Armadillidium vulgare
Espécie de tatu / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Armadillidium vulgare conhecida por bicho-de-conta[2] ou tatuzinho-de-jardim[3] é uma espécie de distribuição global[4] originária do Mediterrâneo, provavelmente da parte oriental,[1] como os demais do grupo vulgare.[5] Exótica no Brasil, onde é encontrada em zonas de influência antrópica.[6] O macho tem 13,6 mm de comprimento por 6,4 mm de largura, e a fêmea, 15,1 mm por 7,3 mm.[1] Ao nascer, os filhotes apresentam um par de pernas a menos do que os adultos, que surge posteriormente.[7]
Armadillidium vulgare | |||||||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Classificação científica | |||||||||||||||||||
| |||||||||||||||||||
Nome binomial | |||||||||||||||||||
Armadillidium vulgare Latreille, 1804 |
Conhece-se muitos aspectos de sua biologia devido à grande quantidade de estudos a seu respeito.[6] Podem atacar orquidáceas, roendo raízes e brotos, bem como ervilhas e outras hortaliças.[5] Causam perdas em pimentões recém transplantados de até 40%, em tomate 70% e em feijoeiro até 80%.[5] Realizam desovas subsequentes, com maior produção de ovos do que as anteriores.[8]
São hospedeiros intermediários de Dispharynx nasuta e de acantocéfalos.[9] Este últimos, ao infectarem o A. vulgare, lhes dão uma tendência a se exporem mais à luz solar, e, conjuntamente com o desenvolvimento do parasitado, confere-lhe coloração diferente do normal.[9] Isto garante que o ciclo de vida do parasito será concluído, com a predação do isópode pelo hospedeiro definitivo.[9] Também são parasitados por nematóides.[1]
O sistema neurossecretor do órgão-X/glândula sinusal localizado no protocérebro é o maior centro neuroendócrino no isópodo Armadillidium vulgare.[10] Diferentemente da molécula de mtDNA de um crustáceo típico, que possui aproximadamente de 15 a 17 kb, o crustáceo terrestre isópodo Armadillidium vulgare possui um mtDNA atípico de 20 a 24 kb.[11] Os pulmões invaginados do Armadillidium vulgare formam pseudotraqueias, que são interpretadas como uma adaptação à respiração que permite ao A. vulgare obter 94% de sua necessidade normal de oxigênio no ar seco, quanto o tegumento também está seco.[12]