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Web 3.0 (web semântica)

Da Wikipédia, a enciclopédia livre

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 Nota: Não confundir com Web3 (Proposta iteração da Web descentralizada baseada na tecnologia Blockchain).

A Web 3.0, também conhecida como a terceira geração da Internet, é entendida como uma fase em que a rede passa a incorporar elementos de inteligência e personalização em larga escala. Embora o termo tenha sido originalmente associado ao conceito de Web Semântica, que buscava estruturar dados de forma compreensível para máquinas, a aplicação prática da Web 3.0 já pode ser observada em diversos serviços atuais. [1][2][3][4][5]

Ferramentas baseadas em inteligência artificial e análise de dados permitem personalizar conteúdos, anúncios e resultados de busca de acordo com o perfil e o comportamento dos usuários.

Apesar de ainda não alcançar plenamente a descentralização idealizada em suas definições iniciais, a Web 3.0 caracteriza-se, na prática, por um ambiente digital mais dinâmico, orientado por algoritmos capazes de compreender contextos, preferências e intenções, aproximando-se do conceito de uma Web inteligente.

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Dados gerais

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O termo Web 3.0 foi empregado pela primeira vez pelo jornalista John Markoff, num artigo do The New York Times e logo incorporado e rejeitado com igual ardor pela comunidade virtual. A principal reação vem da blogosfera. Nos diários virtuais de especialistas detratores, a crítica mais comum é a de que Web 3.0 nada mais é do que a tentativa de incutir nos internautas um termo de fácil assimilação para definir algo que ainda nem existe. Aliás, críticas idênticas já se fazem à Web 2.0.

A Web 3.0 está focada mais nas estruturas dos sites e menos no usuário. Pesquisa-se a convergência de várias tecnologias que já existem e que serão usadas ao mesmo tempo, num grande salto de sinergia. Banda larga, acesso móvel à internet, e a tecnologia de rede semântica, todos utilizados juntos, de maneira inteligente e atingindo a maturidade ao mesmo tempo.

Assim, se passaria da World Wide Web (rede mundial) para World Wide Database (base de dados mundial), de um mar de documentos para um mar de dados. Quando isso começar a acontecer de forma mais intensa, o próximo passo, num prazo de cinco a dez anos, será o desenvolvimento de programas que entendam como fazer melhor uso desses dados.

Adicionada a capacidade da semântica a um site, ele será mais eficiente. Ao se pesquisar algo, se terá respostas mais precisas. O usuário poderá fazer perguntas ao seu programa e ele será capaz de ajudá-lo de forma mais eficiente, entender mais sua necessidade. O conceito de ”rede semântica”, proposto pelo inglês Tim Berners-Lee, tem entre seus gurus Daniel Gruhl, um Ph.D. em engenharia eletrônica do MIT, é especializado em "compreensão das máquinas", e o misterioso Nova Spivack, que não revela muito sobre si, nem o nome verdadeiro, e se autodefine como empresário da alta tecnologia.

Um mecanismo de busca como o Google permite que o usuário pesquise o conteúdo de cada página,: se indicar o nome de um ator ou de um filme, todos os dados sobre este ator ou este filme aparecerão na tela. Poderá ainda utilizar a "busca avançada" para restringir um pouco mais os resultados. Mas se este usuário não se lembrar do nome do ator ou do filme, dificilmente encontrará meios de localizá-los. A Web 3.0 organizará e agrupará essas páginas, por temas, assuntos e interesses previamente expressos pelo internauta.. Por exemplo: todos os filmes policiais, que tenham cenas de perseguição de carros, produzidos nos últimos cinco anos etc.

Algumas empresas do Vale do Silício, na Califórnia, Estados Unidos, desenvolvem trabalhos nesse sentido, destacando-se o Almaden IBM Research Center, a Metaweb e a Radar Networks (de Nova Spivack). No Brasil, centros universitários vêm desenvolvendo trabalhos pioneiros para a Web 3.0 com ênfase na língua portuguesa. Paralelamente, estão em curso vários projetos académicos.

Também se entende por Web 3.0 que se tenha acesso a internet a qualquer hora e em qualquer lugar e em qualquer dispositivo, possibilitando a troca de dados entre dispositivos.

Entre as principais características da Web 3.0 estão a inovação, navegabilidade e uma maior velocidade de informação.

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Evolução da Web

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  • Web 1.0: Sites com conteúdos estáticos, produzidos maioritariamente por empresas e instituições, com pouca interatividade entre os internautas. Altavista, Geocities, Yahoo, Cadê, Hotmail, DMOZ eram as grandes estrelas da internet.

A Web 1.0 apresentava dados e informações de forma predominantemente estáticas, era caracterizada pela baixa interação do usuário, permitindo pouco ou nenhuma interação – como por exemplo – deixar comentários ou manipular e criar conteúdos. As tecnologias e métodos da Web 1.0 ainda são utilizadas para a exibição de conteúdos como leis e manuais, como neste link.

