da Sten Mk.II, fabricada tanto no Reino Unido como no Canadá. As maiores diferenças em relação à Mk.II consistiam na unificação da caixa da culatra, janela de ejecção e manga do cano (a qual era mais alongada, cobrindo uma parte maior do cano). Além disso, o cabo era fixo. As Sten Mk.III capturadas forma designadas pelos alemães como MP750(e);
Mark IV: protótipo, nunca adoptado para serviço. Consistia numa Sten de dimensões pouco superiores a uma pistola, com um tapa chamas cónico, um punho de pistola, uma coronha muito leve e um cano muito mais curto;
Mark V: versão que incorporava punho dianteiro, punho traseiro e coronha em madeira e um suporte para baioneta. As bandoleiras das Mk.V atribuídas às tropas páraquedistas podiam levar 7 carregadores;
Mark VIS (ou Mark 6S): versão com silenciador integral especial originando uma redução da velocidade de saída dos projecteis para 305 m/s. Basicamente resultou da aplicação do silenciador da Mk.IIS à Mk.V.
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Cópias ou derivadas estrangeiras

Gerät Potsdam: cópia alemã da Sten Mk.II fabricada pela Mauser em 1944 para uso em operações clandestinas e de sabotagem;
Gerät Neuminster: cópia exacta da Sten, inclusive com marcas de prova iguais às britânicas, desenvolvida pela Mauser. Desconhece-se a razão deste projecto secreto alemão;
MP3008: pistola-metralhadora desenvolvida, como medida de emergência, pela Mauser em 1945, a partir da Sten, Destinou-se a equipar as Forças Populares de Defesa Territorial (Volkssturm), recebendo o apelido de Volksmachinenpistole (pistola-metralhadora do povo). A principal diferença, em relação à Sten, era a posição vertical do carregador;
Austen Mk.I: derivação da Sten fabricada na Austrália. Austen significa Australian Sten (Sten australiana);
Sten (Norueguesa): cópia da Sten fabricada na Noruega;
Sten (Polaca): cópia da Sten fabricada na Polónia;
Sten (Dinamarquesa): cópia da Sten fabricada na Dinamarca.
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Operadores

