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Turbellaria

classe de vermes platelmintos Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Turbellaria
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Turbellaria é uma das classes de Platyhelminthes. O nome "Turbellaria" refere-se aos "redemoinhos" de partículas microscópicas criadas perto das peles de espécies aquáticas pelo movimento de seus cílios.

Factos rápidos Classificação científica ...
O Wikispecies tem informações relacionadas a Turbellaria.

Em 2006 foram descritas cerca de 3000 espécies de planárias, grupo incluído em Turbellaria, distribuído primariamente em ambientes marinhos, mas também encontrado em terrestres e de água doce. São em geral animais de pequena dimensão, mas algumas espécies atingem 60 cm de comprimento (Rimacephalus arecepta). A maioria das espécies é predadora e bentônica. Possuem corpo triploblástico, coberto por uma epiderme composta de células ciliadas com função sensorial e de locomoção. Por baixo da epiderme, encontra-se uma lâmina basal (exceto nas ordens Acoela e Nermetodermatida). Sendo a cutícula ausente, a lâmina basal e as fibras intracelulares sustentam a parede corporal. A camada muscular subjacente à epiderme, que se subdivide em músculos circulares e longitudinais, serve apenas para torcer e virar o corpo. As planárias não têm celoma (cavidade abdominal) e os órgãos vitais são muito simples. Seu corpo, assim como todos os vermes platelmintos, é achatado. O sistema digestivo é muito simples e composto apenas pela boca (usada tanto para ingestão quanto para egestão) e intestinos cuja forma varia conforme o tamanho do verme. A digestão é feita inicialmente no exterior das células através de enzimas e posteriormente no interior de células especializadas. O sistema nervoso é difuso, em forma de rede, e centrado num cérebro ganglionar. A planária possui taças pigmentadas chamadas ocelos, podendo ter um, dois ou três pares com função fotorreceptora. A reprodução pode ser feita de forma assexuada, por brotamento ou fissão transversal, ou sexuada, por copulação e fertilização interna. Quase todos os Turbellaria são hermafroditas, com exceção de poucos parasitas especializados.[1][2]

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Características

  • Predominantemente aquáticos, de vida livre ou parasitária;
  • Forma ovular ou alongada, achatados;
  • Coloração: principalmente em tons de preto, marrom e cinza, com exceção de algumas espécies marinhas que são brilhantes e coloridas;
  • Epiderme unilaminar e ciliada, ausência de cutícula;
  • Lâmina basal (exceto em Acoela e Nermetodermatida);
  • Rabditos: glândula típica da parede corporal dos turbelários, que tem função secretora de muco;
  • Adesão: glândulas adesivas, cílios adesivos ou ventosas musculares;
  • Órgãos duoglandulares: papilas projetadas do corpo (glândulas servem para adesão, secreção e muco).[3]

Parede corporal

  • Epiderme composta por um epitélio ciliado, com células glandulares e terminações nervosas.
  • Abaixo da epiderme tem uma membrana basal espessa, que serve para sustentação.
  • Internamente à membrana basal há células musculares, organizadas em camadas, sendo a camada mais externa formada por músculos circulares, seguida por diagonais e internamente por longitudinais, frouxamente organizados.
  • Acelomados: Entre a parede corporal e os órgãos há um preenchimento pelo mesênquima (também chamado parênquima). Porém os órgãos não são presos por mesentérios. No mesênquima há uma variedade de células soltas e fixas, fibras musculares e tecido conjuntivo.
  • *Rabditos: É uma glândula típica da parede corporal dos turbelários. Glândula em forma de bastão derivadas da ectoderme(assim como outras células glandulares), que tem função secretora de muco, e em alguns casos/espécies podem ser responsáveis pela liberação de substâncias químicas tóxicas de defesa em alguns turbelários. Para que serve esse muco? Locomoção, já que o habito desses animais é bentônico, é necessário deslizar pelo substrato. Também fornece uma proteção contra dessecação e auxilia nas trocas gasosas. As vezes, secreções mucosas ao redor da boca facilita a captura e a ingestão de presas.[4]

Musculatura e locomoção

  • Locomoção por cílios ou por musculatura desenvolvida (rastejamento, nado, peristaltismo, retorcimento, enrolamento, retração, extensão ou saltos);
  • Musculatura: fibras musculares externas e diagonais internas;
  • Movimentos musculares: retração ou projeção de pseudópodes através do tixotropismo celular.
  • E alguns possuem glândulas adesivas

Sistema Nervoso

  • Cérebro circular subepidérmico;
  • Cordões nervosos partem do cérebro ganglionar. A existência de comissuras (sistema nervoso segmentado) sugere uma organização de maior controle;
  • Presença de ocelos e estatocistos (localizados perto do cérebro);
  • Cílios como mecanorreceptores.

Alimentação e digestão

  • Maioria carnívoros ou necrófagos, alguns são herbívoros, outros simbiontes comensais e outros parasitas.
  • Sistema digestório incompleto(sem ânus): Boca, faringe, intestino. -> Saco cego. Poucas espécies possuem um ânus, ou vários, porém sem função.
  • Os métodos de alimentação dos turbelários de vida livre variam de acordo com o tamanho do animal e do tipo que aquisição do alimento.
  • Existem três tipos de faringe: simples, bulbosa e plicada.

Reprodução

  • Sexuada: quase todos hermafroditas simultâneos (exceção de alguns parasitas especializados), se reproduzem por copulação e fertilização interna. Produzem poucos e pequenos ovos, com desenvolvimento lecitrotófico e direto;
  • Assexuada: brotamento ou fissão transversal. O plano de fissão se forma atrás da faringe, a parte superior do verme adere ao substrato e a anterior continua a se mover até que haja a separação, então cada metade regenera suas estruturas e forma um verme completo. Pode ser regulada pela duração do dia e pela temperatura.
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Classificação e evolução

Ordens presentes na classe:

Existem duas hipóteses sobre o surgimento da classe: a de que Turbellaria é grupo irmão de Cnidários (teoria planular), que afirma que ambos surgiram de um ancestral comum – o planuloide. E a segunda hipótese, que diz que os turbelários não são bilatérios primitivos, mas que evoluíram de animais celomados por uma simplificação anatômica.[5]

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Referências

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