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Respirar

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Respirar
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 Nota: Se procura pelo ato de respirar, veja Respiração.
 Nota: Se procura pela canção de Sandy, veja Respirar (canção de Sandy).

Respirar é o oitavo álbum de estúdio da cantora brasileira Patricia Marx, lançado em 2002.[5][6] Trata-se de seu primeiro sob o contrato com a gravadora Trama.

Factos rápidos Álbum de estúdio de Patricia Marx, Cronologia de Patricia Marx ...

O lançamento ocorreu cinco anos após Charme do Mundo, de 1998, tempo no qual fez aparições modestas nos veículos de comunicação e apresentações mais intimistas, e um número substancial de mudanças ocorrera na sua vida pessoal: casou-se, teve um filho (Arthur, a quem dedica a música "Chegou" do álbum) e tornou-se budista.[7]

A sonoridade é experimental, traz estilos que vão de lounge a bossa nova, e inaugura no mercado fonográfico brasileiro o chamado nu soul. As letras falam sobre maternidade, relacionamentos e budismo.[8] O encarte do CD é feito de material reciclado e possui um belo grafismo. De surpresa, há um remix de "Demais pra esquecer", escondido na última faixa.

Para promovê-lo, quatro faixas ganharam singles físicos em disco de vinil: "Despertar", "Submerso" e "...E O Meu Amor Vi Passar / Earth", sendo as duas últimas partes do mesmo single.[9]

Enquanto a recepção do público foi modesta, as resenhas da crítica especializada foram favoráveis, com elogios aos arranjos e a voz da cantora. Na lista do jornal Folha de S.Paulo de melhores álbuns de 2002, aparece na posição de número 28.[10]

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Antecedentes e produção

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Em 1998, Patricia Marx lançou seu último disco da fase Lux Music, que incluiu Ficar com Você (1994), Quero Mais (1995) e por fim Charme do Mundo.[11] Com o contrato encerrado, ficou longe da TV e do rádio, por opção, e passou a fazer pequenos shows acústicos em São Paulo com standards de jazz e bossa nova.[12] Casou-se com o produtor e executivo Bruno E., e teve um filho, Arthur.[12]

Em 2002, assinou contrato com a gravadora Trama, da qual seu marido era executivo, sob o qual teria mais liberdade artística do que nas outras ocasiões.[12] Segundo ela: "Em 1998, estava sem inspiração, desgostosa e cansada de ser artista. Nesse disco quis me desvincular da música comercial, do sucesso, da ânsia de querer vender".[12]

Esse tempo no qual sua rotina de trabalho desacelerou, foi o essencial para surgir a inspiração para o que seria o seu oitavo em carreira solo.[11] Após uma série de pesquisas o trabalho seguiu uma sonoridade de música eletrônica, em especial o drum and bass e o trip hop, e o estilo "nu soul", da qual foi percursora no Brasil, esse último consiste em uma releitura da tradição da soul music, adicionando novos timbres e harmonias.[13] Seu contato com o Budismo, também foi primordial para escrever as onze das doze letras que compõem a lista de faixas.[11] Em reportagem a revista Tpm, foi mencionado que três álbuns serviram de inspiração: My Funny Valentine, do Chet Baker com o Stan Getz; Canção do Amor Demais, da Elisete Cardoso e Creating Patterns do 4hero.[14]

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Lançamento e divulgação

A faixa "Demais pra Esquecer" ganhou um videoclipe, dirigido por Kiko Ribeiro e Ricardo Fernandes, gravado no Centro Velho em São Paulo,[15] no qual a cantora anda pelas ruas da cidade atordoada por um ex-namorado que lhe entrega flores e desaparece.[16] A gravadora Trama, financiou viagens da cantora, bem como de parte de seus contratados, para divulgação do trabalho e da música brasileira em países da Europa, no mesmo ano.[17] Nesse contexto, Marx revelou em entrevistas que pretendia ficar na Inglaterra, com o marido (e executivo da gravadora) e o filho de 3 anos, segundo ela: "Acho que lá é mais fácil para o tipo de som que faço. Quero entrar em contato com outros produtores, estudar música e dança".[17] A divulgação também incluiu shows em território nacional, como no festival Projeto Identidade Brasileira.[18]