Grupos não estatais

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Ver também

Referências

  1. McNab, Chris (2002). 20th Century Military Uniforms 2nd ed. Kent: Grange Books. p. 185. ISBN 978-1-84013-476-6
  2. «Contre les Mau Mau». Encyclopédie des armes : Les forces armées du monde. XII. Atlas. 1986. p. 2764–2766
  3. «L'armement français en A.F.N.». Gazette des Armes (220). Março de 1992. p. 12–16
  4. «The Vietnam Experience LRRP 1966-1972». 25thaviation.org
  5. Kalam, Zaid (29 de dezembro de 2017). «Arms for freedom». The Daily Star
  6. World's Elite Forces : Their Weapons, Equipment, Tactics, Operations. Lang, Walter N. ISBN: 9780861013159
  7. (em inglês) British Sten submachine gun explained - FREE ebook - H&L Publishing / HLebooks.com
  8. Thompson 2012, pp. 50–51.
  9. Bonn International Center for Conversion; Bundeswehr Verification Center. «Sten MP». SALW Guide: Global distribution and visual identification
  10. «STEN SMG». Military Factory
  11. Berman, Eric G.; Lombard, Louisa N. (dezembro de 2008). The Central African Republic and Small Arms: A Regional Tinderbox (PDF). [S.l.]: Small Arms Survey. p. 35, 43. ISBN 978-2-8288-0103-8. Cópia arquivada (PDF) em 2 de agosto de 2014
  12. Abbot, Peter (fevereiro de 2014). Modern African Wars: The Congo 1960–2002. Oxford: Osprey Publishing. p. 15. ISBN 978-1782000761
  13. McCollum, Ian (13 de maio de 2020). «Chinese 7.62mm Sten Gun». Forgotten Weapons
  14. Thompson 2012, pp. 51–52.
  15. Thompson 2012, pp. 52–53.
  16. Smith 1969, pp. 613, 615.
  17. Palokangas, Markku (1991): Sotilaskäsiaseet Suomessa 1918–1988 III osa Ulkomaiset aseet. Vammalan Kirjapaino Oy. P.191 ISBN 951-25-0519-3
  18. Cullen, Stephen M. (2018). World War II Vichy French Security Troops. Col: Men-at-Arms 516. [S.l.]: Osprey Publishing. p. 42–43. ISBN 978-1472827753
  19. Windrow, Martin (15 de novembro de 1998). The French Indochina War 1946–54. Col: Men-at-Arms 322. [S.l.]: Osprey Publishing. p. 41. ISBN 9781855327894
  20. Smith 1969, p. 461.
  21. Morris, Benny (2008). 1948: A History of the First Arab-Israeli War. [S.l.]: Yale University Press. ISBN 978-0-300-12696-9
  22. Russell, Lee; Katz, Sam (abril de 1986). Israeli Defense Forces, 1948 to the Present. Col: Uniforms Illustrated 12. [S.l.]: Olympic Marketing Corp. p. 15. ISBN 978-0853687559
  23. Young, Peter (1972). The Arab Legion. Col: Men-at-Arms. [S.l.]: Osprey Publishing. p. 24. ISBN 978-0-85045-084-2
  24. Maung, Aung Myoe (2009). Building the Tatmadaw: Myanmar Armed Forces Since 1948. [S.l.]: Institute of Southeast Asian Studies. ISBN 978-981-230-848-1
  25. Bloomfield & Leiss, 1967, p. 79
  26. Thompson 2012, pp. 21, 73.
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  28. Mallet, N. H. (9 de dezembro de 2013). «The Venerable Sten – The Allies' $10 Dollar Submachine Gun». Military History Now
  29. Smith 1969, p. 530.
  30. Moorcraft, Paul; McLaughlin, Peter (2008). The Rhodesian War: A Military History. [S.l.]: Jonathan Ball Publishers. p. 92. ISBN 978-1-86842-330-9
  31. McMullin, Jaremey (2013). Ex-Combatants and the Post-Conflict State: Challenges of Reintegration. Basingstoke: Palgrave-Macmillan. p. 81–89. ISBN 978-1-349-33179-6
  32. Goscha, Christopher (2013). Thailand and the Southeast Asian Networks of The Vietnamese Revolution, 1885-1954. [S.l.]: Routledge. p. 185
  33. Shakya, Tsering (1999). The Dragon in the Land of Shows: A History of Modern Tibet Since 1949. [S.l.]: Columbia University Press. p. 5–6, 8–9, 11–15, 26, 31, 38–40
  34. Chris Bishop (1996). Vital Guide to Combat Guns and Infantry Weapons. [S.l.]: Airlife. p. 203. ISBN 978-1853105395
  35. Vukšić, Velimir (julho de 2003). Tito's partisans 1941–45. Col: Warrior 73. [S.l.]: Osprey Publishing. p. 24–25. ISBN 978-1-84176-675-1
  36. Smith 1969, p. 723.
  37. Fitzsimmons, Scott (novembro de 2012). «Callan's Mercenaries Are Defeated in Northern Angola». Mercenaries in Asymmetric Conflicts. [S.l.]: Cambridge University Press. p. 155. ISBN 9781107026919. doi:10.1017/CBO9781139208727.005
  38. Christopher Dobson; Ronald Payne (1982). The Terrorists: Their Weapons, Leaders, and Tactics. [S.l.]: Facts on File. p. 101–103
  39. Gianfranco Sanguinetti (2015). Red Army Faction. Red Brigades, Angry Brigade. The Spectacle of Terror in Post War Europe. [S.l.]: Bread and Circuses
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