Essa geração da Web foi marcada pela produção centralizada de conteúdos – como os portais, UOL, ZAZ, Terra, AOL, e os diretórios, Yahoo, Cadê e Craigslist. Nestes portais e diretórios, o usuário era responsável pela navegação e localização de conteúdos relevantes por sua própria conta tendo predominantemente uma atuação passiva em um processo onde poucos produzem e muitos consomem, algo muito parecido com o modelo de broadcasting da indústria midiática como as TVs, rádios, jornais e revistas. Sua grande virtude foi a democratização do acesso à informação.

  • Web 2.0: Conteúdos produzido pelo próprios internautas, maior interatividade online através de Blogs e sites como o Youtube, Flick, etc.

A Web 2.0, em contraste à Web 1.0, tem seu conteúdo gerado predominantemente por seus usuários em um processo onde muitos produzem e todos consomem. Um exemplo desse modelo está na Wikipédia. Outros exemplos de plataformas de conteúdo gerado pelos usuários estão nos blogs, nas redes sociais e no Youtube. Na Web 2.0, o usuário deixa de ser apenas consumidor e se torna um produtor, ou coprodutor.

Nesta versão, os mecanismos de busca se tornam mais avançados e proliferam, uma vez que não há mais espaço para listas de links em diretórios, dado o imenso volume de conteúdo. A grande virtude da Web 2.0 está na democratização da produção de conteúdo.

  • Web 3.0: Esta nova geração prevê que os conteúdos online estarão organizados de forma semântica, muito mais personalizados para cada internauta, sites e aplicações inteligentes e publicidade baseada nas pesquisas e nos comportamentos.

Em 2001, Tim Berners-Lee, o criador da Web, apresenta um artigo na revista Scientific American, estabelecendo os pilares para a Web Semântica. No texto, Berners-Lee explica como dois irmãos combinam a logística do tratamento que a mãe deles precisava fazer. Nessa estória, os irmãos, usando agentes inteligentes, fazem todo o planejamento do tratamento, incluindo a marcação das consultas e a escala de caronas que os dois deveriam revezar, os agentes interagem com os sistemas das clínicas, entre si e com os dispositivos da casa.

Na Web 3.0, as máquinas se unem aos usuários na produção de conteúdo e na tomada de ações, tornando a infraestrutura da internet de coadjuvante para protagonista na geração de conteúdos e processos. Assim, os serviços da Web 3.0, unem-se aos usuários e aos produtores profissionais na criação ativa de conhecimento. Dessa forma, com sua grande capacidade de processamento, a Web 3.0 é capaz de trazer para as pessoas e para as empresas serviços e produtos com alto valor agregado, por conta da sua assertividade e alta personalização, promovendo assim a democratização da capacidade de ação e conhecimento, que antes só estava acessível às empresas e aos governos.

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Debates em torno da Web 3.0

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Diversos especialistas consideram que os sinais da Web 3.0 já estão presentes na atual estrutura da Internet, ainda que de forma gradual e em constante evolução. A transição entre as fases da Web ocorre de maneira contínua, sem marcos definidos, assim como aconteceu entre a Web 1.0 e a Web 2.0 — uma transformação que levou mais de uma década para consolidar-se.

O termo Web 2.0 foi cunhado em 2003 por Dale Dougherty e popularizado em 2004, descrevendo a passagem de uma Internet estática para uma rede participativa e colaborativa. De modo semelhante, a Web 3.0 não representa uma ruptura imediata, mas sim um avanço progressivo caracterizado pelo uso crescente de inteligência artificial, análise de dados e personalização de experiências. Embora a descentralização total ainda seja um ideal em desenvolvimento, muitas das tecnologias associadas à Web 3.0 já se encontram integradas ao cotidiano digital, indicando que essa nova etapa está em curso.

Web 3.0 como um termo de marketing

Assim como ocorreu com a Web 2.0, o conceito de Web 3.0 passou a ser amplamente utilizado também como um termo de marketing. Na transição anterior, o sufixo “2.0” foi aplicado a diversos contextos — como Office 2.0, Enterprise 2.0 e Mobile 2.0 — para designar modernização e adaptação digital. De maneira semelhante, o uso do termo “3.0” tornou-se uma estratégia comum para indicar inovação tecnológica, mesmo quando as transformações estruturais associadas à Web 3.0 ainda estavam em desenvolvimento.

No campo do marketing digital, o termo passou a ser associado à personalização de conteúdo, ao uso de inteligência artificial e à integração entre SEO e inbound marketing. Plataformas e estratégias começaram a explorar algoritmos e dados para compreender a intenção do usuário e oferecer experiências mais relevantes, reforçando a ideia de uma “web inteligente”. Assim, a Web 3.0 tornou-se também uma metáfora comercial para um ambiente digital mais orientado por dados, comportamento e contexto — ainda que nem sempre corresponda ao conceito técnico original do termo.

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Referências

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