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Recepção crítica

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As resenhas da crítica especializada foram, em maioria, favoráveis. Philip Jandovský do site estadunidense AllMusic, avaliou com quatro estrelas de cinco e escreveu que o novo som "é muito mais ambicioso e impressionante do que sua marca usual de pop leve" e que os vocais lembram os de cantores de R&B moderno.[8] Ele elogiou a sonoridade polida e a produção "minuciosa e arrumada", embora tenha pontuado que tais características parecem serem usadas "como uma fachada brilhante para esconder uma certa falta de ideias e melodias fortes".[8]

Silvia Ruiz, da revista ISTOÉ Gente, avaliou com três estrelas de cinco e escreveu que "Patrícia fez um disco que tem um braço no Brasil" (por ter sido feito e planejado por brasileiros) mas "os dois pés lá fora", visto que a atmosfera calma (como a da bossa nova) "deve agradar os ouvidos japoneses e europeus", que na época consumiam bastante o estilo.[20]

Marco Antonio Barbosa, do site CliqueMusic, avaliou com suas estrelas de cinco e o definiu como "Leve e relax como o ato de respirar - por isso mesmo, cai bem o título".[19] E elegeu como seu melhor aspecto "a nítida noção de que Patrícia investe primeiro em sua música, e depois no possível verniz eletrônico-modernizador".[19]

Lista de faixas

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Créditos adaptados do CD Respirar, de Patricia Marx, lançado em 2002.[21]

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Notas e referências

  1. (2002) Créditos do álbum Despertar por Patricia Marx [LP]. Brasil: Nova Vida (NV001).
  2. (2003) Créditos do álbum ...E O Meu Amor Vi Passar/Earth por Patricia Marx [LP]. Brasil: Nova Vida (NV005).
  3. (2003) Créditos do álbum Submerso por Patricia Marx [LP]. Brasil: Nova Vida (NV003).
  4. «Bate-papo UOL com Patricia Marx». 5 de junho de 2002. Consultado em 9 de Setembro de 2012
  5. Angelo Medina (30 de Junho de 2002). «O novo CD de Patricia Marx, Respirar, tem filosofia budista em algumas letras». Vyaestelar (UOL). Consultado em 2 de Março de 2013
  6. Jandovský, Philip (2002). «Crítica do site AllMusic-Respirar». Consultado em 9 de Setembro de 2012
  7. «Singles e EPS de Patricia Marx». Discogs. Consultado em 30 de Março de 2013
  8. Ribeiro, Luciano (13 de maio de 2002). «Adeua a música comercial?». Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. p. 4. Consultado em 8 de setembro de 2022
  9. Lima, Irlam Rocha (29 de novembro de 2005). «Encontro de mestres na Academia». Correio Braziliense. Brasília. p. 2. Consultado em 8 de setembro de 2022
  10. Discoteque: 3 em 1 da Patricia Marx. Tpm. [S.l.]: Trip Editora e Propaganda SA. Maio de 2002. p. 51
  11. Tolipan, Eloisa (19 de agosto de 2002). «Moderninha». Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. p. B7. Consultado em 8 de setembro de 2022
  12. Loureiro, Mônica; Tavares, Tatiana (25 de agosto de 2002). «Geleia sonora: Ao vivo». Tribuna da Imprensa. Rio de Janeiro. p. 44. Consultado em 8 de setembro de 2022
  13. Cieglinski, Thais (1 de outubro de 2002). «Gravadora divulga na Europa "a nova MPB"». Correio Braziliense. Brasília. p. 26. Consultado em 8 de setembro de 2022
  14. «Como se aproximar das estrelas sem precisar de luneta». Correio Braziliense. Brasília. 24 de abril de 2005. p. CD-4. Consultado em 8 de setembro de 2022
  15. Barbosa, Marco Antonio. «Crítica do site Cliquemusic (Respirar - Patricia Marx)». Consultado em 9 de Setembro de 2012. Arquivado do original em 30 de setembro de 2013
  16. (2002) Créditos do álbum Respirar por Patricia Marx [CD]. Brasil: Trama (T 400/482-2).
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