Amália Rodrigues
fadista portuguesa (1920-1999) / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Amália da Piedade Rodrigues GCSE • GCIH (Lisboa, 1 de julho de 1920[2] – Lisboa, 6 de outubro de 1999) foi uma cantora, actriz e fadista portuguesa, geralmente aclamada como a voz de Portugal e uma das mais brilhantes cantoras do século XX. É a artista portuguesa mais bem sucedida de todos os tempos e está sepultada no Panteão Nacional, entre outras ilustres figuras portuguesas.[3]
Amália Rodrigues | |
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Amália Rodrigues, 1969 | |
Informação geral | |
Nome completo | Amália da Piedade Rodrigues |
Também conhecido(a) como | Rainha do Fado[1] |
Nascimento | 1 de julho de 1920 [nota 1] |
Origem | Pena, Lisboa |
País | Portugal |
Morte | 6 de outubro de 1999 (79 anos) |
Local de morte | Lisboa, Portugal |
Género(s) | Fado |
Instrumento(s) | guitarra portuguesa |
Período em atividade | 1940–1999 |
Outras ocupações | atriz |
Afiliação(ões) | Celeste Rodrigues (irmã) |
Página oficial | www.amaliarodrigues.pt |
Tornou-se conhecida mundialmente como a Rainha do Fado[4] e, por consequência, devido ao simbolismo que este género musical tem na cultura portuguesa, foi considerada por muitos como uma das suas melhores embaixadoras no mundo. Aparecia em vários programas de televisão pelo mundo afora, onde não só cantava fados e outras músicas de tradição popular portuguesa, como ainda canções contemporâneas (iniciando o chamado fado-canção) e mesmo alguma música de origem estrangeira (francesa, americana, espanhola, italiana, mexicana e brasileira). Marcante contribuição sua para a história do Fado, foi a novidade que introduziu de cantar poemas de grandes autores portugueses consagrados, depois de musicados, de que é exemplo a lírica de Luís de Camões ou as cantigas e trovas de D. Dinis. Teve ainda ao serviço da sua voz a pena de alguns dos maiores poetas e letristas seus contemporâneos, como David Mourão Ferreira, Pedro Homem de Mello, José Carlos Ary dos Santos, Alexandre O'Neill ou Manuel Alegre. Amália Rodrigues falava e cantava em castelhano, galego, francês, italiano e inglês. Em 1943 iniciou sua carreira internacional, actuando no Teatro Real de Madrid. Entre 1944 e 1945, ficou oito meses em cartaz no Casino Copacabana. Sua estreia no cinema deu-se em 1947, com o filme Capas Negras, considerado um marco no cinema europeu e latino, tendo ficado mais de um ano em cartaz e sendo o maior sucesso do cinema lusitano até hoje.[5] A canção "Coimbra", atingiu a segunda posição da Music Chart Popularity — a tabela de êxitos musicais predecessora da Billboard Hot 100 — da revista estadunidense Billboard, em 1952.[6] Em maio de 1954, Amália foi capa da mesma revista, pois o álbum Amália in Fado & Flamenco atingiu a primeira posição entre os mais vendidos nos Estados Unidos.[7] Neste mesmo ano, atuou no Radio City Music Hall em Nova Iorque por 4 meses.[8] Na década de 1970, embora estivesse no auge da sua fama internacional, sua imagem em Portugal foi afetada por falsos rumores de que Amália tinha ligações com o regime do Estado Novo, de António de Oliveira Salazar. Na verdade, o antigo regime censurou muitos de seus fados. Amália reconquistou a popularidade com o povo português, cantou o hino da Revolução dos Cravos, a canção "Grândola, Vila Morena" e deu clandestinamente dinheiro ao Partido Comunista Português.[9]
Até à sua morte, em outubro de 1999, 170 álbuns haviam sido editados com seu nome em 30 países,[10] vendendo mais de 30 milhões de cópias em todo o mundo, número 3 vezes maior que a população de Portugal.[11][12]